Chamber

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_ O que o levou a fazer tal ato brutal?

_ Você havia enjerido bebida alcoólica? Ou estava sóbrio no momento do crime?

_ Licença por favor. _ O segurança pedia me guiando pelo ombro, enquanto vários fotógrafos nos seguiam.

_ Por favor senhor Harold, só mais uma pergunta. _ Ouvi uma mulher dizer antes da porta do carro se fechar.

 Aquilo tudo era uma loucura, como poderiam pensar algo daquele tipo vindo de mim? Eu que nunca fui de me meter em confusão, sempre me escondendo das câmeras e mundo da fama, sempre longe das festas.

_ Senhor Harold? _ Diggle chamou depois de um longo tempo com a porta do carro aberta.

_ O que estamos fazendo aqui?

_ É sua casa, senhor Harold.

_ Droga Diggle, falei pra me levar para o sítio em Gows!

_ Me desculpe senhor, eu francamente não ouvi. _ Disse de forma automática fechando a porta do carro e voltando para o volante.

_ Perdão Diggle, sei que está fazendo o seu máximo. _ Ele então voltou a dirigir.

 Normalmente costumo comparar minha vida a alguma coisa relacionada ao meu dia a dia, ou até mesmo um reação da natureza, e nesse momento dramático que estou passando, posso comparar a quando eu almoçava, e depois ia dormir, e quando acordava, dava por conta que havia perdido minha tarde inteira, fazendo algo que eu poderia ter feito a noite. É assim que me sinto. Apesar de não ter tido muita intimidade com meu pai, me sinto extremamente desolado por ter perdido a maior parte do meu tempo discutindo por coisas fúteis e banais, que não nos levou a lugar algum.

_ Sinto muito pelo que aconteceu meu filho, eu tenho certeza que o que estão dizendo na televisão não é verdade. 

_ Obrigada dona Floresce, eu agradeço por confiar em mim. _ Digo deixando um leve beijo na testa da minha segunda mãe. _ Agora vou para meu quarto, preciso colocar os pensamentos no lugar.

_ Vai meu filho, faça isso mesmo. _ Sorriu com pena juntando as mão em frente ao queixo.

 Gosto desse sítio, ele me trás boas recordações. Aqui foi o local que meu pai me ensinou a cavalgar, a primeira e última vez que ele passou o dia dos pais comigo. Minha mãe sempre foi uma guerreira, sei que ela já suportou muita coisa por mim e meu irmão. Tantas vezes que já vi ela desistir de algo por nós. Ela sim fará uma falta enorme na minha vida.

 Um pouco atordoado, vou até a porta da varanda e a abro, deixando a brisa do campo entrar, fecho meus olhos e encosto meus braços na grade de madeira. O som do grilos sempre me irritaram quando criança, mas pela primeira vez, aquilo me acalmou.

𝙴u queria poder te dizer, Kath... _ Escuto uma voz feminina. Olho para os lados atordoado, mas eu estava sozinho, o quarto estava vazio.

_ Quem está ai? _ Digo olhando para baixo, na esperança de que alguém me responda.

𝙰s coisas bem que poderiam ser mais simples. _ Novamente escuto, porém dessa vez é mais forte, e faz minha cabeça latejar. Fecho meus olhos com a recente dor.

 E então de repente uma dor extremamente forte alcança meus olhos. 

 O silêncio volta novamente, e só assim abro meus olhos, um por vez. 

_ Qual é cara, ficou maluco? _ Leonardo pergunta com os braços cruzados, encostado na batente da porta da varanda.

 Eu queria responder que sim, mas acho que tudo aquilo era por conta da pressão do momento, eu acho...

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⏰ Última atualização: Sep 21, 2016 ⏰

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