Deuses, Heróis & Monstros

Capítulo II - As asas de Ícaro

- Meter-se com rei dá nisto, Dédalo disse o filho do inventor Ícaro
, que o observava.
Ambos estavam presos no labirinto de Creta, encomenda que o rei Minos fizera ao próprio Dédalo para derrotar o
minotauro, que já fora derrotado por Teseu. Dédalo foi preso juntamente com seu filho por cortejar a esposa do rei Minos, Ariadiane.
O rei Minos não esperava tamanha traição então castigou Dédalo junto com seu filho Ícaro prendendo os dois no labirinto.
Certo dia Dédalo teve uma grande idéia
- Já sei, Ícaro o que faremos para sair daqui.
Sem dizer mais nada ele percorreu o labirinto acompanhado pelo seu filho, que o seguia com muita curiosidade.
Seu pai disse
- Pegue minhas ferramentas e me aguarde!
E saiu em busca de alguma coisa.
Quando retornou Dédalo trouxe um monte de penas de aves recém-abatidas.
Curioso Ícaro perguntou
- O que pretende fazer com todas estas penas pai?
Sem responder, Dédalo serrou alguns pedaços de madeira.
Ícaro fez outra pergunta para seu pai, ao ver ele colar penas de asas na madeira
- O que é isto, uma fantasia?
Logo depois Dédalo tinha em suas mãos um grande par de assas
E disse
- Vamos filho ajude a colocar em suas costas.
Ícaro entendeu o que seu pai pretendia fazer, então ele fez exatamente o que seu pai lhe-ordenou.
Logo depois de exprimentar Ícaro exclamou
- Funciona perfeitamente,
e concluiu
- Vamos construir uma pra você também.
Os dois passaram o dia inteiro trabralhando em luta de sua liberdade.
O labirinto de Creta ficava muito isolado no meio do mar mediterrâneo em uma ilha, sabendo disso Ícaro perguntou
- Será que poderemos atravessar o oceano com elas?
Dédalo respondeu
- Claro! Só devemos tomar muito cuidado para não nós aproximarmos muito do Sol, pois o calor pode derreter a cera que prende as nossas asas.
No dia seguinte, bem cedo, se dirigiram para uma parte mais aberta do labirinto, cada um com suas asas, Ícaro estava impaciente então ajustou suas asas na costa e saiu voando
E disse euforicamente
- Veja pai estou voando.
Dando varias voltas no ar, perdendo aos poucos o medo da altidude.

Seu pai também flanou sobre o labirinto testando a resistencia de suas asas.
Pai e filho lançaran-se ao ar, batendo os braços de maneira tào ritimada que pareciam dois pássaros a dividir o azul do céu com as gaivotas , que observavam, pasmadas. Em pouco tempo deixaram a ilha de Creta para atrás.
Dédalo lembrava ao seu filho Ícaro o tempo todo para não se aproximar muito do Sol.
No começo os dois lutaram um pouco com as correntes de ar, então as vezes o pai recorria ao filho e o filho recorria ao pai.
Os dois tentavam manter o maximo de fôlego até conseguirem achar terra firme.
Quando já estavam bastante longe da ilha de Creta, Dédalo percebeu que seu filho havia desaparecido, Ícaro estava muito distante dali o jovem estavá planando nas alturas, de olhos fechados, lançara-se ao vôo cego, para além das nuvens, chegando até ultraprassar as grandes montanhas, e pairou sobre elas, enquanto isso o sol arrancava um brilho intenso sobre suas asas sem Ícaro perçeber.
Assim que abriu seus olhos Ícaro viu que suas penas estavam caindo ao seu redor, como se um imenso travisseiro havia sido rasgado esvaziando todo seu conteúdo. Os fios de cera se derretiam pelas armações alcançando seu braços.
Ícaro notou que a estrutura das asas se desfazia ele procurou se proteger, mas o sol era tão intenso que desmanchava as proprias nuvens Ícaro percebeu que era seu fim então resolveu gritar
- Socorro, socorro, socorro, pai!
Sua voz se perdeu no vácuo e seu pai longe dali, não podia
ouvi-ló e muito menos se quer ajuda-ló, então Ícaro se abandonou ao seu destino caindo nas águas do oceano.

Enquanto isso Dédalo vasculhava os céus a procura de Ícaro gritando
- Ícaro, meu filho, responda.
Durante muito tempo o velho vagou os céus, sempre fugindo do calor do sol, até que avistou algumas penas sobre o mar e sobrevoando mais um pouco a frente encontrou o corpo de seu filho Ícaro caído na margem da praia.
Depois de tomá-lo nos braços, Dédalo ficou um longo tempo abraçando ele e chorando por várias horas.
Por ter sido responsavel pela morte de um inocente, o rei Minos foi castigado por Têmis, pouco depois de Ícaro morrer o rei Minos caiu morto no chão derrubando a taça de ouro com vinho.
Com o coração despedaçado de Dédalo, como as asas de seu filho Ícaro, Dédalo o enterrou na praia da ilha em que seu filho caiu
logo depois de terminar de enterrar seu filho Ícaro,
um bilhete mandado pela deusa Têmis, em forma de asas caiu do céu escrito:
O Seu Filho Está Em Um Bom Lugar e Com Asas Deslumbrantes Como a Sua!
A mesma deusa nomeou aquela ilha de Ícaria.