Criada Para Matar

Sou assassina, não guarda costas.

Los Angeles 10:22 a.m
Camila Cabello on:

Acordei bocejando, virei de bruços na cama praguejando a todos os seres existentes por deixarem minhas cortinas abertas, resmunguei uma...duas vezes antes de gemer em derrota dando um tapa na cama

-haaa.....inferno! -

Me apoiei sobre as mãos, olhei para os lados piscando meio incomodada com a luz, me sentei na cama passando a mão pelos cabelos, bocejei e logo me levantei, praticamente me arrastei até a porta do banheiro, empurrei e entrei me olhando no espelho. Maldita ressaca!

-pelo menos você não está com dor de cabeça dessa vez.-

Digo pra mim mesma, sorrio de lado e pego minha escova de dentes, faço minhas higienes e aproveito tomando um banho demorado. Saio enrolada na toalha do banheiro, entro no closet, reviro tudo até optar por um short preto de algodão, uma blusinha solta branca, e chinelos, por baixo, um conjunto preto de roupas íntimas.
Desci até a cozinha, acenando para a Brenda, uma empregada de 20 anos de idade a qual eu já levei para a cama.

-bom dia Brenda. -

-bom dia, senhorita Cabello- a ouvi me responder. Sorri brevemente, me sentei cruzando as pernas, e esperei que ela me servisse, comi de bom grado a salada de frutas, mexendo em meu celular, conversando com Dinah Jane, a girafa, vulgo eu minha melhor amiga.

Narrador on:

Camila estava realmente concentrada em qualquer besteira que Jane havia mandando na mensagem pra ela, concentrada ao ponto de não ver quando Alejandro Cabello entrou na casa gritando com dois homens diferente e foi direto ao escritorio.
Terminou de comer e não se importou de levar a louça suja para a pia, afinal, Brenda era bem paga pra isso. Se levantou e andou até a sala, ligou a tv e se jogou no sofá, não iria de fato assistir, a casa era muito silênciosa, então precisava de algum barulho presente. Sorriu e até mesmo riu com a nova mensagem, mas algo chamou sua atenção, um barulho de algo quebrando, vindo do escritório de seu pai, acompanhados de gritos raivosos. "EU QUERO A MELHOR, NÃO ME IMPORTA O QUANTO CUSTE!" "MAS ELA É A MELHOR, E SE RECUSA A ACEITAR! " "ENTÃO A CHAME AQUI JAVEL, E EU A CONVENÇO, SEU INCOMPETENTE!." E então os gritos cessaram, ao mesmo tempo que se pode ouvir um baque. O celular da latina havia vibrando 3 vezes constantes e ela o ignorou, Javel, o cara que gritava junto ao seu pai segundos atrás, saiu com a mão sobre o nariz, estancando o sangue.
"Perdoe-me, eu mesmo me certifico que ela virá, prometo, ela é a melhor e irá aceitar! " era um sotaque arranhando o inglês, a voz era cautelosa, provavelmente o segundo cara estava com receio de outra explosão de seu chefe Alejandro, e então depois de alguns segundos os dois homens saiam, um ao lado do outro, Alejandro enfurecido, o homem ao seu lado com medo, mas querendo manter a postura, Alejandro abriu a porta e o homem se foi, e então ele voltou a se trancar na sala de escritório, com raiva de mais para perceber uma Camila confusa na sala do sofá.

Camila suspirou sem entender, e se levantou, pensou por um momento e acabou por ir e bater na porta do escritório do seu pai, não obteve uma resposta, então bateu novamente.

-Quem é? - a voz grave e exaltada de Alejandro perguntou.

-sou eu pai...abre a porta- a latina pediu em tom calmo. Camila não era ao seu todo ruim, mimada na maioria das vezes, histérica e sem educação, mas amava seu pai, amava muito, e as vezes até deixava de fazer as coisas por sua causa, de fato a Latina não aguentava ver o pai mal.

Alejandro por sua vez, escondia todo o trabalho sujo que fazia, mas amava suas filhas com todo o seu ser, manteve Camila morando com ele por todo esse tempo, sabia que a filha não se dava muito bem com a mãe, a dona Sinuh. A filha mais nova, por sua vez, morava com a mãe, não mantinha contanto com o pai e as vezes falava com Camila.
Ele pagava a pensão, e dava a devida atenção para Camila, pelo menos quando ele podia, o que era raro, porém o trabalho que tinha, exigia muito de seu tempo, e ele o fazia para manter sempre a boa vida de suas filhas, achava ser o certo, mas errava na criação sem perceber.