4 - Paixão.

607 24 0
                                    

Malu

Semanas se passaram e desde aquele ocorrido, nunca mais fui chamada, ainda bem porque aquela noite foi muito aterrorizante.

Um jovem atravessa a porta de entrada. Olhando o assim, parece um jovem de 22 anos de idade. Dá para ver que ele é um herdeiro de uma bela fortuna, pelo jeito que está vestido. Seu olhar mostra que está abalado com algo, e claro, teve que vir para aqui.

Vi o senhor Jorge conversando com ele e vi este apontando para mim. Já sabia que a coisa não seria boa coisa.

— Malu. — pronunciou-se o senhor Jorge

Caminhei ao local onde ele estava.

— Malu, este é o Kelvin.

— Boa noite, Malu ao seu dispor. — estendi minha mão para que este a apertasse e assim o fez

— Malu, venha. — anuí e segui-o

Entramos no mesmo quarto que o daquela vez e as lembranças vieram. Tentei ser forte para não chorar em frente dele.

— Não se preocupe, farei tudo que mandar. Não será necessário ter que me bater para eu fazer o que mandar.

— Eu adoro garotas assim, tire a roupa. — fiz o que ele mandou e já não conseguia segurar minhas lágrimas

Tentei limpá-las mas mesmo assim, estas insistiam em cair. Kelvin ficou pasmo e me olhou.

— Não se preocupe, estou bem. — murmurei — estou com problemas de vista, nada mais que isso.

Certamente essa não foi uma desculpa apropriada, pois não?

Ele continuou me olhando, sem expressão em seus olhos.

— Já fiz o que mandou senhor. — disse assim que fiquei nua a sua frente

— Volte a pôr sua roupa. — assenti e pus — Sente aqui.

Me sentei ao seu lado e este me abraçou. Não sei porquê, mas apenas retribuí o seu abraço. Deixando minhas lágrimas caírem.

— Está tudo bem com você Malu?

— Porquê não estaria? — limpei minhas lágrimas me desfazendo do abraço

— Malu, você está mal, dá para ver.

— O senhor é que está abalado com algo. — sua expressão mudou de tristeza para raiva.

— Pedi o divórcio a minha mulher, ela disse que não ia me dar e ontem saiu de casa por volta das 22hrs. Não quis correr atrás dela, então dormi. A madrugada ouvi meu celular tocando e minha mãe disse que eu fui imaturo ao bater minha mulher. Mas eu não bati ela. Agora todos estão se afastando de mim. — falou derramando algumas lágrimas

— Quantos anos você tem? Casou muito cedo.

— Tenho 21 e você?

— 17. Mas não se abale por isso, mais cedo ou mais tarde, seus pais lhe entenderam.

Ele se aproximou e selou nossos lábios. A princípio minha vontade era de parar, mas seu cheiro a menta era impossível não retribuir.

— Kelvin não crie expectativas porque todo o homem rico que entra aqui só precisa de pagar para ter o meu corpo. — murmurei cabisbaixa

— Para com isso Malu, — levantou minha cabeça — voltarei assim que possível só para conversar com você.

— Tchau. Peço para dizer não falar de nada disso ao senhor Jorge. — anuíu e me deu um beijo

— Tchau Malu.

Saí de lá e fui directamente ao 'meu quarto', e assim que Vanessa me viu, veio ter comigo a correr.

***

Kelvin na multimédia.

Malu .Onde histórias criam vida. Descubra agora