Capítulo 3

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Acordo de uma e meia da tarde, com uma dor de cabeça horrível por causa falta de sono, também né, com aquele barulho ensurdecedor a noite toda como é que eu poderia dormir?
Aquele maldito do meu vizinho só parou de arrastar os móveis pela manhã, me pergunto eu, se aquele demônio estava fazendo barulho só pra me irritar ou se ele tem alguma mania de revirar móveis de madrugada.

Levanto-me da cama e vou tomar um banho, um bem demorado pra acalmar meus nervos. Depois de fazer minhas higienes pessoais no banheiro, eu vou para o quarto me trocar.

Coloco uma camiseta preta, uma calça cáqui marrom e botas pretas canos curtos sem salto, porque eu odeio saltos. Prendo meu cabelo num rabo de cavalo e estou pronta.

Eu já perdir mais da metade do dia, mas hoje é domingo e eu não conheço nada aqui em Nova York, então vou sair por aí e conhecer a cidade. Seria melhor se eu tivesse alguém pra me mostrar as coisas, infelizmente eu não conheço ninguém aqui, espero fazer algumas amizades no trabalho. Mas geralmente ninguém quer ser amigo da chefe, ou alguns querem só por interesse.

Minha cabeça ainda está doendo um pouco, mas eu vou me sentir melhor daqui a pouco pois já tomei um remédio pra dor. Hora de sair.

Saio do meu apartamento, coloco a chave na minha bolsa e vou pegar o elevador.

Chego ao elevador e espero as portas abrirem, quando elas abrem eu entro rápidamente e espero elas fecharem novamente, quando elas estão quase fechando alguém põe a mão e elas abrem novamente, eu reviro os olhos com impaciência e olho para o teto. Quando viro meu rosto novamente para ver quem entrou, todo meu mau humor volta.

-- Deus, o senhor está me testando? - eu sussurro olhando para o teto do elevador.

O meu vizinho idiota está olhando para mim como se tivesse acabado de me ver.

-- Hey, vizinha!  - ele diz me olhando dos pés a cabeça.

-- O que aconteceu com o estilo gata sombria sexy de ontem? - ele pergunta dando um sorriso malicioso.

-- Não é da sua conta - reviro os olhos e olho para o relógio. Por que esse elevador está demorando tanto?

-- Você não é muito amigável - ele diz olhando para mim. Eu tiro meu olhar do relógio e olho para ele, o fuzilando com o olhar. Oh porque será que eu não sou amigável com ele?
Viro meu rosto, e olho para qualquer lugar no elevador, menos para ele.

-- Ou isso é só comigo? - ele ainda está rindo.

-- Tem razão, é só com você - não consigo me segurar e acabo dizendo.

-- Oh, não imagino o porquê - ele diz sendo irônico.

Eu reviro os olhos, e continuo olhando para a porta do elevador pedindo mentalmente que ela se abra.

-- Você é sempre assim tão amarga? - ele pergunta especulativamente.

-- Não, só quando idiotas estão me enchendo o saco - digo sem olhá-lo.

-- Uuuh, essa doeu - ele diz e eu o ignoro.

Nossa como esse trosso está demorando, faz mais ou menos cinco minutos que estou nessa droga de elevador.

Depois que mais uns minutos se passaram e a porta do elevado não se abriu ainda, eu fico amedrontada, será que essa merda quebrou comigo aqui dentro? OH, MEU DEUS, NÃO, NÃO, NÃO!

-- Você não acha que esse elevador está demorando demais? - o meu vizinho imprestável pergunta. Eu não respondo.

-- Era só o que me faltava ficar preso aqui com você - ele diz e bufa de frustração.

Além Dos Seus SegredosOnde histórias criam vida. Descubra agora