3 | Ride

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Paramos em frente a Bmw 428i preta de Charlie, minha boca deveria estar ridiculamente aberta formando um O.
Não me culpem, qualquer um ficaria assim se estivesse prestes a entrar em uma belezura dessas.
--Então Emmazinha pode ir na frente, vou descer antes de você mesmo--Brian diz abrindo a porta de trás.
--Como assim você vai descer antes?
--Minha casa é mais perto do que a sua Emmazinha, porquê?, algum problema em ficar sozinha com o boy? --Ele diz sorrindo.
Reviro os olhos para Brian e abro a porta da frente.
--Você é um gay Brian Benson--Falo.
Me sento no banco do passageiro e fecho a porta sentindo o olhar de Karyson sobre mim, se ele continuar olhando vou começar com meu tique nervoso.
Pra minha "grande sorte" Brian se debruçou pra frente me encarando.
--Você me chamou do que Emma? --Ele pergunta fingindo falsa raiva, sorri com sua atuação terrivel.
--Exatamente oque você ouviu Benson, você é um completo boiola--Digo o olhando desafiadora.
--Eu não quero ser chato Emmazinha, mas não estou vendo nem um gay aqui, se quiser eu te comprovo é só pular aqui pra trás--Ele diz e pisca pra mim.
Reviro os olhos e olho para a frente, Charlie ligou o carro e acelerou, o motor do carro soltou um som tão apaixonante que me fez lembrar onde estava andando.
Olha aquele banco, meu deus até o sinto de segurança era lindo.
Escutei Charlie rir.
--Esta tudo bem Emma?.
--Não --Digo parecendo uma bêbada.
Os dois garotos riram e mais uma vez Brian se debruçou para frente.
--Isso queridos se chama efeito Karyson, entendo por que queria vir pra trás --Ele diz.
Dou um tapa em seu braço e ele volta para trás.
--Nunca andou em uma Bmw? --Charlie me pergunta.
Ele para em um sinal vermelho e vira para me encarar.
--Nunca andei em nem um carro que não fosse meu gol preto--Digo inocente.
Arranquei gargalhadas dos dois, por algum motivo senti que estavam casuando da minha cara.
Cruzei os braços e olhei brava para os dois que riram ainda mais.
--Parem de rir não tem graça --Digo brava.
--Com certeza tem Emma--Charlie diz colocando sua mão sobre minha perna.
Uma eletrecidade correu pelo meu corpo apenas com aquele toque em minha coxa, Charlie não deve ter nem percebido.
Perdi a noção de tempo e espaço, o som das gargalhadas dos amigos sumiram e eu só conseguia olhar para Charlie que dobrava para frente de tanto rir.
--Cha-Charlie--Digo, e eu posso adimitir que foi a pior merda que fiz.
Os dois olharam pra mim, talvez pensando " Putz ela gaguejou talvez esteja chatiada".
Os dois olharam para mim e eu só consegui olhar para a mão do garoto em minha coxa e voltar a olhar em seu olhos.
--Desculpe--Ele me diz com um sorrizinho de canto.
O sinal abriu e ele voltou a andar, mas Brian como sempre tinha que casuar.
--É o efeito Karyson --Ele diz.
Reviro os olhos e volto a olhar para frente, alguns minutos depois Charlie parou em frente a casa de Brian.
O mesmo se despediu de nós dois e entrou em sua casa.
Charlie deu partida novamente.
--Você sabe onde é minha casa? --Pergunto aproveitando essa oportunidade para olhalo.
--Acho que me lembro, você mora no mesmo prédio de uma amiga minha--Ele disse sem desviar os olhos da estrada.
--Ok.
"Amiga"
Por que aquela palavra me atingio tanto?, em um minuto ele estava me arrepiando por completo e em outro me dizia uma coisa dessa.
Era óbvio que ele sabia do meu gostar sobre ele, então Charlie poderia muito bem pensar no que falar.
--Chegamos--Ele disse parando em frente ao meu prédio.
Foi tão rapido que nem percebi, estava tão destraida em pensamentos, tentando inútilmente adivinhar quem era a tal amiga, que nem reparei que já estava tempo de mais o encarando... e vise versa.
Pisquei algumas vezes e conseguir finalmente falar.
--Obrigada pela carona Sr.Karyson--Digo sorrindo.
Eu tinha que parar com aquilo, já estava ficando vergonhoso.
--Precisar de qualquer coisa é só me ligar Srta.Copper--Ele diz também sorrindo.
Eu queria muito, MUITO, dizer que eu não tinha o seu número.Mas para o meu subconsciente isso parecia muito idiota e um tanto atirado, então eu simplesmente assenti e tentei sair do carro.
Isso mesmo, TENTEI, eu queria muito que ele tivesse segurado na minha mão ou me chamasse só pra me lembrar que eu não tinha a merda do seu número.
Mas oque aconteceu foi que, eu não tinha aberto a porta, então minha inútil tentativa de atravessar a porta òbviamente não tinha dado certo.
Senti meu rosto ganhando cor no mesmo momento, o quanto nervosa eu estava ao ponto de fazer uma coisa da quelas?.
--Me diz que você não esta rindo--Digo com vergonha.
--Não sou de mentir Copper--Ele diz com um tom de divertimento.
Suspirei de vergonha e, outra vez, tentei sair do carro.
Mas dessa vez Charlie tinha segurado minha mão.
--Quando você vai me ligar? --Ele pergunta.
A pergunta me atingio tão intensamente que senti até os pelinhos da minha nuca arrepiarem.
--Quando eu precisar de alguma coisa--Digo como se fosse óbvio.
--Claro, claro--Ele diz, tenho vontade de rir da tentativa falha dele de tentar fazer uma cara pensativa--E como você vai me ligar?, é adivinha?.
Levantei uma de minhas sombrancelhas sem entender, eu deveria ser muito lerda, por que ele revirou os olhos e riu.
--Você tem o meu número Copper?.
Suspirei por ter sido pega e me sentei no banco outra vez, peguei meu celular no meu bolso e entreguei pra ele.
O mesmo digitou seu número e entregou o celular pra mim com um sorriso no rosto.
--Tchau? --Aquilo saio da minha boca mais como uma pergunta por ainda jurar que aquilo era um sonho.
--Tchau Copper--Ele diz e me deixa um beijo estalado na bochecha.
Saio do carro e entro no meu prédio dando um último tchau com as mãos para Karyson que ainda sorria para mim.

Como Conquistar Charlie Karyson | #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora