Capítulo 2

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Depois de minutinhos a apreciar, caio na real enquanto o restante continuava hipnotizado. Seu nome era Claudete, 1 metro e 66, corpo médio, cabelo trançado com postiço e supostamente a mais "popular" da universidade. Ela é da faculdade de Economia e enquanto todos desejavam passar a régua no gráfico da procura e oferta dela, se é que me entendem, eu era quase que considerado gay por não gostar dela. Ela simplesmente não fazia o meu tipo e é só isso, mas para o meu azar, ela morria de amores por mim e a perseguição era tremenda.

Ela ao entrar pro refeitório com andar de ginga, nota a minha presença e corre já em direcção a mim gritando pelo meu nome.

- JayJaaaaaaaay - Gritava ela para mim feito piriguete e eu limito-me a baixar a cabeça de tão envergonhado e estressado.

Ela aproxima-se à mesa e cumprimenta-nos a todos.

- Olá rapazes - disse ela

- Olaaaa Claudete - Diziam os dois anormais com voz meiga e derretida.

- Não sabes responder? Mal educado! - Disse ela enquanto me cutucava na cabeça.

- Minha presença já é motivo suficiente para estares feliz, se dependesse de mim, já teria corrido só de te ver - Respondia-a

- Aii, bruto. Mas não faz mal, gosto de ti mesmo assim! - Disse ela, enquanto me apertava a cabeça com o seu abraço quase me sufocando até que eu a empurro.

- Okey, chega! Bye bye. Odeio ser interrompido enquanto como e... A minha comida já deve estar a chegar, então por gentileza, falamos depois, pode ser coração? - Disse a ela falsificando um sorriso bastante elegante.

- Tá bom Boo, beijão - Disse ela, convencida de que realmente gosto dela, e dando as costas, sumiu da minha frente

- Huuuuuu! - Suspiro de alívio

As pessoas devem pensar que eu sou o concretizador do provérbio "Deus só dá nozes à quem não tem dentes", mas não é isso que acontece. Dentes eu tenho e bem fortes, a noz é que é podre.

Sei lá, Claudete realmente não faz o meu tipo, ela é completamente o que eu não quero numa pessoa, muitos tiques, materialista, a sorte é que não é assim tão inteligente mas consegue se safar com algumas notas, e além disso do jeito que ela veste, mais parece que quer mostrar ao mundo que tem mais pele do que roupa, como se alguém precisasse saber, por isso... Hmmm Naaah, não dá mesmo.

- Txe puto! Você muito boelo - Dizia Joelson me batendo na cabeça

- Oh, esse aqui já não lhe falo nada, quer trocar de time, só tá fazer tempo - Complementou Carlos

- A miúda está toda caidinha por ti, a mais bala da faculdade de economia e você está assim? É o quê que se passa então? Não queres que ela te mostre os senos e cosenos dela pra se calhar se fazerem tangente com adoço de hipotenusa?! Você mesmo! Possas! - Dizia Joelson, quase que irritado comigo como se fosse um dos piores pecados

- Me dá então uma foto tua pra eu colar na cara e ela começar a me curtir também, eu vou saber lhe dar um trato - Disse ele

- Vocês continuam ingênuos e com mentes bastante vagas que não conseguem distinguir ainda uma mulher de uma manequim ambulante. Quando assim o souberem fizer, hão-de me entender, com licença, deixa ir ver se o Hamburguer está pronto - Respondi, ausentando-me da mesa.

- Hmm, toda hora armado em filósofo, Hahahahahah - Disseram Joelson e Carlos em conjunto em altas gargalhadas

Dirigi-me até ao balcão para saber do meu hamburguer e mandaram-me aguardar. Olhei distraidamente para o lado e deparei-me com algo que realmente fez a minha entediante segunda-feira valer a pena: Negra, lábios delicados, magra, 1 metro e 60, corpo curvado com seios médios e rabo também, cabelo crespo Afro puff, olhos castanhos escuros elegantes, simples mas super atraente, cheiro cativante e aparentemente meiga. Uma verdadeira Rainha da melanina. Desconcentrei-me a deliciar mentalmente aquela mulher quando fui despertado pela atendente.

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