Broken

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Cody estava ali, e isso me dava forças. Não importa os erros que ele cometeu, ou qualquer outra coisa, ele estava ali, e isso importava!

Dia seguinte - hospital

Estava ainda no hospital sem qualquer notícia nova da minha mãe, e os policiais ainda não me procuraram ainda para explicar o acidente, ou pedir qualquer assinatura.

Shelley e Holland estavam comigo no hospital agora, tive que implorar para Cody ir um pouco pra casa, nem que seja só para tomar banho, depois de travarmos quase uma hora de briga, consegui convencê-lo.

– Como estão as coisas entre você e o Cody? – Holland perguntou assim que nos sentamos na lanchonete que ficava dentro do hospital.

– Sério Hol? – Shelley indagou com o cenho franzido, Holland a encarou confusa – A mãe da menina tá quase morrendo e você perguntando da vida amorosa dela... aí meu Deus!

– Shelley! – Holland a repreendeu e soltei uma risada fraca.

– Pelo amor de Deus me desculpa, foi sem querer, por favor desculpa! – Shelley implorou segurando minhas mãos e depois me abraçando.

– Shel, relaxa! – ri da cara de desespero dela – Tá tudo bem, calma. – dei de ombros e em seguida a abracei – E respondendo sua pergunta Holland, não estamos com nenhum tipo de compromisso firmado ou algo do tipo, acho...

– Mas ele está todo preocupado com você e tal... – ela deu de ombros, e Shelley assentiu concordando.

– Pode ser, mas de qualquer forma vocês sabem que ele é assim com todos, prestativo. – respondi sem dar muita importância para o assunto, não tinha cabeça pra pensar nisso agora, só queria saber da minha mãe, saber o que realmente aconteceu, o estado dela.

As meninas engataram uma conversa animada sobre um assunto que eu nem fiz questão de saber, enquanto eu comia meu lanche silenciosamente.

***

Já tínhamos terminado de comer, mas ainda continuamos sentadas na lanchonete.

– Por aqui... – virei para trás para ver o que estava acontecendo e vi Cody junto à um policial, me levantei num pulo e fui de encontro com eles.

– O que aconteceu? – questionei ao policial que olhou para Cody como quem perguntava algo.

– Alyssa, certo? – ele perguntou e eu assenti – Certo, vim conversar sobre o acidente de sua mãe...

– Ótimo, estava esperando por vocês mesmo. – dei de ombros encarando Cody e o policial.

– Ok, vamos para a sala de espera. – assenti e comecei a o seguir. Cody estava logo atrás de mim, e as meninas continuaram na lanchonete, ao meu pedido.

Chegamos à sala de espera, e o policial disse para esperarmos que iria buscar os papéis da ocorrência.

Me sentei em uma das cadeiras que tinha ali, enquanto Cody continuava de pé me encarando, olhei para ele e sorri, em resposta recebi um sorriso e um "fica de boa" sussurrado, assenti concordando.

Passado uns cinco minutos, e depois de ter roído todas as unhas das mãos, o policial chegou:

– Então... – ele disse se sentando na cadeira ao meu lado – sua mãe estava numa velocidade de quase oitenta quilômetros por hora, a placa daquela rua dizia que o máximo era sessenta, ou seja, ela também estava errada – assenti o encarando – ok! Segundo testemunhas do local, sua mãe estava atravessando o sinal que estava aberto, quando o carro do modelo Sportage da KIA, placa California 7FTH 221, atravessou o sinal vermelho e colidiu com o carro da sua mãe, na lateral, onde fica o motorista. – respirei fundo ao sentir a raiva que borbulhava dentro de mim ao saber que bateram nela por imprudência – As testemunhas informaram que ela capotou cerca de sete vezes até bater no poste de iluminação.

Behind The ScenesOnde histórias criam vida. Descubra agora