Capitulo 5

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Meus pais continuavam a bater na porta, e eu ainda não sabia se abria ou não, com a mão tremendo abri a porta devagar, até que eu pudese olhar nos olhos dos dois.

-Filho? O que foi?

Não falei nada, apenas me virei de costas para eles.

-Isso. -Falei em um tom baixo, quase sem voz.

Eles ficaram assustados, não sei como definir essa reação, mas era um tanto desconfortavel.

-Meu Deus filho, onde você fez isso? -Dessa vez foi meu pai que disse.

-Não foi eu pai, apareceu ai do nada, não sei se é um machucado, ou um osso deslocado.... Ou até uma doença....

-Presisamos ir ao médico filho! Isso é muito grave.

-Não quero ir.

- Você só pode ser louco! Olha no espelho?ISSO NÃO É UMA GRIPEZINHA NÃO FILHO, SE TROCA LOGO OU SE NÃO VAI A FORÇA! - A mais provavel reação da minha mãe, ainda bem, achei que ela seria pior e Não duvido nada...

-Tá bom...

Fechei a porta e fui me trocar.
Coloquei uma calça jeans e uma blusa cinza, e, mesmo doendo um pouco, coloquei um casaco preto por cima.

Minha mãe, sempre preocupada, fez (obrigou) eu comer um cereal e leite. Depois ficou com todo cuidado comigo como se eu fosse de açucar. Fez questão de ir no banco de traz do carro comigo.
Quando chegou no hospital ficamos esperando o médico chamar. Mas não demorou muito.

Entramos na sala que eu iria ser atendido.

-Olá, Boa tarde. Pode me dizer o que está acontecendo ?

-Boa tarde, meu filho está com as costas muito estranhas, parece que ele se machucou, porém ele disse que apareceu sozinho. -Meu pai disse

- Tira a blusa para que eu possa dar uma olhada.

Tirei o casaco com dificuldade, depois a camisa, a camisa estava meio molhada de puz e um pouco de sangue.
O médico examinou, mas não mostrou desespero nem preocupação, medio os ossos que estavam a mostra, era mais ou menos um centimetro e meio. Olhou por bastante tempo, depois pedio para que eu colocasse a blusa.

-O que o senhor tem a diser? -Meu pai falou.

-Nunca vi nada parecido.- Falou olhando nos meus olhos.

- O melhor é você voltar aqui amanhã para vermos como vai ficar, e tirarmos um raio x.

-Tudo bem, nós voltaremos. -Minha mãe falou.

Saimos do hospital, quando chegamos em casa minha mãe veio me questionar.

-Filho, você não sabe mesmo o que aconteceu? Precisamos dar mais detalhes ao médico.

-Não mãe, eu não sei. E acho que aquele médico também não vai saber, ele mesmo disse que não sabia !

-Filho, mas mesmo assim temos que ir lá amanhã, pode ser algo grave! -Meu pai falou num tom autoritario.

-Eu não vou.

- Ah você vai sim ! - Minha mãe disse meio desesperada.

-Pra que ? Pra eles olhar esse negocio e me estudar ? Eu não quero virar manequim de um médico não!

Eles ficaram quietos me olhando. E eu continuei.

- E NÃO ADIANTA ME OLHAR ASSIM.
EU NÃO VOU E PRONTO!

Sai pisando duro e não olhei para tráz, eu to quase me desbotando e eles ainda querem me levar ao medico, pode até ser que querem meu bem mais eu não vou.
Passei do corredor e entrei no banheiro que é perto da cozinha, fiquei ouvindo a conversa deles.

Mãe: O que vamos fazer?

Pai: Não sei, isso é muito ruim, o aniversario dele é no próximo domingo, não quero estragar a surpresa...

Mãe: Mas, e se for....Um tumor?... (tom de choro)

Quase me despedaçei ao ouvi-lá, me senti mal por estar ouvindo a converça deles.. Então fui para o quarto. Sabia que eles estavam preocupados, e eu nunca tinha gritado com eles antes. Fiquei triste, deitei na cama e fiquei olhando para o teto.

Pensamentos artodoavam minha cabeça. O que estária acontecendo comigo? Será que vou morrer?

Não consegui dormir, mesmo que eu tenta-se muito. E as dores nas costas só piorava a situação. Não vi quando peguei no sono, mas sei que apaguei.

Continua...

Thales, o Sobrenatural...Onde histórias criam vida. Descubra agora