Sentei/Deitei em uma cadeira muito louca que a assistente mandou e logo e a dentista colocou aquelas ferramentas na minha boca.
—Você esta bem? Como vai à escola? —Perguntou a dentista.
—Voassjksdfjkss sdjjs. Ssfdnkss csjkjs. —Respondi.
—Que bom. Aquele "garoto", o Paulo pareceu gostar de você.
—Cmmadsj dfs? —Perguntei.
—Eu o vi te olhando e perguntei, ele disse que você é bonita. E falou "Pena que é comprometida".
—Ho we? Kds msd raknaum.
—Seu irmão? Ele pensou que era seu namorado. Que pena você formariam um belo casal.
—Haum.
—Por que não? —Ela perguntou, mas eu não respondi.
Até que ele era bonitinho.
—Ele pediu pra mim te entregar isso. —Ela me deu um papel com um número escrito.
A dentista terminou e eu levantei.
—Quer deixar a próxima consulta marcada? —Perguntou a atendente.
—Por mim eu não volto ao dentista nunca mais. —Respondi.
A atendente e a dentista deram uma risadinha sem graça e se despediram.
Fui até o meu irmão, que estava dormindo no sofá.
—Acorda. —Falei empurrando ele, não funcionou. —ACORDA DESGRAÇA.
Algumas pessoas olharam pra mim, me vendo tentando derrubar ele do sofá.
—NÃO FAZ ISSO CRIATURA. —Caíque gritou quando caiu no chão. —Você está morta.
Corri para fora do dentista com o meu irmão correndo atrás de mim gritando "Eu vou te matar".
Acabei dando de frente com um homem que parecia o Papai Noel, ele me segurou.
—Esta adiantado um pouco, hein? Ainda estamos em Agosto, volte daqui quatro meses.
—O que? —Perguntou ele e logo deu para ouvir os gritos do Caíque. —O que você fez para aquele rapaz?
—Nada, ele é o meu irmão.
—Não acredito em você. —Disse ele.
Caíque apareceu ao meu lado.
—Hey, Papai Noel, estou esperando uma guitarra desde 2006. —Disse ele
—O que? —Perguntou ele novamente. —Hey, o que esta garota fez pra você?
—Nada, ela é a minha irmã.
—Eu achei que ela tinha roubado algo.
—Não, a minha irmã foi bem criada e não é ladra.
— Tem certeza? — Insistiu o Noel.
— Claro que eu tenho. — Ele pensou um pouco. — Ela só rouba os meus doces mesmo. Agora solta ela.
O Noel me soltou.
—Louco. —Eu e meu irmão falamos juntos.
—EU VOU TE MATAR PAOLA. —Caíque voltou a gritar e eu votei a correr.
Entrei em uma sorveteria e pedi o maior sorvete que tivessem.
—O que você está fazendo aqui? —Caíque perguntou entrando no estabelecimento.
