Vida de quem mora na cidade grande

9 1 0
                                    

Levanto 1:00 da tarde com uma leve dor de cabeça das biritas que bebi ontem. Depois de fazer minhas necessidades e tomar um remédio para dor, vou tomar meu café da manhã na verdade não tão da manhã assim. Mesmo com a ressaca estou varada de fome, pelo visto Bernardo maravilhoso como é foi comprar o pão hoje cedo. Término meu café e vou me juntar a ele na sala, encontro Bernardo sentado no sofá sorrindo para a tela do celular feito um idiota, ao contrario da irmã ele não tem aversão pelo amor e já teve várias namoradas. Pego sorrateiramente uma almofada e jogo na cara dele. O celular cai da sua mão e ele me lança um olhar assassino.

— Porque você fez isso maluca ?

— Pra você parar de ser trouxa — falo achando graça.

— Trouxa é você. Deixa eu só ver você com o celular na mão, vou da o troco dona luna. Me aguarde.

— haha, UI que medo.

Pondo fim ao nosso momento de irmãos do dia. Pego o controle e ligo nossa pequena TV de 24 polegadas e ainda por cima com um grande baú. Como domingo é sempre do mesmo jeito não tem nada de interessante passando. Desisto de tentar achar alguma coisa que preste e pego meu celular, abro a netflix. Eu e o Bernardo trabalhamos de segunda a sexta e mesmo nossos salários não sendo muita coisa nos damos direitos a pequenos luxos. Tenho 21 anos minha vida social não esta lá essas coisas tenho o direito de colocar minhas séries em dia. Depois de 5 horas seguidas de série a fome fala mais alto. Bernardo já tomou banho e se trancafiou no quarto faz duas horas. Vou a cozinha e preparado um lanche para mim. Depois de um longo banho. Vou preparar o jantar com o Bernardo, para falar a verdade ele cozinha melhor que eu então faz a maior parte das coisas. Depois do jantar converso um pouco com a Sofia e vou me deitar cedo.

5:00 da manhã o despertador toca, todos os dias tenho vontade de jogar essa porcaria na parede mas me contenho. Meu emprego é bom, faz 3 anos que trabalho como recepcionista de uma loja um tanto requintada no centro da cidade. A Larissa dona da loja é uma pessoa maravilhosa ela me contratou mesmo com pouca experiência. Além do salário ser um pouco mais do mínimo. No entanto nos últimos tempos com a crise econômica do nosso país a loja vem passando por uma drástica perda de clientes, o que me preocupa muito já que o cargo de recepcionista não é o mais prezado em uma loja. Termino de me arrumar e vou comer alguma coisa, só de imaginar pegar dois ônibus lotados me da um desespero. O ruim de se morar em cidade grande é isso mas vamos lá, um dia de cada vez. Termino o que preciso fazer, pego minhas coisas e vou andando para o ponto de ônibus. Como nada na vida é fácil o ônibus demora mais que o normal para passar e quando chega está parecendo uma lata de sardinha de tão lotado. Daqui até o meu próximo ponto é mais ou menos 30 minutos, quando chegar esperar pelo menos 5 minutos o ônibus passar o que significa que será 25 minutos até chegar na loja. Então com certeza vou chegar atrasada. Depois de resmungar mil palavrões finalmente chego no meu emprego.
  


Último romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora