Capítulo 18

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                                                                 Sam


- Porra mulher! – Tyler diz com a voz rouca, que chicoteia todo o meu corpo que queima com a luxúria.

- Uma foto dura mais – debocho, seguindo para o box.

- E correr o risco de mais alguém ver? Não mesmo – responde.

- Claro, até por que não existem outras coisas mais interessantes para se ver por aí – retruco deixando a cascata de água quente cair.

- Isso é chamado auto-depreciação – sussurra em meu ouvido. Me arrepio por inteira.

Tyler me vira, assim ficamos cara a cara. Em seu corpo resta apenas a cueca box preta. Ao que parece ele têm muitas dela. Ele faz aquela coisa que me deixa louca, enfiando a mão por entre meu cabelo e segurando firme, antes de me empurrar para a parede e tomar mais uma vez meus lábios aos seus. Parecemos famintos. Devorando um ao outro. Sua ereção não fica muito tempo longe, pressionando em meu ventre que se contrai, e queima como nunca antes em meu centro. Eu poderia gozar apenas com mais um desses beijos. Infelizmente ele para.

- Já que você parou e temos um acordo. O que está te incomodando? – pergunto escondendo a decepção e fome.

- Nós vamos continuar – diz me empurrando para debaixo da água – E muito – termina tirando a cueca. Devo parecer patética, pois fico de boca aberta admirando aquela coisa no meio das pernas do Tyler que parece ter vida própria.

Uau! Simplesmente uau!

- O gato comeu sua língua? – pergunta debochado, seu sorriso malicioso presente.

Nada mordeu minha língua, mas, provavelmente ficarei sem voz quando seu pênis entrar em mim. É grande, grosso, e firme, muito firme. As veias saltam sobre o comprimento rosado me deixando salivando por desejo de tocá-lo, tê-lo em minhas mãos. E... Boca, com certeza.

- Estou esperando a sua parte do acordo – digo, mudando de assunto e dando as costas a tentação. Literalmente.

Tyler não diz nada e, finalmente deixo minha curiosidade de lado e me toco que o que quer que seja é importante, e até mesmo doloroso para ele. Sem dizer nenhuma palavra viro-me para ele e percebo a tristeza em seus lindos olhos antes de iniciar um novo beijo. Tyler não me deixa no controle e mais uma vez me beija como se tudo dependesse disso. Assim como nossas línguas, nossos corpos parecem se fundir um ao outro debaixo d'água. Ele deixa meus lábios e desce para o pescoço aproveito de modo desajeitado para beijar seu peito, suas mãos seguram forte minha cintura, e novamente tenho sua ereção contra meu ventre, mas, dessa vez não a nada entre nós.

- Tyler! – gemo quando abocanha um dos meus seios.

- Você é tão gostosa – murmura rouco, no instante que suga o outro.

E, então ele passa os próximos minutos se revezando entre um seio e outro. A deliciosa sensação de prazer iminente vai se contraído, tudo queima. E para completar a tentação Tyler alcança meu centro esfregando duro meu clitóris. Leva muito de mim para conseguir alcançar seus lábios e levar minha mão para seu pênis. Ele se surpreende dando um pequeno passo para trás. Seus olhos estão escuros e enormes e com o registrar da minha ação volta a me beijar. Fico surpresa ao descobrir que seu pau é tão macio.

Começo timidamente movimentar minha mão pela base arrancando gemidos do Tyler, que se juntam aos meus e o barulho d'água. É tão íntimo e delicioso que chego ao ápice. Gritando o nome do Tyler, que absorve tudo em sua boca. Tyler me dá apenas alguns segundos para me recuperar antes de movimentar sua mão por cima da minha em busca do seu próprio prazer. Corajosa, decido continuar por mim mesma, sozinha e isso mais uma vez o surpreende. Seguro firme e imito seus movimentos, nada brusco, mas, é o suficiente para deixá-lo gemendo meu nome.

- Sam! – murmura em meus lábios. E é a única palavra que diz ao gozar em minha mão.

(...)

- O que foi? – pergunto sorrindo ao Tyler que não deixa por um segundo escapar o sorriso estúpido do rosto.

- Só estou feliz – responde me puxando para seus braços.

Depois de gozar continuamos o banho em silêncio apenas trocando sorrisos e carícias e, depois de terminar nos aconchegamos no sofá. Resolvi não pressionar mais sobre o que está incomodando tanto, por ora. Não apenas por estar morrendo de curiosidade, mas, por preocupação também. A última vez que Tyler ficou inquieto assim foi os dias antes de visitar o avô no Natal.

- Esse suspiro não foi de felicidade – aponto ainda deitada em seu peito. Viro-me para poder olhá-lo melhor.

- Você não desiste – diz acariciando minha bochecha com o polegar.

- Na verdade, eu desisti, levando em conta que fizemos um acordo – digo e sinto o rubor em minhas bochechas.

- O melhor da minha vida – responde me dando um selinho – O melhor – murmura fechando por segundos os olhos.

Eu sei que deveria deixar pra lá, mas, não consigo. Está claro em seu rosto que o aconteceu está fazendo muito mais do que incomodar, está machucando-o.

- Me conta, Ty, talvez ajude.

- Duvido muito – diz petulante.

Um pensamento horrível passa em minha mente. Talvez... Talvez.

- Você não tem certeza sobre nós dois, não é? – digo com a voz levemente chorosa.

- Merda, Sam, claro que não – diz me surpreendendo com a veracidade que carrega em suas palavras e o rápido movimento ao se sentar e me levar consigo me aconchegando em seu colo – Escuta – diz com as mãos em meu rosto. Olhos alarmados – Se tem uma coisa da qual tenho toda a certeza é que te quero pro resto da minha vida. Cada bendito e maldito dia – termina, os olhos exalam sinceridade e paixão.

- Você me fez chorar – murmuro enfiando meu rosto em seu pescoço derramando lágrimas de amor. Rir.

- Espero que de um jeito bom.

                                                                               Tyler

Aperto-a em meus braços o quanto posso querendo transmitir todo amor que eu sinto, para que saiba o quanto amo e sempre vou amar. Suas lágrimas quentes molham meu pescoço e tenho vontade de secar cada uma delas, e é isso que faço. Sam olha para mim com aqueles lindos olhos celestes transmitindo toda a sinceridade da recíproca, que é o que sentimos um pelo outro. Trazê-la para o meio dos meus problemas nunca fez parte do plano, mas, quero fazer as coisas certas. Com a Sam e pela Sam, tudo tem que fluir da melhor maneira possível.

Quando meu avô me ligou há duas semanas não esperava ouvir nada daquilo. Desde o Natal que não nos vemos, e tudo o que mais quero é encontrá-lo outra vez. Mas somente ele, e não o vespeiro inteiro. No entanto nem sempre as coisas saem do modo que desejamos, e o pior que não será apenas uma visita torturante de poucos dias.

- Você sabe que nem sempre morei com meu avô, certo? – pergunto sabendo a resposta. Eu mesmo contei isso a ela. Sam assente, sabendo que vou contar tudo.

Ela se ajeita em meu colo. Seus olhos não abandonam meu rosto por nada. Fico em silêncio pensando em como retomar. Não é muito fácil e, não quero que assim como os outros pense que a minha é uma puta.

- A minha mãe ela...


Mais Que Amigos {Finalizada}🚫16 Onde histórias criam vida. Descubra agora