Consegue Me Ouvir?

Roger

Roger!! 

Ele é um dos garotos mais briguentos da escola, até mais que Oliver. Vive encrencando sem motivos.

Me levanto ainda meio zonzo da queda e vejo que Oliver já esta quase batendo nele, então entro no meio dos dois com intenção de separar a briga. Mas acabo me arrependendo porque os dois na intenção de se baterem acabam me espancando porque estou no meio. É como a frase: Briga de marido e mulher, não mete a colher. Os dois acabam indo pra diretoria. Ótimo vou ficar o dia sozinho já que a diretora tem seu dilema: todos que vão pra diretoria ficam o dia inteiro la, ou até os responsáveis chegarem.

Sou o ultimo a chegar na sala, Graças ao meu imprevisto. Quando chego é aula de matemática. O que é ótimo já que é uma das minhas matérias favoritas. Ao entrar na sala a professora diz aos alunos alguma coisa sobre o meu ocorrido. Não consigo pensar em que ela esta falando já que estou vidrado em Lais.

De repente todos começam a me olhar estranho, me fazendo arquear uma das sobrancelhas e ir em direção à minha carteira sem desviar o olhar a ninguém.  

* 

O dia passa tranquilo. Tirando a parte que em nenhuma vez Lais vem falar comigo. O que já era de esperado. Vou a caminho da minha casa, passando pela rua da senhora Jurema. Ela é uma velha caduca que fala com o ar e com o cachorro que não existe. O pessoal da vinhança diz que ela foi ou ainda é uma feiticeira das boas, ou das más. Quando estou triste com a vida fico do outro lado da rua da casa dela ouvindo ela gritar com o nada e cantar musicas que pra ela estão em um perfeito inglês. Ela sem saber me diverte.

- Engraçado como algumas pessoas nos fazem felizes sem saber né?- penso

Perto da minha casa tem uma serralheria. Que pertence ao senhor Augusto. Ele é meio sozinho na vida, mais parece ser gente boa. Podia dar certo com Jurema né? ok. Essa foi pesada demais.

Ao entrar em casa vejo que as luzes estão apagadas, sinal que não tem ninguém em casa. Corro para a cozinha afim de comer alguma coisa e quando olho o forno, me envolvo numa fumaça preta com cheiro de queimado, depois de algum tempo abanando com um pano de prato vejo uma lasanha, ou talvez era pra ser uma. 

-aaah porque mamãe não podia ser uma chefe de cozinha?- penso desapontado

perdendo meu apetite descido subir para meu quarto ver Roy e ler algum livro. Ao chegar em meu quarto... ah não! lagrimas começam a cair do meu rosto antes que eu pense em impedi-las.