Capitulo 1 - Conflito

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Portugal, 21:30

    - Pai, porquê que a avó não gosta de mim? - perguntou a menina inocente ao pai.

    - Quem disse isso? A avó gosta de ti sim, ela só não gosta de demonstrar o que sente. - Disse o seu pai com o sorriso forçado na tentativa de convencer a criança das suas palavras.

    - Então porque que a mamã foi embora? Ela dizia que estava cansada da avó. - insistia a criança com a voz de bebe toda enrolada.

    - O pai já disse que a mamã foi fazer uma viagem para muito, muito longe ela só volta quando tu fores do tamanho do pai!

    - Mas tu és muito grande papá!

- Um dia também irás ser, agora tens de dormir. - Disse o pai cansado das perguntas da criança. Contou-lhe uma história como contava todas as noites. Depois da sua filha adormecer, Jason caminhou até ao escritório e trancou a porta. O escritório estava todo desarrumado, no ar instalou-se a solida, seguida pelo desespero. Jason pegou num porta retrato na mesa que estava ao seu lado e deu por sí a admirar a mulher de cabelos castanhos, olhos esmeralda e pele morena. Foi então que soltou um leve suspiro dizendo:

- Fazes muita falta, Cristina. Não podias te-lo feito. Não podias abandonar me. Principalmente não podias abandonar a nossa filha.

Jason suspirou outra vez deixado uma lágrima sorrateira passar lembrando se das vagas recordações da sua esposa e da última discussão:

" - Eu estou farta da tua mãe, Jason! Ela está sempre a implicar comigo sem eu fazer absolutamente nada!- disse Cristina esbravejando.

    -Tens que ter calma mas com o tempo ela vai mudar de opinião a teu respeito, eu sei disso.- Jason tentava acalmar a sua esposa mas sem êxito.

    -Não queiras atirar poeira para os meus olhas, Jason! Desde que me conheceste a tua mãe sempre te disse para me largares e então quando a Sofia nasceu sugeriu que fugisses com ela e a Sófia para a América só porque ela sempre quis ter a filha que eu tenho e a que ela nunca terá!- Cristina disse cansada. Estava prestes a dar a sua parte fraca.- Ela não me suporta e maltrata a Sofia. Eu não estou com paciência para isto!

    -Tens que entender que ê uma situação complicada ela é minha mãe...

    - Escolhe entre a tua família ou entre mim e a Sófia porque eu e a minha filha não vamos ficar aqui, não quero ver a tua mãe e a tua família maltratar a minha filha!"

      A partir dessa discussão Jason numa mais viu Cristina. Ela fez as malas e partiu deixando um bilhete que todas as noite Jason lê e relê acompanhado com seis garrafas de wisky.

"Jason, desculpa por tudo mas eu tenho que começar do zero. Tenho que me tratar. Tenho que me livrar da minha depressão e estar aí com a tua mãe não ajuda, porque ela está sempre a puxar-me mais para baixo. Não vou levar a Sófia pois não tenho condições para educá-la apenas peço-te; não deixes a tua mãe maltrata-lá. Cuida da Sófia por mim. Não me procures.
Um beijo, Cristina."

Naquela noite de sexta feira, Jason tinha exagerado na bebida e na droga. Tinha cheirado e bebido muito. Precipitadamente, tirou a arma da gaveta e carregou-a, pondo-a presa na sua cintura. Saiu de casa com o intuito de ir até à casa onde a sua família morava. Andava na rua desnorteado, falava sozinho e ria mas no minuto depois chorava. A casa não era longe só faltava atravessar uma estrada. Jason passou sem olhar para la lados os carros paravam bruscamente apitando e gritando para Jason tomar cuidado mas ele ria como se aquilo fosse a piada do século.
Jason colocou as chaves na fechadura com alguma dificuldade mas entrou dentro de casa que já não entrava á uns bons e valentes anos. Estava igual desde a última vez. Sempre foi uma casa acolhedora, na entrada tinha quadros por toda a parede e uma carpete vermelha que levava-o até à sala de estar onde toda a família estava reunida e todos riam aparentemente felizes. Mas a felicidade acabou quando Jason entrou na sala.

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