A revolução começa - Parte II

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"Pala! o Lobo Branco grita- Eu me viro aqui,acabe com isso de uma vez por todas,você consegue! Eu cuido de vossa mãe,VÁ!"
Faço sinal de entendido e quando resolvo seguir pro alto atrás deles,ouço minha mãe gritar de susto e dor; ao olhar pra baixo me deparo com o Lobo Branco caído no chão e seis demônios com formato de gárgulas empunhando espadas e machados cercando Gaia. Urrei de raiva e em três saltos,caí sobre dois deles,colocando a cabeça dos mesmos no chão com minhas patas.
Dois vieram em minha direção,um com a espada de duas mãos desferindo um golpe de cima pra baixo e o outro com dois machados batendo insanamente como um berseker,levantei o corpo dos que joguei no chão e usei contra eles para me defender. Uivei,mas infelizmente não obtive resposta quase nenhuma...
O ódio me consumia e eu ainda tinha quatro demônios para cuidar.
"Mãe - falei de maneira firme- Fique atrás de mim e não faça nada além disso... Entendido?"
Em silêncio ela apenas fica atrás de mim. O ser com os machados vem em estado de fúria,porém,com minha espada bastarda atravessando seu peito e subindo até rasgar sua cabeça;ele não tem muito mais o que fazer. Como se não bastasse ver aquilo,os outros três começam a grunhir e me cercar,eu então digo:
"Vocês não são páreo para mim,demônios!"
Um deles com duas espadas longas demoníacas e o outro com a espada também demoníaca de duas mãos,investem contra mim,sem muito esforço eu desvio de um e contra-ataco o do outro rasgando sua barriga e o fazendo cair no chão,antes que o outro pudesse vir pra cima,uma Loba surge usando uma armadura de couro,um escudo de madeira e aço,com uma clava embainhada e nada mais. Ela tinha a pelagem como o casco de uma bela árvore nos dias de outono,uma beleza inusitada como uma folha recém caída em uma tarde de outono e uma imensa serenidade no olhar.
"Senhor - ela diz preocupada - Estamos em menor número,devemos recuar,não podemos perder mais soldados... Por favor senhor,me ouça uma única vez pelo menos!"
Eu saltei para trás dela e matei a criatura que estava prestes a arrancar sua cabeça,então comecei a falar:
"Miha... Quando fizer algo como acabou de fazer,tenha certeza de matar todos antes de começar a fazer outra coisa. Leve nossa mãe de volta em segurança,e sobre o Lobo Branco... Deixe que eu cuido dele aqui mesmo."
Sem argumentar,ela abaixa e cabeça e deixa uma lágrima escorrer enquanto minha mãe vai meio ferida junto à ela. O Lobo Branco abre os olhos e tenta se erguer,mas o ferimento em seu pescoço é doloroso e nem falar ele consegue. Eu uivo para batermos em retirada Após uns segundos Safi surge diante de mim,aponto para o ferimento nele e eu pergunto à ela:
"É possível curar isto agora?"
Ela toca nele,tenta se concentrar,mas o ferimento foi profundo e parece não se recuperar. Ela então fala preocupada e trêmula:
"Pala... Temos que leva-lo ao Castelo...Eu não consigo cura-lo aqui."
Pego o braço dele e passo pelo meu pescoço carregando ele enquanto poucas dezenas de meu exército retornam. Ouço Syndeon grita em tom de sarcasmo do Alto de uma montanha:
"Pala... Sabemos do seu Castelo e onde ele fica. Saiba que estamos cansados de seus joguinhos. Terá três dias para se recuperar e a Guerra vai até você,irmão!"

#Lobo_Pala

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