A cada minuto que se passava eu me sentia estranha em relação ao João Pedro, minhas primas me caçoavam muito e diziam que eu gostava dele e ele gostava de mim, mas isso não era verdade, quero dizer, era impossível alguém se apaixonar tão rapidamente e tão novo, afinal, tínhamos apenas onze anos e o fato de ficar pensando nisso me irritava muito.
Tudo em relação a ele me irritava e as vezes eu o odiava, odiava porque ele me fazia rir quando eu não queria rir, odiava porque não conseguia ficar chateada com ele durante um dia inteiro, odiava porque ele era lindo e todas as meninas que o conheciam ficavam em cima dele e ele não me dava bola, odiava porque as vezes ele não falava comigo o dia inteiro e quando chegava o final da tarde ele vinha como se não tivesse acontecido nada e brigava comigo dizendo que eu que não falei com ele, odiava porque ele me fazia sentir vontade de acordar as 8:00 horas da manhã no sábado só para vê-lo ir na padaria comprar pão, odiava porque ele me fazia bem e mal ao mesmo tempo.
Certa vez, minha tia organizou uma festa na casa dela e ele fora convidado, e eu me senti na obrigação de ir bem produzida e abusei dos perfumes e cremes da minha mãe, foi um dos dias mais perfeitos que eu passei no mesmo local que ele, ele não havia feito gracinhas e nem feito perguntas que eu não sabia responder e algo que nunca passou pela minha cabeça aconteceu, ele me convidou para dançar e eu fiquei paralisada com aquele convite .
Ele estava muito bonito, e usada uma camisa azul-escuro e calça jeans e um tênis casual, estava perfeito para a ocasião, 3 segundos depois do convite dele eu aceitei, e o acompanhei até uma parte da sala que minha tia tinha separado para danças, então ele pegou na minha mão pela segunda vez e abriu um sorriso fofo para mim. Nossa... que sensação boa era e como eu me senti feliz naquele momento, e tudo em volta havia congelado e só havia ele e a música perfeita para aquele momento.
Começamos a dançar, desajeitados mas não nos importávamos estávamos nos divertindo e para mim, e com certeza para ele era isso que importava, e foi maravilhoso estar ali com ele até todos pararem o que estavam fazendo e dirigirem os seus olhares para nós dois, eu fiquei totalmente sem jeito e a minha vontade era de sair correndo, e mesmo centrada na dança ouvia coisas como :
- Ah, que lindo os dois dançando juntos . E a minha "querida" prima Larissa não perdeu a oportunidade de me envergonhar mais e gritou para quem quisesse ouvir :
- Olha só, o casal resolveu assumir o namoro . Ah que vergonha ! não aguentei tamanha façanha e sai correndo para fora da casa da minha tia .
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Lembranças de Um Eterno Amor
RomanceRomance. Conta a história do primeiro amor de uma garotinha de 11 anos e as tramoias e armadilhas do início da puberdade emocional. Ficou curioso(a)? Então vem dar uma espiadinha na história ! ;)