30. Addicted to you

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Pela primeira vez em dias, acordar foi algo que eu gostei de fazer. Como todas as vezes que dormíamos juntos, Cameron estava agarrado a mim. Eu também o abraçava. Por isso, não quis me mexer muito. Apenas levei a minha mão ao seu cabelo e passei os dedos entre os seus fios macios, apreciando a minha vista.

Lembrei-me da noite passada. Havíamos ido dormir tarde. Passamos a maior parte do tempo nos beijando, conhecendo cada pedaço um do outro. Na outra parte do tempo, ficávamos conversando sobre as nossas vidas. Ele era tão diferente da pessoa que os outros julgavam conhecer... Cameron era um livro grande demais para ser lido por completo.

Ele havia me contado sobre a sua briga com Bart, que havia levado ao segundo fim da Magcon. Ele disse como o empresário tentou veementemente colocar as fãs contra ele.

— Bom dia, loirinha — ele sussurrou, se mexendo.

Quando ele virou o seu rosto para mim, sorri. Deus, ele era tão lindo. Chegava a ser algo sobrenatural. Eu estava tão na dele....

— Eu acho que estou viciada em você.

Ele riu; aquela risada gostosa que eu poderia ouvir para sempre, por todos os dias da minha vida. Cam se sentou na cama e se inclinou em minha direção, beijando-me. Acariciei as suas costas e juntei-nos ainda mais, enquanto ele mordia o meu lábio inferior lentamente.

— Você tem algum compromisso hoje? — perguntei, separando-nos.

Ele se levantou e foi pegar o seu celular, que ele havia deixado no chão.

— O pessoal da Netflix vai vir aqui de tarde e eu vou sair para procurar algumas casas. Depois, vou no salão com o Chris. Vou ficar mais loiro. E, de noite, confirmei presença em um desfile... Por que a pergunta, bebê?

— Porque eu adoraria passar o dia todo te beijando, até não poder mais.

Cameron sorriu e roubou-me um selinho demorado. Ele abriu o armário e jogou uma de suas camisetas para mim.

— Só porque eu sei que você gosta — disse, piscando.

Ele deixou o quarto, sumindo pelo corredor. Suspirei, sem acreditar no que estava acontecendo. Levei a peça de roupa até o nariz e inspirei seu cheiro. Ele não podia ser real. Aquilo tinha que ser um sonho.

Fiquei em pé e troquei a minha cropped preta por sua camiseta merchandising, com as iniciais C.D. escritas. O seu nome circulava as duas letras, tornando daquela blusa a minha favorita.

Quando fui até a sala, ele estava gravando para o Snapchat.

— Tenham um bom dia — disse para o visor. Em seguida, ele mandou um beijo — Eu amo vocês.

Sorri, enquanto ele olhava o resultado. Era impossível não se apaixonar por ele.

— Está me admirando?

— Talvez — respondi.

— Que tal aquela mesma tigela de cereais de sempre?

Assenti e abracei as suas costas enquanto ele preparava o nosso café da manhã. Eu precisava voltar para casa em breve. As minhas melhores amigas haviam saído do Brasil apenas para passarem o meu aniversário comigo e eu me sentiria culpada se não passasse algum tempo com elas.

— Você me leva até em casa?

— Claro que levo, babe.

— Aliás, amei os presentes.

Cameron havia me dado um urso gigante, flores e um CD que ele mesmo havia gravado como presente de dezenove anos. Fora aquilo, ele também havia organizado uma festa surpresa. Eu nunca deixaria de me surpreender com os seus atos. Ele dizia ser péssimo em demonstrar sentimentos, mas ele era mestre naquilo.

By Chance; C.D.Onde histórias criam vida. Descubra agora