Um | Desapega

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"Desapega, desapega, Olx"

-Mais um? Você não se cansa de doar os espelhos da sua casa não?- Perguntou Helena, uma amiga de faculdade e funcionária do mesmo antiquário que Verônica.

Naquele dia Vê (para os íntimos) estava de folga, e aproveitou o dia para dar uma limpadinha na casa. Qual é? Ninguém precisa ter 3 espelhos no quarto! Mesmo que já tenha doado outros dois espelhos que ficavam na sala na semana passada. Ela tinha que admitir, sua compulsão por comprar coisas sem utilidade só não era maior que a sua compulsão por se livrar delas.

Para sua sorte, os senhores donos do antiquário aceitavam qualquer coisa bonitinha em sua lojinha de antiguidades que mais parecia um Frankenstein bizarro de objetos de épocas diferentes.

- Eu preciso de mais espaço.- Era o que ela falava todas as vezes. Mas a verdade era que os espelhos lembravam a ela todos os dias o quanto Leonardo, seu ex namorado, adorava ficar frente a um espelho.

Quando moraram juntos (apenas dois meses), o leonino amava a casa de Vê, naquela época, toda espelhada. Com muitos itens que serviam para alimentar seu eu "metrossexual".E  esse foi um dos motivos pelos quais ela desapegou dele (além dele ser um grandioso babaca). Qual é? O cara se preocupa mais com sua imagem que com os sentimentos entre os dois? Qual é o sentido de ficar sofrendo por alguém que não te merece?

Pa-Pum. Graças aos astros, essa era a melhor qualidade cedida por seu signo. Para os virginianos, se tá fazendo mal não merece mais o tempo, nem a preocupação.

Mas o amor é uma coisa de louco. Terminar tudo e deixar para lá é difícil (mas possível). Agora deixar de amar? Para Verônica, mais que impossível.

Rancorosa. Isso que ela é. Os bons momentos jamais serão esquecidos, mas a dor também não. "Essas palavras vão entrar no coração, eu vou sofrer as consequências como um cão" Como dizia Renato Russo.

E que consequências, hein? Renato estava certíssimo.

Alguns dias de depressão e baixa autoestima, um pote de sorvete, uma pesquisa nada rápida no João Bidu, doação de espelhos e uma cicatriz incurável no coração. E assim veio a explicação que ela tanto queria para o fim do relacionamento:

Leão. Tá explicado. Leonardo é de leão. Inferno astral de Virgem. Eles jamais dariam certo, ele era um egocêntrico, se achando mais bonito, mais educado, mais tudo. Só que não.

É o que a doida fala todos os dias para si.

-Te vejo depois, Helena. - Ela diz, ao sair da loja sentindo-se 5 quilos mais leve. Um barulho extremamente irritante chama sua atenção, é seu celular apitando loucamente em uma ligação.

 É sua tia Carolina. Droga. 

Tudo oque Verônica queria é que sua tia mais distante ligasse para ela é começasse as perguntas idiotas sobre sua vida.

A estudante esperou até entrar em seu pequeno carro para atender a ligação.

- Alô? - Disse, já impaciente.

- Minha querida! Como está a vida? - Perguntou a curiosa da tia Carol.

Na verdade, ela queria dizer algo como: "Olá sobrinha (que eu particularmente acho estranha) filha do meu irmão com uma outra estranha (o que eu realmente não entendo) , eu só quero saber se você está mal para poder me valer do Fábio, meu filho, que já é formado e não é louco". Se ela tivesse que tomar uma posição na família do pai com certeza seria a de ovelha negra.

Vêronica tomou três respirações profundas e respondeu exatamente o que a tia queria ouvir:

-Muito bem, tia. Terminei com o meu namorado esses dias. Estou solteira novamente. E também continuo firme e forte na faculdade. Embora seja muito difícil conciliar tudo.

- Que ótimo ! Sabe, eu sempre achei que aquele garoto fosse estranho, nada parecido com os garotos da nossa família, ou pessoas normais. - Nesse momento Verônica temeu ter alguma sequela  séria em seus olhos, de tão intensa que foi sua revirada de olhos - Que bom que está solteira. Já tem um namoradinho novo? Já está apegada em outro amor?

- Apego? Qual é! 'cê sabe que eu não sou dessas, tia. Aliás tenho que desligar, vou dirigir agora, beijo, viu?

E depois de alguns alôs, Carolina percebeu que aquela garota mimada que é sua sobrinha, já tinha desligado o telefone.

Verônica deu partida em seu carro e tomou rumo até sua casa, onde dormiria até tarde. Afinal, ela nem sabia o que esperaria por ela em uma balada no dia seguinte na Augusta. É melhor dormir enquanto há tempo. 

Porque algo ainda tiraria muitas noites de sono dessa garota. 

XXX

Eai? Saudades de vocês!!

Faz tanto tempo que eu não apareço por aqui que até me surpreendo com algumas notificações de vocês, obrigada por isso!

Troquei a capa do livro e devo dizer que é a coisa mais fabulosa que eu já fiz, gostaram?

Esclarecendo algumas coisas: 

- Esse livro está em planejamento à anos, e eu sou muito incerta de como vou retratar tudo que imagino, ainda mais porque planejei e escrevi grande parte do livro em 2015, com a mente mais infantil possível.

- Me perdoem pela narração tão esquisita, meio em terceira pessoa, meio em primeira, prometo que em breve vou arrumar tudo. Mas me digam, como vocês preferem?

- Para os leitores de outras eras, os maiores guerreiros: Ocorreram algumas mudanças nos personagens desde a última versão, porque como vocês sabem, Vêronica é MUITO inspirada na minha personalidade e eu já mudei D+ desde a última revisão. Vamos ver no que dá, mas prometo que só tem coisa boa pela frente, bele?

Para finalizar, sou muito grata por cada um de vocês que continua insistindo nesse livro, mesmo que ele tenha uma autora meio ghost, vocês são guerreiros de mais!!! 

Amo todos, e não se esqueçam de votar e comentar, hein?

Com todo carinho do mundo,

Isabella Luques.



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⏰ Última atualização: Jun 21, 2019 ⏰

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