A procura de um emprego

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Quando chego em casa vou direto para o quarto, trocar de roupa. Visto meu pijama e me deito para poder pensar por onde vou começar a procurar emprego. Eu tenho certa experiência, no tempo livre que eu tinha fiz curso de informática e fiquei muito boa nisso, tenho o ensino médio completo o que não é muita coisa e por último muita vontade mas não conta muito. Tenho que começar o quanto antes mas nesse momento só preciso dormir.
Acordo com o som de Bernardo abrindo a porta. Levanto, escovo os dentes e vou para sala. Me sento no sofá e observo Bernardo preparar um sanduíche. Nossa casa é pequena e antiga. Para separar a cozinha e a sala tem um balcão. Na cozinha tem o essencial e normal já que não podemos comprar coisas muito caras. Na sala tem os dois sofás e um raque com a TV. De frente para a sala é os nossos quartos e o banheiro no meio separando. Já passamos por alguns perrengues na casa por ser velha mas o que importa é que ela é nossa. Bernardo fica olhando para mim estranhando eu estar tão cedo em casa.

— O que você está fazendo em casa uma hora dessas ?

— Ah sabe como é, as vendas estão fracas então a Larissa nos mandou mais cedo para casa. — minto descaradamente para o meu irmão, o negócio é que ele já passou por tantas coisas desde novo que não quero preocupa-lo com minha perda iminente de emprego, nesse momento ele tem se concentrar só nas provas da faculdade. Vou da um jeito nisso antes que ele perceba.

— Sei, está ruim para todo mundo. No meu emprego mesmo, no último mês já demitiram vários. Estou com medo de ser o próximo.

— Vira essa boca para lá garoto. — meu irmão trabalha em uma fabrica de peças para carros. Ele conseguiu esse emprego somente nesse ano mas antes trabalhou em vários lugares que não exigiam ser maior de idade. Em um futuro bem próximo vai conseguir um estágio em algum escritório de arquitetura, tenho certeza.

— Deus nos livre viu Maninha. Ainda bem que a Larissa é legal porque se você perder esse emprego estamos lascados. — viro o rosto para ele não poder ver minha careta. Se ele soubesse que já estamos lascados.

— Ei faça um sanduíche para mim também. — digo mudando de assunto.

— Faça você sua folgada.

— Faz Bernardinho porfavorzinho — faço uma cara de cão pidão tentando persuadir meu irmão.

— Ah meu deus você sabe que eu sempre caio nessa. Tá vou fazer.

— AEEE

— Mas saiba que eu vou cuspir dentro.

— ECA Bernardinho — digo abraçando meu irmão por trás.

— Não me chame assim.

— Te amo bernardinho.
                            ∆∆∆∆∆∆
Acordo mais cedo que o normal para poder perambular pelo centro atrás de emprego. Para vê os anúncios compro dois jornais. E vou lendo até o ponto do ônibus. Alguns chamam a minha atenção.
1) recepcionista de um salão de beleza
2) secretaria em um escritório
3) vendedora em uma loja de móveis
4) bibliotecaria
5) dançarina de pole dance (fora de questão)
6) atriz para filmes adultos ( mas gente o que é isso ?) Então hoje me sobram 4 opções.
Depois de 3 horas e 4 tentativas frustadas me sento em uma lanchonete para descansar, porque comer fora de casa nem pensar. Todas as possibilidades de emprego já tinham preenchido a vaga ou eu não era qualificada o suficiente. Depois de 10 minutos me canso de ficar deprimida e vou fazer alguma coisa, assim que piso na calçada meu tênis gruda em um chiclete, como minha paciência não está lá essas coisas começo a andar normalmente mas como se sabe não tem como isso acontecer com um chiclete em baixo do seu tênis então ele logo gruda em alguma coisa, como nada posso fazer tiro o que na verdade é um planfeto do tênis que fala justamente de uma vaga de emprego em uma biblioteca que não fica muito longe daqui, não é muito animador  mas não custa tentar. 

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⏰ Última atualização: Oct 27, 2016 ⏰

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