Capítulo 6

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-- Eu estou calmo! - ele grita e se solta do meu aperto no seu braço.

-- Aah, claro! Muito calmo - grito de volta.

Eu francamente estou mais do que frustada com essa merda toda. Esse ser estúpido que eu estou tentando ajudar não facilita as coisas de jeito nenhum.

-- Por que você fez aquilo, seu estúpido, mongolóide e idiota? - grito quando ele não se acalma.

-- Eu te ajudei sua... sua idiota - diz ele cheio de fúria, eu nunca o vi assim.

-- Eu não pedir sua ajuda - grito cheia de ódio. Ele me olha com descrença.

-- É claro que você não pediu, quando ver isso você estava até gostando! - ele rosna e eu arregalo os olhos.

-- Eu não acredito! - digo ofendida.

-- Eu não estava gostando, seu canalha! Eu estava apenas... dançando e... - eu estou com tanto ódio que nem consigo formar uma frase.

-- É claro que estava dançando... dançando igual uma puta! - ele vocifera.

Não acredito que ele falou isso comigo, não acredito que ele está me tratando assim, ninguém nunca me tratou assim, eu estou com tanta raiva que poderia esganá-lo com minhas próprias mãos.

-- Puta? - eu repito ainda incrédula.

-- Quem você pensa que é pra falar assim comigo? - eu continuo. Ele abre a boca pra falar, mas eu nem o deixo nem sequer terminar a primeira palavra.

-- Quantas vezes eu vou te dizer que eu não pedir sua ajuda? Eu sei muito bem me virar sozinha! - eu grito para ele.

-- Eu te salvei, você não poderia ao menos me agradecer? - ele diz um pouco mais baixo.

-- Eu não vou agradecer por uma coisa que eu não pedir!

-- Ingrata! - ele bufa.

-- Aah, você quer que eu te agradeça por me chamar de puta? - eu grito e nem espero ele responder, já saiu caminhando em direção a rua para pegar um táxi.

Ouço ele me seguir.

-- Pra onde você vai sua louca? - o mongolóide diz segurando meu pulso para eu me virar.

-- Pegar um táxi, seu estúpido - digo friamente.

-- Eu te levo - ele diz.

-- Eu não vou com você - digo e me afasto dele.

-- Está tarde, é perigoso ir sozinha - ele diz se aproximando de mim.

-- Dá pra me deixar ir embora? - digo com raiva.

-- Não - ele diz friamente e agarra meu pulso novamente.

-- Me larga! - eu grito.

-- Vem - ele me puxa de volta para o estacionamento.

-- Eu vou gritar! - digo frustrada.

-- Você já está gritando - ele diz me arrastando, eu me debato e o empurro, mas ele é como uma parede de concreto por mais que eu force ele a se afastar, ele não cede.

-- Para com isso - ele grita e se vira para me encarar.

-- Você não pode me levar contra a minha vontade, seu estúpido idiota, isso é contra a lei, eu vou te denunciar e isso não vai ficar nada bem pra voc. ..

Antes que eu possa terminar de falar, ele encosta seus lábios no meu num beijo desesperado, no começo eu fico muito relutante em aceitá-lo, mas depois o meu corpo me trai, e me entrego no seu beijo. Ele coloca suas mãos nas minhas costas e me puxa para ele, já as minhas mãos vão para seus cabelos. Suas mãos sobem e descem nas minhas costas ritmicamente, e ele continua a me beijar ferosmente, sua respiração está forte e o beijo está se intensificando, ficando ardende. Ele passa uma de suas mãos no meu rosto enquanto a outra viaja pelas minhas costas. Minhas mãos tocam seus braços musculosos e seus cabelos sedosos.

Nós nos separamos os dois sem folêgo. Eu olho para Jasper e ele também me olha com seus olhos azuis profundos cheios de desejo. Ficamos nos olhando por um longo momente sem que nenhum quebre o contato visual.

De repente me dou conta do que acabou de acontecer e a raiva está de volta.

-- Por que você fez isso, seu idiota? - digo furiosa.

-- Pra você calar a sua maldita boca, por um momento até que funcionou - ele diz com um sorrisinho malicioso.

-- Momento esse que você estava tapando minha boca com a sua! Que nojo! - digo esfregando meus lábios.

