Episódio 1

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   O telefone toca:- trinnnnn...

   Eu dei um pulo da cama, pensei que eles poderiam ter esquecido alguma coisa, desci correndo e foi atender, pela minha surpresa não era o meus pais.

   Ligação On

Sally:
Mãe esqueceu alguma coisa

Policial:
não é sua mãe, sou um policial.

Sally:
Policial! Acho que é engano!

Policial:
Não é a residência do senhor e senhora Guinalty!

Sally:
É sim o que o aconteceu!

Policial:
Senhorita, tenho uma noticia que não é das boas não, seus pais  sofreram um acidente de carro na pista, mas eles não aguentaram e morreram na hora, meus pêsames.

Sally:
Não!! Mais como aconteceu, mamãe, papai meu Deus por que.

Ligação Off

O policial desligou o telefone na minha cara, que policial mais FDP, eu sem força para deixar o telefone, chorava sem parar eu não pensava em mais nada, eu lembrei, da dor que eu estava sentindo antes deles sair, mais não tive coragem de falar para minha mãe o que eu estava sentindo, eu só me culpava.
Sabe aquela hora que eu tinha ligado a TV, e não estava passando nada, se eu tivesse deixado um minuto, eu tinha visto no noticiário falando do acidente, mas eu desliguei, eu já estava pressentindo e não sabia.

    Minha tia chegou bem na hora em que eu estava em prantos chorando se culpando.

   - Querida não fica assim, meu bem, você esta comigo.

   - É  minha culpa tia, é minha culpa. - digo em choque.

   - Não é não queria, ninguém tem culpa, aconteceu o que tinha que aconteceu.
  
   - Tia eu tive um pressentimento e não falei para eles antes deles saírem. -  digo em seus braços.

   - Não é sua culpa, vem vamos tentar dormi, amanha depois do enterro você vai para minha casa.

   Foi para o quarto deitei, não consegui dormi, fiquei pensando nos meus pais e no acidente.

   Minha tia Elena é daquelas que sempre está presente, desde criança ela sempre vinha em casa, ela é a única que eu poderia confiar fora minha mãe.

   De manha eu levantei e senti um cheirinho de panquecas, do jeito que minha mãe fazia, desci pegue um pouco de café, minha tia fazia um café forte mais eu gostava.

   - Querida come umas panquecas, hoje vai ser um dia cheio. - ela diz sorrindo.

   Mais não respondei nada, ela também nem quis insistir, isso era bom, ela nunca era de ficar no pé, era do tipo que dava espaço.

   - Querida vai se arrumar tenho que preparar tudo para o enterro. - ela diz e fui para o quarto.

   Fui me arrumar, que roupa eu coloco, ah sim.

   Abri o guarda roupa, pegue um vestidinho preto básico, fiz um rabo de cavalo, peguei um óculos escuro e desci, minha tia também estava com vestido preto, mas era daqueles fora de moda, que faz anos que tinha ele no guarda roupa, ela não era muito do tipo que curti moda. Fomos para o carro, ela pegou um vestido branco que minha mãe adorava ela ficava linda nele.

   Chegamos, no hospital para reconhecer o corpo, para colocar uma roupa neles, para ir para o velório, não consegui entrar fiquei no carro. Tia Elena entrou mais não demorou muito o carro do velório já estava esperando no lado de fora, ela foi para o carro, fomos para o velório, a gente tinha que arrumar o lugar, chegarmos lá já tinha uns parentes esperando, eles era do tipo que só aparece no dia de natal, ano novo, e quando um da família morre, entrei mas nem falei com eles, minha tia falou com eles mais logo entrou também.

   - Querida eles vão ajudar também, tá eu sei que você não quer falar com ninguém eu respeito você, mas tenta ficar calma – ela disse.

   Eu só acenei com a cabeça mas não disse nenhuma palavra.
 
   Arrumamos tudo, as flores foi eu quem escolheu, era margarida, minha mãe amava margarida, uns parentes deram um circulo de flores variadas, estava na hora do caixão chega, já estava bem nervosa minha tia todo tempo ficou do meu lado.

   Na hora que chegou eu não consegui olha, fiquei de canto, arrumaram os caixões na sala, todos entraram, começaram chegar gente que nem tinha visto na minha vida, mais criei coragem e fui lá ver, coloquei meu óculo escuro para que ninguém me ver, eu chora, cheguei perto, mais não chorei não sei por que, quem chorou mais foi minha tia Elena ela não conteve.

   - Se acalma, olha quem fala, eu que preciso me acalmar, você é forte Sally. - ela diz em prantos.

   Segurei sua mão, e saímos um pouco dali fomos para o lado de fora, uma amiga apareceu mais nem dei a mínima para ela só queria ficar sozinha na minha.

   Estava na hora de enterrar o corpo, todos se despediram antes de fecha o caixão naquela hora eu chorei não consegui segura as lagrimas, na hora de enterrar começou a chover bem forte, senti uns arrepios estranho, vi um moço tão lindo ali me olhando mas nem dei bola para ele, ele acenou para mim e desapareceu, mas eu nem liguei, olhei pela a ultima vez os caixões de meus pai, e o coveiro começou a jogar a areia e tampar com cimento, foi a ultima vez que fiquei naquela cidade.
Fomos embora para minha casa, chegamos.

   - Querida arrume suas coisas para a gente ir embora daqui.

   Eu pegue uma caixa e fui colocando minhas coisas, peguei as roupas dos meus pais e coloquei numa caixa separada, para doar, não quis ficar com nada deles só uma foto da gente juntos.

   Tia Elena me ajudou, as caixas que já estavam prontas ela foi colocando no carro, fui para meu quarto, não tinha muitas coisas, só umas roupas. Peguei meu celular e deletei todos os números que estava ali, eu queria deixa minha viva antiga de lado.

Peguei o resto das coisas e fechei a casa e fomos embora.

A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora