1 - Golpe

151 14 7
                                    

Luke Malkin saía de sua casa para passar na casa de seus dois melhores amigos Kate Fielding e Jeff Bates para irem ao colégio como de costume. Luke tem cabelos castanho-escuros, bagunçado e olhos cor de mel. É alto e magro para sua idade.
Luke já ia saindo pela porta quando sua mãe o chama.
— Luke? Já vai? Você esqueceu seu lanche. — diz Kathy, a mãe de Luke.
— Já ia me esquecendo — responde Luke, dirigindo-se até sua mãe, que segura o lanche em um saco — Obrigado mãe.
— De nada, boa aula!
Quando Luke se dirige novamente à porta, começa a escutar uma notícia um tanto quanto estranha da televisão da sala, e vai ver.
— Um golpe de estado acaba de explodir em Washington, DC. O ex-chefe da CIG e da CMG Owen Murrow, que foi afastado do cargo por abuso de poder, junto com aliados nas duas principais defesas do país, assassinaram o presidente eleito no ano passado, Donald Trump, junto com a maioria dos senadores e governadores dos 50 estados do país. Murrow deve se pronunciar ainda hoje, e pedimos para que todos tomem cuidado. — cita o repórter em tom nervoso.
— Mas o que?
Luke pegou sua mochila do sofá e saiu rispidamente, em direção à casa dos amigos.

A campainha da casa de Jeff tocava freneticamente enquanto ele estava na cozinha, fazendo suas torradas matinais. Jeff tem cabelos louros e olhos verde esmeralda. Usa óculos, tem sardas e não é tão alto quanto Luke. Jeff sai correndo com a mochila nas costas para atendê-la, já sabendo quem era.
— Pô Luke, não precisa fazer tanto barulho não é? — reclama Jeff.
— Vamos logo, eu preciso conversar algo urgente com você e Kate, temos que ir agora na casa dela, vem! — diz Luke gesticulando para que Jeff se apresse.
— Tudo bem, vamos, mas espero que seja algo bem importante mesmo, e não a fórmula de matemática que você esqueceu o local de...
— Vamos! — berra Luke, interrompendo Jeff.

Kate ajeitava pela última vez seus óculos no espelho ao lado da porta antes de sair para ir até a escola. Kate tem cabelos castanhos e encaracolados. Seus olhos são cor de avelã e é a mais baixa dos três. Passavam das 7:30 e Luke e Jeff ainda não haviam chegado e para ela, chegar nem que fosse cinco minutos atrasada era o cúmulo.
— Tchau pai, vou indo. — vocifera Kate da porta, para seu pai que se encontrava no banheiro fazendo a barba.
— Tchau filha, até! — responde o pai de Kate do banheiro, alto o suficiente para a filha ouvir da porta.
Quando Kate sai da casa e acaba de fechar a porta, quase é atropelada e grita um pouco alto demais para essa hora da manhã. Eram Luke e Jeff, que corriam para chegar até a casa dela e não a viram sair.
— Vocês enlouqueceram? Eu quase cai! — brada em tom de raiva.
— Sério, desculpa, é que eu precisava, nós precisávamos chegar aqui rápido antes que você saísse sem nos esperar. — explica Jeff ofegante.
— Bom. Porque se vocês tivessem demorado mais um pouco eu já estaria indo pra escola. — diz Kate revirando os olhos.
— Ta, mas antes disso eu preciso falar uma coisa pra vocês, e é algo muito, muito, muito sério. —  explica Luke olhando simultaneamente para Kate e Jeff.
— Bom, então fala logo porque já são 7:43 e o colégio fica a 10 minutos daqui e eu não vou de maneira alguma chegar atrasada. — ralha Kate.
— Poxa que mau humor em? — brinca Jeff.
Kate faz um gesto obsceno para Jeff, que ri.
— Chega vocês dois! — diz Luke — Eu conto pra vocês depois, vamos acelerar se não perderemos o teste de matemática!
Os três se entreolham por um segundo e logo em seguida começam a correr freneticamente em direção ao colégio.

No momento em que eles chegaram na porta da escola, entraram correndo pelo corredor, em direção à classe de matemática.
— Eu juro... Que... Se eu... Perder o teste de matemática... Eu mato vocês dois! — diz Kate em tom irritado, ofegando.
— Não vamos perder... O tes...
Antes de Jeff completar a frase, eles chegam na frente da porta da classe de matemática, onde o Sr. Rubbes passava o exame. Só que a porta estava fechada.
— Eu não... — começa Kate.
Luke bate na porta, e o Sr. Rubbes vem em direção a eles, olhando com reprovação.
— Meio atrasados não é? — diz o sr. Rubbes baixo e seco — Pois saibam que o teste já começou.
— Mas Sr. Rubbes... Só chegamos três minutos atrasados eu não posso perder o exame por favor... — murmura Kate quase que chorando.
— Sinto muito, regras são regras. Creio que na semana que vem poderão fazer de novo. Valendo metade da nota. — diz por fim Sr. Rubbes, virando-se de costas e fechando a porta na cara deles.
Os três começam a se entreolhar sérios, até que escutam passos indo até eles.
— Vocês vem comigo. — anuncia uma voz ao fundo.
Os três se viram e dão de cara com a Sra. Figueroa, a diretora do colégio.
Kate, Luke e Jeff seguem a mulher alta, magra e ruiva até a sala dela, no final do corredor principal.
— Vocês vão ficar sentados aí até o próximo tempo — diz a Sra. Figueroa entrando na sua sala — E saibam que seus pais vão ficar cientes do atrasinho de vocês.
Kate abaixa a cabeça e coloca as mãos nos olhos tentando disfarçar o aparente choro.
— Calma Kate, seu pai não vai ligar por um atraso. — consola Jeff.
— Mas e o t-teste de m-matemática? Eu não p-posso tirar metade da n-nota! C-Como eu vou conseguir ir para Harvard assim? M-Meu futuro está acabado e eu v-vou acabar sendo uma b1bibliotecária falida da biblioteca m-municipal! — diz Kate entre soluços.
— Não é pra tanto assim. Você é muito exagerada. — caçoa Jeff.
– Cala a b...
— Chega os dois! — interrompe Luke.
Kate e Jeff olham assustados para Luke que os encara sério.
— Vamos aproveitar que agora não estamos fazendo nada, e eu vou falar pra vocês o que eu vi — começa Luke — Ou melhor, o que eu ouvi.
Luke começa contando tudo o que ouviu da televisão antes de ir pra escola e o quanto estranho era aquilo.
— Não pode ser... — começa Jeff.
— Então... Estávamos certos o tempo todo... — continua Kate.
— É, pelo jeito sim. — termina Luke.

AnonymousOnde histórias criam vida. Descubra agora