CAPÍTULO 12

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Após chegar em casa, minha esposa e eu tomamos banho juntos e fomos para a cama. Estávamos enroscados, em silêncio, até que perguntei:
"O que acha disso tudo? Cary... o bebê."
"Seria melhor se Cary não tivesse se envolvido com Tatiana, mas o bebê não tem culpa, então fico feliz."
"Hmm."
Eu olhei para ela. Não sabia se ela havia percebido meu estresse no hospital, pois eu fiz de tudo para esconder. Desde que Corinne apareceu em meu escritório eu havia ficado extremamente irritado, mas não queria preocupar Eva com assunto sobre aquela mulher.
"O que foi?", perguntou ela, mostrando que dessa vez havia percebido, mas eu exitei responder. Porém ela insistiu "Está escondendo alguma coisa de mim?"
"Deveria, para evitar que você se estresse, mas não posso esconder nada de você, não é?"
"Não, não pode."
"Tudo bem", suspirei antes de continuar, "Corinne esteve no meu escritório hoje."
Ela sorriu. "Ela não merece esse estresse todo"
Fiquei surpreso com a simplicidade de sua reação, mas não falei nada.
"Aconteceu mais alguma coisa, Gideon?"
"Não, claro que não."
"Então não precisa se preocupar."
Lancei-lhe um olhar curioso.
"Desde quando parou de ser ciumenta?"
"Não parei. Ainda me mordo com os olhares que lançam para você."
"É mesmo? Não devia, pois eu não me importo com nenhum deles."
"Sim. Estou aprendendo a ser mais segura quanto ao que você sente por mim"
"E você sabe o que sinto por você?", perguntei, sorrindo, enquanto a abraçava e colava minha boca em seu pescoço.
"É claro que eu sei. Você me ama."
"Mais que a minha própria vida." Então eu a beijei, até ficar sem fôlego, deitando em cima dela, cobrindo-a com meu corpo, sustentando meu peso para não a esmagar.
"Também te amo."


***

"Hoje tenho uma consulta com a obstetra. A Dra. Sullivan me encaminhou, se chama Christa", ponderou Eva enquanto se vestia. Em seguida veio em minha direção, dando um nó uma minha gravata.
"Meu anjo, infelizmente não vou poder te acompanhar nessa consulta. Tenho que me encontrar com Arash hoje para resolver a questão do processo."
"Está tudo bem, garotão. Não precisa me acompanhar em todas as consultas.", disse, dando-me um beijo.
"Faço questão de ir quando puder.", falei, enquanto a envolvia em meus braços. Minhas mãos logo começaram a passear por toda a extensão de seu corpo.
"Ei", rindo, ela as afastou com tapinhas, "O dever lhe chama, Sr. Cross."

Série Crossfire - Para sempre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora