Na dúvida... fuja!

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Ela abriu os olhos devagar e respirou fundo, ela precisava sair dali. Foi até o canto do armário, engatinhando, e espiou a janela ainda aberta. Ele não estava mais lá, na verdade... não tinha mais ninguém lá. A rua estava vazia, totalmente silenciosa e sem nenhum rastro de que alguém estivera ali alguns segundos antes. Ela segurou no balcão e se levantou, sem tirar os olhos da janela a sua frente. Com medo, ela caminhou rapidamente até a janela e a fechou, sem fazer barulho... afinal, seus pais continuavam dormindo no andar de cima da casa. Após fechar a janela, ela deu alguns passos para trás, se chocando com a parede, e respirou fundo, se recuperando do susto que tinha tomado. Se recompôs e se dirigiu as escadas, voltando ao seu quarto, se convencendo de que aquilo tinha sido só uma ilusão dela. Mas foi nesse momento que ouviu um barulho baixinho vindo do andar de cima... do seu quarto. Tentando manter a calma, ela foi andando silenciosamente até seu quarto... O QUE EU ESTOU FAZENDO? É ASSIM QUE AS PESSOAS MORREM NOS FILMES DE TERROR!!!, inúmeros pensamentos passavam por sua cabeça e ela só se concentrava em não fazer barulho. Chegando em frente ao seu quarto, ela emburrou a porta, que se abriu com facilidade, e estudou seu quarto com os olhos... tudo estava exatamente em seu devido lugar. Ela, tomando coragem, deu um passo para dentro do seu quarto. Nada aconteceu. Mais um passo. Nada ainda.
Quando ia dar mais um passo, a porta gemeu, indicando que alguém ou alguma coisa havia empurrado a mesma. Seguindo o barulho da porta, ouviu-se um arfar atrás dela e imediatamente ela se arrependeu de ter subido para o seu quarto. Ela se virou e deu de cara com os olhos verdes daquele homem que ela havia visto mais cedo na rua. Ele deu um passo em sua direção, chegando perto dela, e ela deu um passo para trás, recuando e mantendo a distância entre eles. E eles continuaram assim, quanto mais ele avançava, mais ela recuava... até ela sentir a cama em sua perna, a impedindo de se afastar dele. Percebendo a impossibilidade dela de fugir dele, ele deu um sorriso e continuou avançando para ela. Que merda..., ela pensou enquanto via ele se aproximar. Num acesso de coragem, ela investiu sobre ele, empurrando-o contra a parede. Mas ela não esperou para ver o resultado, correu pelo quarto em direção ao corredor. Estava quase na porta. Mais alguns passos. Salva... finalmente salva, era a única coisa que ela pensava. Até que sentiu algo envolver sua cintura e ela foi puxada novamente para dentro do quarto. Entrando em pânico, ela abriu a boca para gritar, mas uma mão, grande e áspera, a impediu... deixando a garota mais nervosa ainda. Ele aproximou sua boca do ouvido da garota e sussurrou:
- Não faça nenhum barulho.
Ela estremeceu com o hálito do Jovem contra seu pescoço, mas fez um sinal de positivo com a cabeça. Apesar disso, ela tentou se afastar dele, sem sucesso. Ele era mais forte que ela, bem mais forte. Percebendo que ela não iria fazer nada que o comprometesse, ele retirou a mão da boca dela, devagar e hesitante. Ela respirou fundo e sussurrou, tão baixo que nem sabia se ele havia escutando ela:
- O que você está fazendo na minha casa? O que você está fazendo no meu quarto?
Alguns segundos depois, sentiu o aperto em sua cintura se afrouxar e depois sentiu ele se afastar dela, o que a deixou mais relaxada e calma. Ouviu os passos dele pelo seu quarto, e se virou, encarando ele é tentando parecer confiante... não queria deixar na cara que ela estava com medo.
-Bem... - ele sorriu debochado- eu estou com alguns probleminhas e como sua casa estava aberta à visitas, decidi entrar. -ele da de ombros e deita na cama dela.
- Que mal entendido engraçado -ela soltou uma gargalhada baixa e ele encarou ela, meio confuso com sua reação- Já pode ir embora! -ela disse meio ríspida.
Ele se levantou, sorrindo divertido e balançando a cabeça negativamente enquanto se aproximava dela em passos largos.
- Resposta errada, princesa
Ele, num movimento rápido e preciso, prendeu ela contra a parede, impedindo a mesma de realizar qualquer movimento. Ela se balançou, tentando se soltar... mas ele não cedeu nem um pouco. Desistindo, ela bufou e o encarou, irritada.
- Será que pode pelo menos ficar longe de mim? - ela sussurrou, mas logo percebeu, enquanto olhava os olhos verdes, o quanto aquilo era divertido para ele.
- Desculpe, -ele fingiu estar arrependido, mas não se moveu nem um centímetro- é difícil com vc usando somente um moletom... -ela sentiu seu rosto ficar quente e sabia que tinha corado bastante- Não é tão corajosa agora, ein?
Ele a soltou, com um movimento brusco que atiçou todos os sentidos do corpo dela. Surpreendendo a si mesma e ao jovem, ela abriu a porta do quarto e correu escada abaixo, chegando na sala e pensando no que fazer em seguida. Ela não tinha um plano e nem sabia para onde ir, mas sabia de uma coisa... qualquer coisa era melhor do que ficar ali com aquele homem.
- Julie... Julie -ele falou com um ar de decepção, e ela, mesmo não vendo ele, sabia que ele estaria sorrindo de um jeito debochado- Não tem para onde ir, princesa. - Ela ouviu passos descendo a escada e, instintivamente, correu para o único lugar que ela conseguiu pensar e que ela poderia fugir dele... para fora de sua casa.

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Ta ai mais um capítulo, pra minha miguinha que conheci agora hshsh mas pra todos que quiserem ler também... espero que gostem e se gostarem comentem. Sei que o capítulo ta pequeno... foi mal, se quiserem maiores... é só pedir.
Bjks e boa leitura❤

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