34. Aarlissa

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Notas da autora: no capítulo passado, eu recebi um pedido para fazer um capítulo do Aaron e da Alissa e, como muitos de vocês shippam, aqui está! Espero que gostem!

ALISSA'S POV


— Babe... — choraminguei, assim que Aaron atendeu a minha ligação.

Não fala assim... Essa sua vozinha me faz querer correr até você!

— Então, corra! Eu estou morrendo de saudades e não tem ninguém nessa casa enorme.

Meus pais estavam lecionando aulas de economia em uma universidade em Chicago. Eu não sabia ao certo quando eles voltariam. Enquanto Bella estava toda concentrada no discurso deles, eu estava pensando nas festas que faríamos ali.

Para completar, a minha melhor amiga estava viajando com o seu amigo colorido — e futuro namorado, se Sierra não falhasse em pressioná-lo. Eu estava sozinha.

— Onde você está? — perguntei.

— Eu estou no centro da cidade com o Blake e o Joey.

— Está vendo!? Você está a quinze minutos daqui! É o destino... Vem pra cá, por favor... Eu prometo ser uma boa garota! Ou má, se você quiser...

Ele suspirou, tentado. Sorri. Eu já havia vencido.

Vou chamar um Uber. Chego aí em quinze minutos. E eu tenho uma surpresa para você!

Despedi-me e dei vários pulinhos. Bella colocaria uma música naquele momento, então foi o que o fiz. Cold Water começou a tocar. Como eu não sabia dançar, apenas fiz alguns passos esquisitos com os braços e as pernas.

Fui correndo até o meu closet e procurei por algo para vestir. Eu precisava tirar aquele pijama.

Coloquei uma regata preta, uma calça skinny rasgada e um salto nos pés. Joguei um pouco de maquiagem na cara, apenas para retocar. Olhei no celular. Aaron chegaria em cinco minutos.

Com pressa, liguei o babyliss e fiz cachos apressados no cabelo. No final, eles se desmancharam e eu fiquei com raiva. A campainha tocou logo em seguida.

— Ai meu Deus! — soltei, descendo as escadas correndo.

Antes de abrir a porta, parei e arrumei o cabelo.

— Você chegou! — eu disse, jogando-me no colo dele e passando minhas pernas pela sua cintura.

Ele riu e girou-me.

— Eu disse que viria correndo por você.

Sem sair de seu colo, eu sorri e segurei as suas bochechas com as minhas mãos, beijando-o. Nossos beijos sempre tinham sorrisos no meio. Talvez fosse porque ele me fizesse muito feliz.

Aaron colocou-me no chão e entrelaçou os nossos dedos.

— Pronta para a sua surpresa? — perguntou, acariciando as costas da minha mão com o seu polegar.

— Você atiça a minha curiosidade de propósito, né, seu viado.

Ele riu enquanto caminhávamos até o carro de meus pais. Aaron sempre babava naquele Volvo, mas eu nunca o deixava dirigir. Eu tinha amor à minha vida.

— Para onde eu preciso ir, bebê?

— Eu vou te dizer. Apenas siga o que eu disser — respondeu.

Ergui uma sobrancelha. Meu Deus, eu estaria morta até o final da noite.

Ele me guiou por ruas meios residenciais. No fim, mandou que eu virasse em um pequeno parque. Se parecia muito com uma pequena praça e elas eram raras por ali.

— O que é isso? — perguntei, descendo do carro.

Ele foi até o porta-malas e o revirou, tirando um cobertor de flanela de lá. Meus pais deixavam o cobertor ali para longas viagens de carro, por mais que não fizesse frio em Los Angeles.

— Uma vez, você me disse que gostava de observar as estrelas.

Era verdade. Por mais que fosse uma coisa muito idiota, eu adorava ficar olhando as constelações, pensando em quantos anos-luz aquele pequeno brilho demorava para chegar ao nosso céu. Aquilo soava como algo que a Bella faria, mas não. Ela não se interessava por isso. Mas eu sim.

— Sim, eu disse...

— Então é isso que vamos fazer! — exclamou, forrando o cobertor na grama e se sentando. Ele ficou me olhando do chão — Você não vem?

Sorri, incrédula. Deus, ele era demais. Aconcheguei-me nele e olhei para o céu limpo e negro. Comecei a apontar-lhe as estrelas e identificá-las.

— E aquela é a Ur... — ele interrompeu-me, selando os nossos lábios.

Ri, dedicando-me ao beijo. Fui me deitando e ele ficou por cima de mim, distribuindo beijos e chupões pela extensão do meu pescoço. Pela primeira vez, sem sorrisos. Nós apenas nos beijamos com paixão.

Minhas mãos foram até as suas costas e eu tirei a sua camiseta. Aaron era magro e ainda estava formando músculos. Mas ele costumava ser gordinho antes e eu sabia como aquilo era uma vitória para ele.

— Eu te amo — disse, tirando a minha camiseta.

— Você tem certeza que quer fazer isso? Eu tomo pílula, mas eu sei que você é vir...

— Shiu, Alissa... — sussurrou, acariciando as minhas bochechas — Eu quero.

— Mas e se aparecer alguém aqui, Aaron?

Ele olhou ao nosso redor e gesticulou com as mãos.

— Ninguém vem aqui! — exclamou — Sério, as pessoas costumam vir de dia, mas nunca durante a noite. Está tudo bem.

Beijei-o novamente, com mais empolgação, puxando-o para mim. Eu seria a primeira vez dele.

Tirei a sua bermuda lentamente e mordi os lábios.

— Está tudo bem — ele disse, beijando-me. — Eu te amo, Alissa. Eu te amo com todo o meu coração.

Voltei a beijá-lo, prendendo os dedos em seu cabelo. Ele tirou o resto da minha roupa e empolgou-se.

Tudo com Aaron era mágico. Eu não me importava com quantas vezes ou com quantos homens eu já havia feito aquilo: com ele era diferente. Tudo ao lado dele era diferente. O ar, os sorrisos, os beijos, os abraços...

Quando finalmente atingimos nossos ápices, ele se deitou ao meu lado e puxou a parte do cobertor que estava sobrando, cobrindo-nos.

Apoiei o cotovelo na grama e o olhei.

— Foi bom para você? — perguntei.

Ele se inclinou e me beijou.

— Eu só sei que quero passar o resto da minha vida com você, Alissa Hunterwood. E não me importa quanto tempo ela dure.

Sorri e deitei-me em seu peito, assistindo às estrelas enquanto escutava as batidas de seu coração.

Eu nunca havia me sentido tão viva.

By Chance; C.D.Onde histórias criam vida. Descubra agora