Alessandra

28 1 0
                                    

NOTAS DO AUTOR . Ola meus amores, os dois primeiros capítulos são mais como uma introdução.
O história é contada do ponto de vista da Alessandra ( que eu escolhi para candice swanepoel) e do ponto de vista do Max ( ian somerhalder). Esse primeiro capítulo se passa em nova York e é narrado pela Alessandra. O capítulo ficou meio curto, mas espero que não desistam da história.

O telefone está sobre o criado mudo do quarto do hotel de Nova York, e ele não devia estar tocando exatamente as três da manhã. Na verdade ele não deveria estar tocando, todo mundo sabe como é estressante um começo de turnê e o show marcado pra cinco dias está literalmente acabando comigo.
Enquanto eu penso nisso ele para de tocar e eu penso que posso voltar a dormir, mas isso só passa pela minha cabeça por um segundo até sasha minha assistente pessoal entrar no quarto, ela acende a luz e me mostra o celular dela.
- Eu sei que você não quer ser incomodada, mas sua mãe está louca no telefone atrás de voce, ela disse que é importante - eu olho pra cara da minha assistente tentando decidir se Mato ela ou minha mãe.
- Diga que eu ligo assim que eu acordar e avise ela que é de noite aqui! - eu coloco a cabeça sobre as cobertas mas mesmo assim ainda consigo escutar minha mãe surtando ao telefone. Essa é uma das suas muitas qualidades, ela sempre soube dar um show, as vezes até melhor que os meus.
Estendo a mão pro Telefone e sasha me entrega ele com uma cara de alívio.
Eu mal coloco o telefone no ouvido quando escuto minha mãe começar a soluçar de volta, minha raiva inicial começa a passar
- Mãe? O que aconteceu? - ela espera alguns segundos até me responder.
- Ale, filha eu não sei bem como te dizer isso, mas não gosto de ficar enrolando, você sabe disso não é? - eu sabia, essa era sua desculpa sempre que ela queria dizer alguma coisa que ela sabia que ia magoar alguém - A Fernanda faleceu filha, eu sinto muito.
Eu sei que estou sentada na cama do hotel mais caro de Nova York mas de repente eu sinto que o mundo parou de girar e que algo crucial foi perdido. Mas eu ainda não consigo assimilar a morte da minha melhor amiga, Fer era o sol e o Centro da minha vida enquanto estávamos crescendo, quando ela perdeu os pais e minha mãe praticamente a adotou nos passamos a ser mais irmãs que amigas, ela acabou morando mais na nossa casa do que na casa dos Avós, por que nos não conseguíamos nos separar.
Mesmo quando meu mundo desabou e eu vim morar no Texas com meu pai, Fernanda sempre esteve ali, e quando minha carreira decolou ela sempre vinha me ver, ela entendia por que eu não podia voltar pro Brasil.
Fernanda era minha irmã, e ela estava morta, se eu fosse capaz de chorar eu começaria agora.
Ao fundo eu escutei a voz da minha mãe.
- Você precisa voltar Alessandra - eu sabia que eu precisava ir pra casa eu só não sabia como fazer isso.
- EU não sei se posso - minha voz não passava de um sussurro e eu ouvi meio distante quando Harry meu melhor amigo e empresário entrou no quarto - eu não posso mamãe, você sabe por que não posso.
- Alessandra fazem dez anos, sua melhor amiga morreu, nos precisamos de você aqui - minha mãe começou a chorar de volta.
Eu olhei pra Harry e levantei da cama com o telefone no ouvido eu encerei a chamada e abri as cortinas que davam para o Central Park.
Não sei quanto tempo eu fiquei ali parada, pareceu uma eternidade até Harry vir e me abraçar.
- Sasha me contou sobre a fer, sua mãe quer você lá, não é? - eu so assenti, naquele momento eu não conseguia falar - Eu sei que você tem medo, mas você devia fazer isso por ela, Fernanda te amava e ela ia querer se despedir.
Eu sabia que Harry tinha razão eu precisava voltar ao Brasil, eu precisava encarar ele de volta. Já fazia dez anos, ele podia ter se mudado, e eu nem estaria sabendo afinal nunca ninguém pode falar sobre ele perto de mim.
Fernanda cuidou de mim quando eu mais precisei, ela ia querer se despedir.
- Prepare o jatinho Harry, nos vamos ao Brasil.
Harry so assentiu e fechou a porta do quarto, quando ele saiu eu sentei na poltrona que ficava de frente para a janela e encarrei as copas das árvores e as luzes do Central Park, lembrando dele.
Eu nunca havia sido capaz de voltar ao Brasil por causa dele, mesmo depois de dez anos eu ainda conseguia ver seus olhos azuis como o oceano toda vez que fechava os olhos. Eu estava voltando e esperava sinceramente que não encontraria Max no caminho.

Destinos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora