CAPÍTULO 1

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Estar de volta à Nova York depois de passar um mês inteiramente maravilhoso a sós com meu marido era como acordar no meio de um sonho. Eu estava feliz por voltar a ver as pessoas que eu amava, mas daria tudo para voltar no tempo e reviver cada momento incrível que passamos durante nossa viagem de lua de mel. Gideon havia provado que era realmente capaz de tudo para me ver feliz a partir do momento que alugou uma casa na árvore de luxo só para realizar uma fantasia boba que eu havia lhe contado sobre ele ser o meu Tarzan.
Chegamos pela manhã e fomos recebidos da maneira mais carinhosa possível pela nossa família. Cary preparou um farto café da manhã no apartamento para nos recepcionar, e convidou as pessoas mais próximas de nós. Ireland Vidal, a irmã mais nova de Gideon, estava acompanhada de Christopher Vidal, seu padrasto. Meu pai, claro, também estava lá, o que me deixou mais feliz ainda.
Após Ireland, Chris e Cary partirem, Gideon foi para seu escritório para resolver algumas coisas antes de voltar à sua rotina diária de trabalho. Eu, que agora trabalhava com ele, acabei ganhando um dia de folga antes de começar.
Após organizar algumas coisas, decidi que seria uma boa idéia sair para me exercitar. Vesti meu novíssimo macacão de ginástica e pus meu par de tênis mais confortável. Prendi meus cabelos loiros em um rabo de cavalo simples e saí.
Assim que pisei no corredor, ouvi a voz de meu pai vindo da sala.
Victor agora trabalhava para Gideon, ou melhor, para mim. No início não concordei muito com a ideia, mas depois acabei aceitando. Eu a de perder minha mãe recentemente em uma tentativa de assassinato ao meu marido, então, compreendia que os dois temessem tanto à minha segurança.
Caminhei até a enorme sala de estar. Meu pai estava de pé, usando um uniforme como o que Angus e Raúl costumavam usar. Eu havia pedido para que ele não pusesse uniforme, mas ele insistiu que aquele agora era seu trabalho e seguia todas as regras rigidamente. Eu não podia negar que ele havia ficava muito elegante de quepe.
Meu pai desligou o telefone e se despediu da pessoa do outro lado da linha quando percebeu minha presença, desviando sua atenção totalmente pra mim.
"Está pensando em à academia, senhora Cross?" perguntou ele sorrindo.
"Não seja bobo", falei, rindo de sua formalidade. "Na verdade, estou indo caminhar", eu disse.
Meu pai me fitou por alguns segundos antes de repreender a idéia. "Sabe que seu marido não vai gostar."
Ri mais uma vez, "Gideon não vai se importar se você o fizer comigo".
"Não posso correr de terno e sapato social".
"Hm... É verdade. Então por que não troca de roupa e vai comigo?"
"Eva... Não é uma boa idéia. Estou aqui à trabalho"
Fiz cara de decepção e assenti.
"Então, como vai ser? Academia ou..."
"Já sei!", falei, interrompendo-o. Havia acabado de ter uma ideia. "Me leve ao Crossfire", pedi. Eu iria até o escritório de meu marido para lhe fazer uma surpresa.
"E você vai vestida desse jeito?", observou meu pai.
"Não é a primeira vez", disse eu, rindo, lembrando-me da primeira vez que entrei no Crossfire vestida com roupas de academia.
Cheguei ao Crossfire em questão de minutos. Era a primeira vez que pisara no edifício depois de voltar da viagem. Gideon ficaria feliz em me ver ali, no seu... no nosso prédio.
No elevador, duas mulheres não tiravam os olhos de mim. Elas sabiam quem eu era, e com certeza estavam se perguntando por que eu estava vestida daquela maneira. Sai do elevador no último andar e segui pelo corredor até o escritório de Gideon.
Scott estava em sua mesa como de costume, e levantou para me cumprimentar com um sorriso, "Senhora Cross, que prazer revê-la".
"Bom ver você também, Scott", disse sorrindo, "pode avisar para Gideon que estou aqui?"
"A ordem que tenho é de que não preciso avisar quando se trata da senhora."
Sorri com aquela informação. Gideon não existia mesmo... Scott me acompanhou até a porta do escritório e a abriu para mim.
Agradeci.
Gideon estava sentado atrás da sua mesa, concentrado o bastante no que estava fazendo, até que chamei sua atenção indo até sua mesa, ele desviou sua atenção e seu olhar penetrante se concentrou em mim. Ele sorriu, tirou o headphone e fechou o Notebook a sua frente. Antes que ele pudesse levantar, contornei sua mesa e pousei as mãos sobre seus ombros firmes.
"A que devo a honra de ter minha esposa deliciosa uma hora dessas?", falou, enquanto girava a cadeira para ficar de frente para mim e me agarrava pela cintura sentando-me em seu colo.
"Estava com saudades do meu marido e resolvi vir vê-lo, não posso?"
Gideon me olhou surpreso, "Com essa roupa, meu anjo, não parece que veio só me ver. Está pensando em algo mais?"
"Talvez, se você se comportar", provoquei.
"Sabe que essa não é uma tarefa muito fácil quando se trata de você".
Dei um tapa em seu braço e soltei uma gargalhada.
Gideon me apertou mais sobre seu corpo e me deu um beijo suave. Depois se levantou, carregando-me junto a si até o sofá de couro preto.
"O que pensa que está fazendo, senhor Cross?", brinquei em tom desafiador, "Esse é seu local de trabalho, não devíamos fazer esse tipo de coisa...".
Ele jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada. Fiquei excitada com a rouquidão de sua voz. Gideon era um homem maravilhoso, em todos os aspectos. Eu nunca me enjoava de estar com ele, nem de sentir seu toque. Passei a mão em seu cabelo macio e o puxei para perto.
"Me beija", pedi.
Ligeiramente Gideon encostou seus lábios no meu, abrindo caminho com a língua. Senti seu gosto conforme o beijo foi se intensificando.
Gideon era agressivo no ponto ideal. Ele me conhecia e sabia como me deixar morrendo de tesão.
"Quero você, amor. Agora.", murmurou ele colado à minha boca.
Eu o empurrei contra o encosto do sofá e sentei em seu colo de forma que minhas pernas envolvessem seus quadris. Minha roupa extremamente colada permitindo que eu sentisse sua ereção. Ele estava duro como pedra.
Suas mãos firmes e possessivas passeando pelo meu corpo causando arrepios.
"Minha nossa, Eva... você me deixa louco", expirou ele, revirando os olhos. Sem muito sucesso, ele tentou abaixar meu macacão mega colado. "Por que usar uma roupa tão difícil de tirar? Assim você dificulta meu trabalho", falou com tom de indignação.
"Não é pra você tirar, seu tarado!", disse, rindo baixinho. Volte ao trabalho, Sr. Cross", sussurrei em seu ouvido.
Gideon fez biquinho. Dei uma risadinha e beijei seu rosto antes de sair de cima dele.
"Porra, Eva. Isso não é justo. Você vem aqui, me seduz e corta o meu barato", protestou.
Comecei a rir de novo. Ele ficava lindo quando tinha aquele tipo de reação.
"Não fique bravo, garotão. Você será recompensado hoje à noite."
Ele me lançou um olhar desafiador, "Está prometido."

Série Crossfire - Para sempre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora