Ato Um.

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Eu paro meu carro ao lado da bomba de combustível 04 e vou direto para a loja de conveniência para pagar. Vou até o caixa e entrego o dinheiro para o atendente:

- Bomba 04.

O atendente pega o dinheiro e cobra pelo combustível, e me devolve o troco.

- Aqui está seu troco moça e tenha um bom dia.

- Obrigada, para você também.

Caminho em direção a saída da loja de conveniência. Enquanto vou em direção ao meu carro, percebo ao longe um cara descendo de uma carreta, ele usa um boné de aba curvada, azul e branco, está usando uma jaqueta bege e calça jeans escura. Não consigo ver seu rosto de longe. Deve ser uma daquela pessoas que fica na beira da estrada pedindo carona a completos estranhos, sem nem saber que tipo de pessoa pode estar lhe dando carona, se bem que, quem dá a carona também não sabe que tipo de pessoa ela pode estar colocando ali sentada bem ao seu lado, então é meio que uma faca de dois gumes. Então eu ouço ele dizer para o motorista da carreta:

- Se cuida cara.

Enquanto abastecia o carro, notei que o cara que desceu da carreta se aproximou e parou em frente ao meu carro, espero que ele não me peça carona.

- Notei que seus pneus estão murchos, quer que eu dê um jeito?

Vai querer me ajudar e em troca da sua ajuda vai querer uma carona, eu conheço esse truque.

- Está tudo certo, obrigada.

- Achei que precisaria de alguma ajuda.

-Só porque sou mulher? Você acha que não sei trocar pneus?

- Não foi isso que eu quis dizer, me desculpe.

Acho que uma da coisa que minha mãe me ensinou muito bem foi não confiar em estranhos, se eu colocar esse cara no meu carro sabe-se lá o que ele poderá fazer comigo. Eu termino de abastecer o carro e fechar a tampa do compartimento do combustível, e o sujeito ainda está lá me olhando, quando ele diz:

- Está indo para o Norte?

Na verdade, estou, mas não vou falar que vou nessa direção, se não com certeza ele irá pedir uma carona.

- Oh, não.

- Para onde está indo?

Acho que isso não é da sua conta senhor completo estranho.

- Para o Sul.

- Está bem.

Ele se vira e vai embora, um alivio consegui me livrar de um possível psicopata. Eu entro no caro e vou para a estrada sentindo norte.

. . .

Alguns quilômetros depois eu paro em um hotel chamado Oasis, estaciono meu carro, e vou para a recepção. Quando abro a porta eu vejo dois homens, um de camiseta vermelha no balcão, que deve ser o recepcionista, e o outro que está em cima de uma escada com um daqueles macacões azul, que normalmente as pessoas que trabalha com manutenção usa. Eu me aproximo do balcão e comprimento o possível recepcionista.

- Oi.

- Olá.

Quando me olha ele sorri como se já estivesse me esperando chegar. E depois diz:

- Bem-vinda ao Oasis.

- Obrigada, apenas uma noite.

- Certo.

Ele se vira para pegar as chaves do quarto, enquanto isso o outro homem de cima da escada me pergunta:

- Ei, primeira vez na cidade?

- Sim, primeira vez.

- Se estiver com fome, tem um ótimo restaurante ali na estrada.

- Estou bem, obrigada.

- Pessoas boas, comida decente. Confie em mim.

O outro homem se vira e volta ao balcão para me entrega as chaves do quarto.

- Tenha uma boa noite.

- Obrigada.

Enquanto caminho em direção ao meu quarto, eu fico pensado sobre o restaurante que o homem do macacão falou, acho que não faria nenhum mal dar uma passada lá e comer uma comida descente, que não seja essas coisas que compramos em lojas de posto de gasolina.


O Oasis.Onde histórias criam vida. Descubra agora