_Garota venha aqui. -ouço papai me chamar, e percebo o quanto me distanciei dele.
Corro até ele é pulo em seu colo. Papai é um homem simples, seus cabelos eram loiros como os meus, porém com um leve tom de grisalho pela idade, seus olhos verdes, ja os meus são como os de minha mãe, castanhos .
-Vamos para a casa querida, sua mãe deve esta uma fera. - Ele fala me apertando em seus braços.Vivíamos em uma pequena Vila. Eu, minha irmã e meu irmão mais velhos, papai e mamãe que agora está grávida.
Papai é eu estamos na feira pois hoje era o último dia de venda do ano. A feira só ocorria uma vez por ano. Papai juntava dinheiro o ano todo para essa época de feira.
Um moço vendedor chama papai, que de imediato se vira para atendê-lo. Me colocando de costas para o moço e de frente para a entrada da feira.
Vejo homens com armaduras e espadas bem longas invadir o local. Eles começam a agredir as pessoas que vinha em seus caminhos. de imediato cutuco meu pai.
-Papai eles estão aqui. -digo puxando a manga de sua blusa.Papai se vira para ver oque está ocorrendo. Os homens já estavam perto demais. Corre comigo e as compras em seu colo.Papai normalmente ajudava a impedir que esse homens maus matassem as pessoas pobres e inocentes, pelo menos era oque mamãe sempre me dizia.
Ele me coloca no chão o mais longe possível do tumulto e me entregá as compras e um medalhão lindo e Grande que sempre usava,e me deu um beijo na testa.
-Querida me espere aqui, não irei demorar. Mais caso eu não volte, vá para sua mãe e a entregue isso - Ele diz apontando para minhas mãos onde estava o enorme e pesado medalhão. Mesmo sabendo que papai é forte, sinto lagrimas rolarem pelo meu rosto.
O vejo se distância, me sento próximo a árvore mais próxima, coloco o calar em meu pescoço e abraço meus joelhos a espera de meu papai. E acabo caindo no sono.
Depois de algum tempo sinto algo cair em mim. Abro lentamente meus olhos, e percebo que foi uma pequena gota d'água sinalizando uma grande chuva que viria. Me levanto e chamo por meu pai.
-Papai? - grito com a voz rouca pelo choro que não consigo evitar.
-Papai -lhe chamo de novo. O local se encontra totalmente silêncioso. vou andando até onde se encontrava a feira.Quando chego onde ficava a feira não consigo controlar meu choro. Esta tudo completamente destruído vejo corpos por todos os lados.
-Papai? -tento de novo. Caminho para a entrada de onde era a feira. É ali deitado de olhos abertos com uma espada atravessada em seu corpo. Vejo meu pai, me lanço em cima dele e choro, os meus soluços me impedem de gritar, e a dor so aumenta.Algum tempo depois, me acalmo passo as mão de leve no rosto de meu pai para fechar seus olhos e lhe dou um beijo na bochecha em sinal de despedida. Levanto-me e vejo alguém se aproximar.
-Olá garotinha - Diz um homem como aqueles que eu vi entrarem na feira. Não o respondo, e recuo.
-Venha cá, você tem quantos anos? - ele pergunta, continuo calada me afastando dele.
-Dez? - ele insiste. Me viro para ir embora. Em reprovação ele agarra meu pulço e me vira fazendo-me bater contra seu peito.
-Com certeza são dez. Mais você é tão linda que não faz diferença. -Agora próxima o suficiente dele consigo sentir seu alito, ele está bêbado. Me debato para me livrar de seu aperto, porém isso só o faz me segurar mais.
-Você da pro gasto garotinha - Ele diz e começa a me beijar.Tento impedir, mais de nada funciona. Começo a gritar mais ele me impede. Então só me restava chorar, me sentia completamente suja, e ele se aproveitou de mim._________________________________________
Cinco anos depois_Querida, pode me ajudar com isso. -Ouço mamãe pedir para minha irmã, que se levanta de nossa pequena e velha sala para ir ao seu quarto.
Já se passaram cinco anos desde que morri em vida. Não importa quantos anos se passem nunca vou esquecer do último beijo de meu pai, de seus olhos que mesmo gelidos pela morte, não deixavam de expressar a sua ternura e sua grande dor pelo que estava deixando. É dele, de suas mãos imundas em mim, do nojo em que eu sinto de mim mesma quando me olho no espelhos, do ódio que hoje vejo em meus olhos.
