Eu precisava dele

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Continuamos a dançar, até eu olhar em seu rosto e ter a vontade quase incontrolável de beijá-lo ali mesmo, porém juntei forças e virei o rosto para o lado, ainda dançando. Senti sua mão envolver toda a minha cintura me trazendo mais para perto, e quando seu rosto foi se aproximando do meu, a música acabou. Sorrimos um para o outro, em parte sem graça, em outra satisfeitos, e voltamos para a mesa.

Agradeci mentalmente pela música ter acabado, pois se não uma das minhas maiores vontades iriam ser descobertas.

Dia seguinte

A festa acabou pra mim às seis da manhã, após ter deixado Shelley e Holland em casa, caí na cama literalmente, e só acordei agora:

– Puta merda! – exclamei olhando o horário no celular, que marcava duas da tarde. Me espreguicei lentamente, sentindo cada milímetro dos meus pés doerem devido ao tempo que fiquei de salto em pé. Levanto e vou direto para o banheiro, fazer minha higienes matinais. Assim que termino, desço as escadas encontrando dona Clarice assistindo TV com uma bacia de pipoca nas mãos.

– Boa tarde! – grito atrás da minha mãe fazendo ela dar um pulo. Caí na gargalhada ao ver sua cara.

– Desgraçada! – ela diz rindo, jogando pipoca em mim – Quer me matar?

– Talvez. – dei de ombros e ela me mostrou o dedo mindinho. Quando estava indo em direção ao sofá, sinto meu telefone vibrar:

– Berra Shelley!

– É a Holland querida!

– Oh, desculpa... berra Holland!

– Vaca... – Holland sussurrou rindo – Vamos na praia agora?

– Jura? Paparazzis...

– Não! É uma praia privada, Tyler disse que eles não aparecem lá.

– Tá bom, me busca aqui então?

– Tá, vou pedir pra um dos meninos te pegar. – revirei os olhos já entendendo os planos dela.

Eu disse você me buscar! – dei ênfase no "você" e pude ouvir uma gargalhada estrindente.

Fica pronta, beijo! – ela nem esperou minha resposta e desligou o telefone.

– Mãe, vamos na praia? – perguntei a ela que mantinha os olhos fixos na TV, ela sussurrou um "shhhh" – Ok! – respondi com as mãos em cima da cabeça, sinalizando rendição. Subi direto para o meu quarto em busca do meu biquíni. Peguei um "tomara que caia" branco, com a parte de baixo preta. Vesti um short jeans de lavagem clara de cintura alta, uma camisa de botão branca, peguei meu óculos de sol, calcei meu par de chinelos, coloquei protetor solar, outro óculos, uma toalha e minha carteira dentro de uma bolsa de praia. Mal terminei de prender meu cabelo e pude ouvir uma buzina em frente a casa. Peguei meu celular, desci as escadas correndo e dei um beijo em minha mãe, que continuava assistindo – Qualquer coisa me liga, te amo!

– Te amo também! – ela respondeu antes que eu pudesse fechar a porta. Caminhei em direção ao carro, e literalmente não era o carro da Holland, muito menos da Shelley, era do Cody. Desgraçadas! O vidro abaixou e pude ver um sorriso se formar em seus lábios.

– Quer uma carona? – Cody perguntou após dar uma piscadela pra mim, que sorri e balancei a cabeça negativamente. Abri a porta lateral do passageiro e entrei.

– Olá, quanto tempo! – disse risonha assim que entrei no carro. Ele usava uma bermuda jeans clara, camiseta lisa preta, um boné com a aba para trás, e um óculos de sol preto. Fodidamente sexy!

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