A cerimônia✔

700 42 21
                                    

               

Alyssa

Infelizmente chegou o dia da cerimônia, eu não quero ir, mas talvez eu devesse, não que eu me importe, mas eu sinto que devo ir à essa cerimônia, não me pergunte como, porque eu não sei
O alfha mandou um vestido para mim usar na festa mas eu não gostei, então pedir pra minha mãe fazer algumas mudanças, eu tô quase pronta só falta eu pensar o que vou fazer em meu cabelo, pois maquiagem não uso muito

— Que penteado vai fazer no cabelo filha?— pergunta minha mãe

— não sei, acho que irei deixa–lo solto mesmo— digo sem ânimo nenhum

—Se for pra ir com esse ânimo é melhor nem ir, você vai acabar passando seu desânimo pra outras pessoas, vamos der um sorriso, meu amor

Assim tá bom? Falo Forçando um belo sorriso

Resolvo deixar o meu cabelo solto mesmo, como eles são ruivos combinaram perfeitamente com o meu vestido que é azul bem escuro quase chegando em um tom de preto

Percebo que já está quase na hora de ir, então desço e a Mamãe está me esperando lá em baixo com um sorriso enorme que vai de uma orelha a outra, mas eu continuo a descer de cabeça baixa

—Filha, por que está de cabeça baixa, não quer que vejam como você está linda? Tá com vergonha?— pergunta minha mãe

— não é isso, mãe, mas é que eu estou com...— não consigo terminar

— estar com medo meu amor? não tem do que ter medo, vai dar tudo certo— diz minha mãe com a voz mais doce que existe

Tudo bem mãe, eu não estou com medo, mas não posso negar que algo está me assustando e eu não sei o que é, essa é a pior parte, eu não sei o que tanta está me assustando— digo cada palavra devagar, tenta pega ar, porque já estava ficando sem

Não fique tão angustiada, hoje você irá se divertir— diz minha mãe procurando algo na gaveta— achei!

O que é isso, mãe?

E algo que eu quero que fique com você— ela abre uma caixinha e dentro tem uma pulseira dourada, cheia de detalhes em cristal— a minha mãe me deu quando tinha sua idade e Agora quero que fique com você, Alyssa

Mas mãe, eu não posso aceitar, ela...— minha mãe não deixa eu terminar de falar

Não tem nada de "mas", isso é meu e eu quero que fique com você— diz minha mãe colocando a pulseira em meu braço

Eu irei cuidar muito bem dela, mãe—digo e dou um abraço bem forte nela

[...]
Acabei de chegar, tudo parecia muito chato, os músicos tocavam uma música clássica que chegava até me dar um pouco de sono, tinha muitas pessoas bem vestidas e sofisticadas, vários alphas de várias alcatéias chegavam pra cumprimentar o meu pai, ele estava muito bonito em seu terno preto e com seu olhar sério, mas sempre com uma simpatia sem igual. Eu resolvi andar um pouco em volta do salão, já que eu vim, então vou aproveitar

As pessoas me olhavam com indiferença, mas eu continuei com o meu olhar firme e intimidador, eu sei que no fundo elas estão com medo. Quando eu estava passando perto de onde os músicos tocavam eu vi a companheira do meu pai, ela estava linda em seu vestido vermelho e com alguns detalhes em renda, ela olhou pra mim e veio andando em minha direção, sempre com seu jeito elegante

—Alyssa, meu anjo, estou muito feliz por você ter vim a nossa cerimônia— disse me verificando com os olhos sem parar— estas a gostar da festa?

— sim, muito— digo sem muito entusiasmo

Não é que eu não goste dela, mas ela não me lembra coisas boas, por causa dela minha mãe passou por momentos difíceis, então prefiro manter o máximo de distância possível

Fico muito feliz em saber que você está se divertindo, agora eu preciso ir cumprimentar algumas amigos, fique à vontade— dito isso ela se foi

Estava andando no corredor que tava direto para o jardim, quando alguém passa rápido e esbarra em mim

—Ei, ver se tem mais cuidado e olha pra onde anda— digo em uma forma agressiva

— nossa calma aí, foi sem querer, não precisa arrancar minhas tripas fora— diz em sua defesa

—desculpe, acho que fui muito grosseira— digo

— não tem problema, acho que comermos mal, meu nome é Nicolás—diz estendendo sua mão em forma de cumprimentos— mas espera um pouco, não acredito

— o que foi? Você tá bem?

— não acredito que te reencontrei depois desse tempo todo, nossa Aly como você mudou— ele me abraça e eu em um gesto inesperado retribuir

—Como assim? Você me conhece?— pergunto confusa

— você não lembra de mim? Sou eu o Nicolas, não acredito que você esqueceu de mim tão rápido

— Acho que não conheço nenhum Nícolas—nesse momento milhares de  lembranças vieram a minha mente, eu lembrei de quando éramos crianças e de nossas brincadeiras— nossa quanto tempo que eu não te vejo, eu já até tava me esquecendo, como conseguiu me reconhecer?

—Você ainda tem o mesmo jeito bruta de ser e seus cabelos ruivos são inesquecíveis

Passamos muito tempo conversando sobre o que tinha nos acontecido em meio esse tempo que não nos víamos

Algo de repente começou a mim incomodar, no princípio era uma dor de cabeça aceitável, mas depois começou a ficar cada vez mais forte e eu não conseguia mais a controlar, então eu comecei a mim contorcer de dor no chão, minhas mãos estavam sobre a cabeça e eu gritava a proporção em que a dor ficava mais forte

— O que tá acontecendo, lili? O que você tem? — pergunta Nicolas

Eu não conseguia responder nada, só gritava, as pessoas já tinham notado o que estava acontecendo e não paravam de olhar, eles não entendiam o que tava acontecendo, até porque nem eu mesmo sei

Se afastem todos, ela precisa de ar— era meu pai, o alpha, que tinha acabado de chegar, ele me pegou em seu colo com muito cuidado e começou a andar. Eu não parava de grita e me contorcer, aquela dor era insuportável

— Aguente por favor, Alyssa— era isso que o meu pai falava repetidamente, ele me levou a um quarto e me deitou em uma cama

— chamem a minha companheira aqui agora, rápido!— ordenou ele

Em pouco tempo eu estava sentindo meus pés formigarem e a dor que até então estava em minha cabeça se espalhar para o resto do meu corpo me fazendo gritar mais ainda

Vamos aguente, Alyssa, ela já tá chegando!

Boa leitura❤

A Filha Bastarda Do Alpha Onde histórias criam vida. Descubra agora