It's no joke

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Acordei no dia seguinte com minha mãe chamando-me carinhosamente para tomar café, graças a Deus ela não sentiu nenhum cheiro diferente.

Com o super banho de perfume que tive depois do banheiro, ficava um pouco difícil sentir algo.

Espreguiçei-me na cama e então levantei indo diretamente para o banheiro escovar os dentes, assim que feito, saí e fui de encontro aos meus belíssimos pais que estavam de saída para o trabalho.

— Bom dia, querida! — minha mãe saudou com o seu sorriso costumeiro.

— Bom dia, Kelsey! — este era meu pai, com o seu querido carinho sério.

— Bom dia, pessoas da minha vida! — saudei e então sentei-me na mesa de frente para meus pais.

— Dormiu bem, meu amor? — minha mãe perguntou.

— Ahn, sim?! — respondi enquanto passava manteiga no pão.

- Como foi sua faculdade ontem, Kelsey? - meu pai sempre tinha que me por na ponta da cadeira, era incrível isso.

- Seus professores reclamaram muito? - mamãe continuou.

- Hun rum - coçei a garganta tentando de alguma forma encontrar uma resposta rápida, odiava mentir para meus pais, mas era preciso neste momento - Foi ótimo na faculdade pai, todos estão bem e nem sentiram minha falta, e bom, não mãe, meus professores não brigaram - respondi, rezando para parecer convincente.

- Kelsey - ouvi meu pai falar, chamando minha atenção - Querida, você não é uma boa mentirosa - ele disse rindo.

Ava, meu pai estava rindo por eu não ser uma boa mentirosa enquanto minha mãe me encarava com uma cara nada legal, mereço mesmo.

- O quê? Não estou mentindo - tentei de alguma fazê-lo acreditar.

- Sim, está! - minha mãe concordou - Percebemos que quando você mente, acrescenta algo que não perguntamos Kelsey - ela me olhou - E você acrescentou!

Minha mãe estava parada de frente para mim com seus braços cruzados, demonstrando que não havia gostado nem um pouco disso, já meu pai, ria feito bezerro descagado.

Os próximos minutos tentei me desligar do mundo para não ter que ouvir os sermões de minha mãe por eu ter faltado na faculdade mais uma vez naquele mês, ela ainda prometeu me levar na faculdade na próxima semana, qual é? Eu não era filhinha de papai, poderia muito bem ir sozinha a pé, a faculdade não é tão longe e tinha Emma para ir comigo. Não entendo qual a parte minha mãe não entende em "tem uma pessoa me mandando cartas". Ela sempre diz que isso é besteira e que não pode ser algo de mais, sempre que tento dizer algo a respeito ela foge do assunto e então pronto, a conversa entre mãe e filha morre ali.

- Você vai a faculdade hoje - foi a última coisa que peguei desde quando minha mãe começou a falar.

- Mãe, hoje é sábado - falei com tédio.

- Você faltou a semana toda, Kelsey - minha mãe berrou.

- Ela vai continuar a falar até você sair daqui - meu pai disse.

Em certos momentos prefiro meu pai do que minha mãe, certo, que os dois eram ótimos pais, que sempre me deram atenção e tudo o que eu queria, mas as vezes tenho assuntos que não consigo falar com meu pai e então recorro a minha mãe, e as vezes é ao contrário, mas ainda sim, se me botarem para fazer escolhas entre eles não iria conseguir fazê-la.

- Bom dia família - ouvi uma quarta voz, que por acaso, era bem conhecida por mim.

- Bom dia querida, sente-se, venha tomar café conosco - minha mãe, sempre acolhedora falou.

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