Chapter Ten

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Entro em casa e pouso a minha mala à entrada. Vejo o meu pai a sair da sala e sorri olhando-me a mim e a Liam. Ao fixar os seus olhos no meu irmão ele arregal os olhos fazendo com que as suas longas pernas andem mais rápido até nós por conta do entusiasmo.

" Os meus meninos." ele ri enquanto nos abraça aos dois fortemente por conta da emoção.

"Que saudades, pai!" o meu irmão fala dandoum dos famosos abraços à homem que me transmitem uma grande sensação de dor mental.

" Também tinha muitas, filho." ele beija a cabeça do meu irmão "Foste buscar a tua irmã à escola?" O meu progenitor fala enquanto me faz um carinho no cabelo  beijando a minha cabeça.

"Não, ele foi ter com o meu professor de Filosofia ao debate." respondo olhando os dois homens à minha frente.

" No jantar de hoje em casa dos avós vai ter uma família amiga deles também presente. " ele muda de assunto de forma drástica enquanto sai de junto de nós e pega nas chaves do carro.

" Pai, não posso apenas tirar o meu uniforme? " suspiro frustada ao vê-lo a caminhar para porta de acesso ao piso inferior.

"Não, vais assim. Estamos atrasados, Let." o meu pai desce as escadas até à garagem com um passo rápido.

Suspiro descendo, juntamente com Liam, os degraus atrás do nosso progenitor.

"Descansa estás muito gata assim. " ele apalpa-me gargalhando fazendo com que lhe bata imediatamente na mão.

" Os ares da Europa fazem-te mal, atrasado..." Entro no carro ainda ouvindo Liam gargalhar. Não tinha noção do tamanho das minhas saudades.

Durante a viagem desconcentro-me da conversa entre o meu pai e Liam ouvindo apenas a música que passa na rádio batendo com os dedos na minha perna. Olho o caminho sorrindo, faz-me muito feliz que os meus avós e o meu pai tenham-se continuado a dar bem mesmo depois da morte da minha mãe... Os meus avós maternos mudaram-se para a América na mesma altura em que os meus pais vieram. Liam tinha cerca de dois anos quando isso aconteceu enquanto que os meus avós paternos ficaram em Inglaterra mas eu falo com eles todas as semanas. Dizem-me muitas vezes que sentem saudades minhas e do meu irmão. Custa-lhes muito estar longe dos netos e do filho, sinceramente, a mim também. Eu gosto muito deles.

O meu pai estaciona o carro quando os portões são abertos. Sorrio ao ver a casa saindo assim que o carro para. Ando em direção à porta e toco ansiosamente à campainha ouvindo as gargalhadas do meu pai e do meu irmão atrás de mim por conta das minhas atitudes. Sinto-me uma típica criança mas sabe tão bem.

A porta abre-se revelando as faces sorridentes dos meus avós enquanto se faz ouvir algumas gargalhadas no interior. Ignoro os sons de pessoas desconhecidas abraçando os dois senhores à minha frente com uma força que eu desconhecia.

"Ai, minha querida! " a gargalhada rouca do meu avô é ouvida enquanto faz carinho no meu cabelo.

"  Estás tão linda, Let... mas estás a ficar magrinha, filha." A minha avó fala passando a mão pela minha cara. Eu até achava estranho se não existissem comentários destes da parte dela que me trazem tantas memórias boas.

"Eu como, avó, não tenho culpa. Foi este o metabolismo que me calhou." rio enquanto entro dentro de casa deixando-os a cumprimentarem-se à entrada.

Caminho até à sala, a divisão onde mais som é emitido, sorrindo que nem uma parva. Entro olhando as pessoas e arregalo os olhos quando o meu olhar se cruza com uns olhos cor de mel que me estão a deixar tão confusa com os meus sentimentos.

"Tu aqui?"

Teacher {JB} Onde histórias criam vida. Descubra agora