Hogwarts, 30 de junho de 1997 - Alguns minutos mais tarde...
"Emma?" Uma voz lhe carregou para longe de seus pensamentos. Estava ali há algum tempo, mas só naquele instante se percebia na sala da Mcgonagall, que acabara de se sentar em sua cadeira. Desviou o olhar das mãos banhadas de sangue para finalmente olhar para a professora.
"Emma, você está me ouvindo agora?" Sua voz era suave, e o olhar, gentil. Tinha os dedos entrelaçados em cima da mesa, parecia ser capaz aguardar o tempo que fosse necessário para que a garota em sua frente se recompusesse. Emma apenas balançou a cabeça desajeitadamente, Minerva sabia que naquele momento ela dividia sua atenção entre o mundo externo e a bagunça de seus pensamentos.
"Você pode me contar o que houve?" A garota olhou para baixo, tentava organizar as palavras para formar frases que fizessem sentido. Sentia que o coração ainda batia pesado no peito e um estranho calafrio percorria seu corpo, aquela situação parecia fazer parte de um terrível pesadelo.
"Re-- Regina queria conversar comigo." Sua voz saía tão fraca... Era difícil falar e pensar no ocorrido ao mesmo tempo. Pigarreou e tentou pronunciar as palavras com mais clareza.
"Nos encontramos, naquela sala abandonada. Ela queria me dizer uma coisa, um segredo."
Pausa.
Sua mente voltou ao momento em que chegara na sala, se soubesse o que estava prestes a acontecer nem teria aberto aquela porta. Ou talvez tivesse entrado, e se despedido dela da melhor forma possível. Quem sabe conseguisse impedir sua morte? Ou se tratava de algo inevitável? Ainda não entendia muito bem.
"Ela era uma deles. Uma Comensal, assim como Draco--"
"Srta. Swan, entendo que por ser próxima de Potter, talvez concorde com algumas de suas suposições, mas afirmar que o Sr. Malfoy é um Comensal... Essa é uma acusação muito grave!" A professora não havia perdido sua calma, mas falava num tom de repreensão que deixou Emma um pouco nervosa.
"Tudo bem, professora. Sei que não devo julgar o garoto, mas os Mills, os Malfoys e os Lestrange comem da mesma ceia! Regina me contou um pouco de sua história, e assim como ela se tornou uma serva do Lorde das Trevas, é muito provável que ele também tenha sido esco--"
"Você possui provas?" Mcgonagall a interrompeu novamente. Dessa vez, causando silêncio na garota. Ela olhava a professora com uma vontade enorme de gritar. Às vezes Harry exagerava nas suspeitas, nisso concordava, mas naquele momento, depois de tudo o que havia acontecido, nada fazia tanto sentido quanto Draco ter sido nomeado um Comensal da Morte, como um meio de preencher o espaço deixado por seu pai, que naquele momento provavelmente apodrecia em Azkaban.
"Não." Afirmou. A vergonha a fez encarar seus pés. Por mais que aquela teoria fosse convincente, a falta de provas ainda não mudava sua condição de inocente. Era revoltante.
"Então não há--"
"Mas olhe o braço dele, professora! Regina me mostrou sua marca, a senhora inclusive pode ver, para ter a certeza de que estou falando a verdade sobre o que ela me contou, e sobre o que suponho. Ele tem a marca também, aposto!"
"Chega, srta. Swan!" Minerva exclamou de forma áspera, determinando o fim daquele assunto. A garota não se importava pois não queria mais gastar a pouca energia que ainda lhe restava com uma discussão que tinha certeza que acabaria em nada, a professora nunca concordaria com o que ela falava a não ser que visse a Marca Negra no braço de Draco Malfoy com seus próprios olhos. Emma sabia que ela só lidava com fatos previamente comprovados, infelizmente.
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A Maldição Imperdoável
FanfictionJunho, 1997. Tudo andava aparentemente normal na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Dolores Umbridge havia sido mandada embora do cargo de diretora alguns meses atrás, e assim Dumbledore estava de volta. Apesar da ameaça que Lorde Voldemort rep...