Não, eu não estou com nojo, mas eu não vou admitir que o maldito beija bem, não vou mesmo. O beijo pode ter sido até bom, muito bom pra falar a verdade, mas eu ainda continuo odiando o Jasper e isso não vai mudar.

-- Você não parecia está com nojo quando passava as suas garras no meu cabelo e me beijava de volta - ele diz sorrindo.

-- Garras! Você está dizendo que eu tenho garras? - digo furiosa.

-- Aah, admita que gostou - ele diz com um olhar malicioso.

-- Não! - eu grito.

-- Não você não vai admitir, ou não, você não gostou? - ele pergunta rindo.

-- Aah, cala a boca! - digo e começo a me afastar dele.

-- Se você não vier comigo eu vou te beijar de novo - ele ameaça.

-- Você não pode fazer isso seu... seu pervertido - digo virando para olhá-lo.

-- Posso e vou. Agora entra no carro. - ele diz.

-- Não - eu me recuso.

-- Você tá louca pra eu te beijar de novo, não é? - ele diz se aproximando com uma sobrancelha arqueada.

-- Droga! - eu digo desistindo.

-- Me leva, me leva, seu estúpido - digo secamente.

Nós caminhamos pelo estacionamento, e paramos em frente a um porshe preto. Esse não pode ser o carro desse mongolóide.

Então ele abre a porta do motorista.

-- Não vai entrar? - ele pergunta

Eu aceno positivamente com a cabeça e rodeio o carro entrando no banco do passageiro.

-- Belo carro - digo impressionada.

-- Você gosta de carros? - ele me pergunto olhando para mim.

-- Olha pra pista seu idiota! - ele rir.

Seguimos todo o caminho em silêncio porque eu não suporto olhar e nem falar com esse ser ao meu lado.

Paramos em frente ao edifícil e eu saio sem ao menos esperar por ele.

Ele deixa o garro na garagem e vem andando a passos largos para me alcançar.

-- Ei, você não está em uma corrida, anda devagar. - ele diz.

Eu o ignoro.

Pegamos o elevador juntos e ficamos em silêncio, o elevador até que foi rápido dessa vez, e eu agradeço mentalmente por isso.

Paro em frente a porta do meu apartamento e vou procurar a chave na minha bolsa, mas de repente noto que eu estou sem bolsa.

-- Droga, droga, droga!! - grito batendo na porta.

O ser imprestável me olha confuso.

-- O que há? - ele pergunta.

-- Minha bolsa - eu digo tristemente.

-- O que aconteceu com sua bolsa? - ele pergunta.

-- Eu esqueci no bar e a chave do apartamento está nela. - estou quase prestes a chorar de raiva.

-- A essa hora já devem ter pego - ele diz cuidadosamente.

Roubaram minha bolsa, incrível.

-- Droga, mil vezes droga - digo batendo minha cabeça na porta.

-- Assim você vai ficar mais louca do que já é - diz Jasper.

-- Cala a boca - digo e sento no chão ao lado da porta.

-- É tudo sua culpa - eu atiro.

-- Minha culpa? - ele diz incrédulo.

-- É, se você não estivesse me provocado eu não teria ido dançar e consequentemente o homem não me agarraria, e eu não esqueceria minha bolsa - digo calma. Calma demais.

-- Oh, me perdoe por ter colocado uma arma em sua cabeça e lhe obrigado a dançar - diz ele ironicamente.

-- Você é um idiota - eu digo botando a cabeça entre os joelhos.

-- E você é louca, mas eu deixo você passar a noite no meu sofá - ele me oferece.

-- É claro que não - digo sem olhá-lo.

-- Você tem duas opções, dormir no meu sofá e amanhã chamar um chaveiro ou dormir no corredor, a decisão é sua - ele diz e eu levanto a cabeça para olhá-lo.

Ele tem razão, eu só tenho essas duas opções e nenhuma delas são boas, mas eu não posso ficar e dormir no chão do corredor, eu realmente prefiro ficar no corredor, mas amanhã eu trabalho e não posso ir trabalhar com dor nas costas por dormir no chão. Eu olho pra o inútil que agora está sendo útil que tomo minha decisão.

-- Tá bem, eu durmo no seu sofá - digo. E ele ri.

-- No sofá, é só se você quiser - ele arqueia uma sobrancelha.

-- Eu não vou dormir com você - digo com desprezo. Ele rir alto.

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⏰ Última atualização: Sep 03, 2016 ⏰

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