28 - Cansa, sabe?

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Malu

Uma imagem de Kelvin abraçado a Kathe se estampou em minha face, vendo os tratando algo com seus pais.

— Katherine não irá destruir vossa relação, hoje não. — levantou se Ju após perceber meu desânimo

Chamou Katherine para um local e ficaram conversando. Para quem pensou que Kelvin ia me procurar, acertou. Acho que está estampado em minha testa "segunda opção".

— Malu onde estão as minhas filhas? — wau, que coragem

— Minhas filhas. - enfatizei só para deixar claro — Com sua mãe Kelvin. — fixei meus olhos no ecrã do celular

— Tudo bem. — levantou minha cabeça e virei para o outro lado

Saiu e foi ter com Juliana. Mas queria mesmo falar com Kathe.

— Me apresente suas filhas, pelas fotos parecem ser bonitinhas assim como a mãe. — disse Juliana com a voz de Kathe

— Elas não tem nada haver com Kelvin. Elas são minhas filhas. — dei enfâse na última parte

— Mas Malu para quê? — revirou os olhos

— Juliana ouça, eu tenho minhas economias, e tenho emprego. Nunca vivi de favores e nunca dependi de Kelvin. Agradeço-lhe por ter me dado um abrigo e um emprego, mas nunca considerei Mil e Mel filhas dele.

— Malu você está sendo muito injusta. — limpou minhas lágrimas

— E você acha que até quando irei olhar ele com Kathe? — agradeci mentalmente por minha maquiagem ser a prova de água

Juliana retocou minha maquiagem e nenhuma palavra foi pronunciada desde então.

— Agora irá realizar se a abertura da sala, pelo aniversariante e sua noiva. — disse o mc e aplaudiram

Levantei e fui a pista, onde Kelvin estava posicionado.

— Porquê estava chorando? — perguntou assim que nossos corpos se colaram

— Eu não estava..

— Maria Luísa porquê estava chorando? — interrompeu-me

— Você que ama frases reflectivas, aqui vai uma, "cansa, sabe? Sustentar esse sorriso. Distribuir "estou bem". Interpretar o papel de "sou forte". Cansa"

— Irei falar com você assim que a festa terminar, agora Kathe está me ajudando em uma coisa. — disse calmo

— Claro, Kathe. Kathe para cá e Kathe para lá. E sua noiva apenas olhando de longe. — girei em seus braços e a música terminou

Sorri para apagar toda angústia. Segui para meu lugar e me acolhi nos braços de Vanessa.

— Dançou bem! — exclamou feliz

— Nem calculei que estava dançando bem, apenas me deixei levar pelo momento.

— Eu amo vocês os dois. — sorriu

Fui ter com mãe de Kelvin e vi que minhas filhas estavam dormindo.

— Após o corte de bolo, irei para casa, estou cansada. — tentei sooar cansada, o que não resultou lá muito bem.

— Vai deixar Kathe te abalar?

— É difícil, me fazer de forte, é difícil. — me deitei em seu ombro — e o pior, é que Kelvin está nem aí para mim.

— Ele veio falar comigo depois de terem dançado, pediu para saber porquê estava assim. Eu apenas sussurei um "não sei" e disse que ele não devia comentar nada com Kathe.

— Tia, não se preocupe comigo e Kelvin, ele já é maior de idade.

Levei minhas filhas, levei tudo que me pertencia dentro da casa, deixei a foto de Kelvin e Kathe na cama, e sem ninguém ver, saí. Subindo um taxi.

Malu .Onde histórias criam vida. Descubra agora