Deixo meu pequeno bloco de notas e vou até o meu irmão mais novo. Eu cuido dele a maior parte de meu dia quando não estou trabalhando, mamãe não consegue ver seu rosto, nem se quer o tratar como filho. Para mim Herique foi uma bênção, ele nasceu no exato dia em que meu pai se foi. A dor de minha mãe e o impacto da notícia adiantaram em dias seu parto. Porém ela teve uma hemorragia muito grave e passou meses em seu leito.
No meio de tanta dor oque mais sofreu foi meu irmãozinho.Além de nunca ter conhecido seu pai, mau terá o amor de sua mãe.
Lhe dou um beijo na bochecha, pois ele está em um sono profundo. Pego minha pequena bolça e vou trabalhar.
Chego no pequeno bar ao qual trabalho. O lugar é simples, pequeno
as cadeiras são desgastadas pelo tempo, as paredes igualmente. As mesas ja estão em ruínas.Guardo minha bolça no pequeno quartinho que o estabelecimento possui com apenas um armário antigo. Passo por meu chefe que se encontra no balcão, e passo recolhendo os pedidos dos pobres bêbados.
A vida nesse local não é fácil, recebo centenas de cantadas, os homens muitas vezes tentão nos agredir. Detesto todo esse lugar, mais não tenho escolha, quando meu pai morreu e o dinheiro e toda a comida da feira se perdeu, ficamos sem condições financeiras.E o único jeito foi eu e meus irmãos mais velhos trabalharem.
Recolho os pedidos e vou em direção ao caixa. Nathalie, uma antiga amiga que fiz nesse lugar. Ela era esbelta, olhos claros, cabelos castanhos mel, lábios carnudos e rosto fino, seu corpo era demasiado elevado para uma jovem de 17anos. Oque a fazia passar por coisas bem mais piores que eu por esse lugar, trabalhamos juntas a exatos um ano que entrei aqui. Ela já tá a mais tempo por ser dois anos mais velha que eu. Ela cuida do caixa quando o dono não está, é uma pessoa de muita confiança e e,exala isso. A única pessoa que me conhece deveras mente bem, é ela, lê contei todo o terror pelo o qual passei e ela por incrível que pareça compreendeu minha dor.
Assim que termino meu turno, retorno a minha casa. Pelo caminho vejo as carruagem dos reinos inimigos por todas as partes. Me espanto e corro para a floresta me distanciando da estrada.
Oque eles devem esta fazendo aqui? Meu Deus eles estão indo em direção a Vila.
Corro a todo o vapor sem me importar com os inúmeros arranhões ao quais recebi pelas plantas. Assim que chego pelo atalho que dá por trás de minha casa, vejo Henrique encolhido.Me adianto para chegar até ele.
-O que ouve pequeno -digo me sentando ao seu lado e o colocando em meu colo.
-Uns homens feios, entraram em nossa casa. - ele diz soluçando pelo choro.-Eles ainda estão ai? - Com um gesto de cabeça entendo que sim. O levanto eo coloco em meu colo. E vamos para a floresta.
Algum tempo depois retorno para a casa com Henrique dormindo em meu colo. Mais quando chego lá tudo se encontra em cinzas.Grito por minha mãe, meus irmãos e nada. Acordo Herique para que ele me explique oque aconteceu.
-Querido, oque aconteceu? - Ele abre os olhos e me encara.
- Eu não sei, só lembro de mamãe caída no chão. Eu tentei a acordar eu juro, mais ela não mexeu, acho que era porque ela estava dodói. -Vejo lágrimas se acumularem em seus olhos. Olho para o céu respiro fundo para não chorar em sua frente.-tudo bem... tudo bem pequeno não chora. É os nossos irmão onde estão? -pergunto com medo de saber a resposta.
-Mamana me mandou correr e me esconder, e eu corri. A única coisa que vi foi os homens batendo nela, porque bateram nela? Ela desobedesceu? - Ele pergunta assustado, não consigo evitar e acabo por chorar. Meu irmão coloca sua pequena mão em meu rosto, e abro um sorriso triste.
Quando Herique desvia o olhar de mim para onde era nossa casa, ele se agita e começa a chorar. Lhe dou um abraço apertado. É nossa dor se une.-Te juro que eles iram pagar. Darei minha vida como penitência.
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A Última Puro Sangue
Teen FictionHestia sempre teve problemas por não conhecer ninguém de sua família. Ser criada por uma cientista, pode ser bom. Porém ser criada por uma cientista sádica pode ser melhor ainda. Hestia veio de um Reino poderoso que a muitos anos foi abandonado n...