Capítulo 5 - O homem que caiu no Planeta Terra

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Havia passado um mês desde que fomos parar naquele mundo, naquela época, naquele universo...naquilo. Poderíamos considerar aquilo tudo como um pesadelo, mas oque tínhamos vivido antes era bem pior, estávamos sozinhos em uma linha do tempo confusa, e mesmo que oque esteja acontecendo agora seja meio que nossa culpa, acho que...enfim, talvez tenhamos feito algo bom dessa vez.

- Não deveríamos procurar pelo tal dono desse lugar? – pergunta Carson.

- Procura-lo só irá piorar as coisas. – responde Justine. – Não vê que estamos tendo uma vida normal? Se nós não procurarmos problemas, eles não virão até nós.

- Está bem. – diz Carson. – Esses doces custam 4 minutos e nem parecem serem bons.

- Então não compra. – diz Alana.

- Se tiver irritadinha, desconta em outro, certo? – diz Carson. – Não pedi a tua opinião.

- Hum...parece que vai começar a chover. – digo. – Deveríamos ir para casa.

Uma casa naquele mundo custaria praticamente oitenta por centos da vida de um de nós, então, decidimos que cada um iria dar uma parte de nosso tempo e ainda assim ter bastante tempo de vida.

- Só espera eu comprar os doces. – diz Carson.

- Você vai mesmo comprar? – digo. – Você nunca ouviu falar deles, não sabem se são de qualidade boa ou não.

- Só são quatro minutos. – diz Carson. – Não é nada de mais.

Carson compra os doces e voltamos para casa. No meio do caminho um cara passa correndo e nos joga quatro chaves e diz : '' Cuidem como se fossem suas vidas. '' e vai embora.

- Existe maconha aqui também, onde será que vende? – pergunta Alana.

- Não vamos pegar as chaves? – pergunta Justine.

- São só chaves. – responde Alana. – Provavelmente ele assaltou alguma casa, alguém chamou a policia, ele correu e nos jogou as chaves, para que pegássemos, e gravasse nossas digitais nelas para a policia nos incriminar.

- Assista menos filmes de policial e ficção-cientifica, obrigado. – digo. – Eu vou pega-las, não deve ser nada de mais.

No momento em que pego as chaves, sinto um tipo de flashback que nunca vi na minha mente, haviam sido uns cinco segundos disso, mas parece que havia passado mais...o suficiente para que os outros achassem que eu tivesse tido um ataque quando me abaixei e tivesse ficado em coma, por quatro anos.

- Ele está acordando. – ouvi alguém dizendo de longe.

- Carson! Ele está abrindo os olhos. – dizia outra pessoa.

Ouvi passos acelerados em minha direção, quando lentamente abro os olhos e vejo os conhecidos rostos dos meus amigos, com os olhos cheios de lágrimas, Carson diz : '' Achei que fosse te perder para sempre. ''

- O quê aconteceu? – pergunto. – Onde que eu estou?

- No hospital. – diz Alana. – Não lembra o quê aconteceu? Doutor, ele pode ter amnesia?

- Ele acabou de acordar. – diz o tal doutor. – Ele deixem ele processar logo as coisas, não o encham de perguntas.

- Quem é esse doutor? Como eu vim parar aqui? – pergunto, confuso.

- Você desmaiou quando tocou nessas chaves. – diz Justine. – Já se passaram quatro anos, muita coisa aconteceu, inclusive um incêndio em nossa antiga casa.

- Incêndio? E as chaves... – digo.

- Por coincidência, as chaves eram de quartos do hotel do doutor. – diz Alana. – Mas é engraçado que eram chaves antigas, então não abrem as portas do nossos quartos, o doutor já prometeu trocar, mas nada ainda.

- É muita tarefa, desculpem. – diz o doutor. – A proposito, me chamo Dmitry.

- Nós pagamos 1000 dias todos os meses ao doutor. – diz Carson. – Sempre revezando entre nós três, esse mês é a Justine que paga.

- Mas...ele é doutor ou dono de hotel? – pergunto.

- Ambos. – o doutor responde. – O hotel é só algo reserva caso eu saia do hospital.

Ficamos conversando por mais alguns minutos, enquanto eles me explicam tudo que aconteceu, mas não explicam como que a nossa casa pegou fogo, até que decido perguntar.

- Como que a casa pegou fogo? – pergunto.

Todos ficam calados por quase um minuto.

- Você não está com fome? – pergunta Carson. – Você dormiu por quatro anos, mesmo que com soro, ainda deve ter vontade de mastigar algo, não é?

- Sim, sim... – decido não perguntar novamente. – E os doces que você comprou naquele dia, eram bons?

- Eram sim, mas...como você sabe deles? – pergunta Carson.

- Por quê eu estava com vocês quando compraram?! – digo.

- Não, não estava. – diz Alana. – Você estava em coma, Jordan. Devia fazer quase um ano que você ficou em coma, quando compramos esses doces.

- Mas eu...como, como que eu vim parar aqui? Tipo, contem do começo. – digo.

- Decidimos ir acampar, mas no meio do caminho para o acampamento, a gasolina acabou e decidimos descer e procurar algum posto, daí um cara passou correndo nos dando as chaves, quando você foi apanha-las do chão, você acabou desmaiando e batendo a cabeça no chão, oque ocasionou o coma. – diz Carson.

- Algum dia quando estávamos voltando para casa para pegar roupas novas para você, vimos a barraca de doces e compramos os doces. – diz Justine. – Lembramos bem porque o Carson ficou com dor de barriga, porque os doces estavam vencidos.

- Eu disse para não contar. – diz Carson.

- Não, não, não. – digo. – Não acabou a gasolina, chegamos no acampamento, várias coisas aconteceram, foi a primeira vez que dormi com o Carson, vocês estão mentindo.

- O quê quer dizer? – pergunta Carson. – Nós já namorávamos quando decidimos acampar, deve ser efeito dos remédios, é melhor você descansar.

O quê aconteceu? Não pode ter sido apenas um sonho, algo mudou a linha do tempo que nós mudamos, algo ou...alguém.

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⏰ Última atualização: Aug 18, 2016 ⏰

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