08 - Apaixonados? ❤️

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Bárbara Narrando:

Acordo sentindo minha cabeça doer pra caramba, olho pro lado e não avisto ninguém, assim que me sento na cama e olho pra frente levo um susto. Guilherme está sentando na janela.

Chorando? Por que?

Será que eu devo ir falar com ele?

Meu Deus, o que eu faço?

Me aproximei dele tocando em seu ombro de leve, rapidamente Guilherme virou de frente pra mim, me olhando e limpando suas lágrimas. Então me atrevi em dizer:

Eu: Quer conversar? - pergunto receosa.

Guilherme: Não! - diz seco.

Eu: O que você tem? Me diz. As vezes é bom conversar, desabafar.

Guilherme: Eu não sei o que eu tenho. Eu sinto falta dos meus pais! Antes do seu pai matar eles eu era muito feliz, sabia? Eu vivia como uma pessoa normal, eu não tinha nenhuma preocupação, eu não tinha tantos pesos em cima de mim... Eu tinha uma família.

Eu: Eu sinto muito - digo apenas.

Guilherme: Não, você não sente! Você tem seus pais do seu lado, não tem? Pois bem, você tem tudo. Não tô dizendo em bens materiais não, porque hoje se pode ter muitas coisas, mas amanhã você pode não ter nada. Eu tô dizendo do maior de todos os bens, sua família. O seu pai acabou com a minha família, com a minha vida!

Fiquei em silêncio, pois eu realmente não tinha o que falar. Eu nunca na minha vida, imaginária que meu pai fosse um assassino.

Guilherme: Pode passar vários anos, mais eu nunca vou superar a perda deles. Eu tenho um vazio enorme dentro do peito... Sabe, a gente acha que nunca terá fim, nunca vai acabar, mas não é assim... A vida passa rápido demais e em um piscar de olhos tudo muda, tudo vira do avesso, tudo foge por entre nossos dedos. Hoje, se eu tivesse que dar um conselho pra alguém seria: Aproveite cada minuto que você tem com seus pais, seus amigos, seus amores e curta sua vida pois ela é curta demais pra você desperdiçar com amizades fracas, amores fracos e principalmente sem seus pais.

Sinto lágrimas involuntárias rolarem sobre meu rosto.

Eu: Posso te dar um abraço? - pergunto apenas.

Sei que não somos amigos, nem nada do tipo, mas eu sinto que nesse momento, o Guilherme precisa de um abraço daqueles bem apertados, aqueles que conforta.

Guilherme se aproximou de mim e me abraçou apertado.

Guilherme: Desculpa pelo tapa no seu rosto ontem - diz ainda abraçado comigo - Eu não queria fazer aquilo, eu estava muito nervoso.

Eu: Tudo bem, eu te entendo! Eu gostei de você, sabia?

Guilherme nem deixou eu terminar de falar e começou a me beijar loucamente, me deitando na cama e ficando por cima de mim.

Ficamos nós beijando e trocando carícias.

Mesmo em ter conhecido o Guilherme em apenas algumas horas, pela primeira vez, eu senti vontade de perder a virgindade. Eu me senti pronta, totalmente pronta pra ele.

Bárbara - Entre O Amor E O Ódio ( REVISANDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora