Capítulo 2- O pior dia de amar alguém, é quando o perdemos

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Trilha sonora do capítulo: Love you like I gonna lose you- John Legend ft. Megan Thrainor
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P.O.V Clary

Dois anos depois que nos mudamos pra casa da vó Agnes e do vô Bias, vovó apresentou cada vez mais melhoras em seu quadro, até que... aconteceu.

Estava na escola, era quinta-feira, eu me lembro bem... Luke havia me dado sua maça no intervalo, eu tinha apenas sete anos quando ela faleceu, nunca chorei tanto, todos ficaram de luto, amigos, familiares e até mesmo conhecidos. Vovó era querida por muitos.

~Horas antes~

-Mary, me empresta a borracha?

-Não temos...ah! peraí, temos sim, taqui, pega

-Obri...-Fui interrompida pela coordenadora abrindo a porta.

-Clary?!

-Aqui- Disse me levantando

-Vieram lhe buscar, acompanhe-me

Levantei e me despedi dos meus amigos, fui alguns passos atrás dela e quando atravessei a porta e me surpreendi ao ver Luke na porta, encostado na parede.

-Você também?!- Perguntei indecisa em relação ao porquê dele estar ali

-Sim, minha mãe veio nos buscar- Disse sério

-Tire o pé da parede e me acompanhe, meu jovem- Disse a coordenadora e nós a seguimos.

-Você sabe porque?- Perguntei curiosa o encarando, mas ele nem me olhou.

-Não- Foi quando chegamos à recepção

-Obrigado por trazê-los- Disse Rayley, a mãe do Luke.

-Desponha- Disse retirando-se.

O trajeto foi meio turbulento, pegamos um grande engarrafamento, tia Rayley parecia muito nervosa, suas mãos estavam tremulas ao volante.

-Mãe? tá tudo bem?- Luke perguntou se inclinando para frente.

-Não muito bebê, mas vai ficar em breve, eu prometo

-Pra onde estamos indo tia Rayley?

-Nós... é... nós vamos visitar uma pessoa!- Sua voz estava falha e ela estava meio incerta em relação ao que falava.

-Quem? mãe- Luke perguntou inquieto, não é da natureza dele ficar inquieto

-Érrr... Chegamos crianças,vamos!

Descemos do carro, deixando as mochilas no mesmo, estendi a mão pro Luke, mas ele se recusou a segura-lá, Rayley viu que eu fiquei triste e segurou minha mão, olhando feio para Luke.

-O que estamos fazendo no hospital mãe?- Disse após encarar um letreiro

-Vamos visitar uma pessoa que tá dodói

-Quem?- Perguntei curiosa

-Vamos entrar que depois eu explico ok?

-Ok- dissemos em uníssono

Ao entrarmos, paramos na recepção e a tia Rayley conversou com a mulher do balcão

-Por favor, quero visitar o quarto 523

-Claro... aqui- disse entregando alguns crachás, tia Rayley colocou-os em nós e prosseguimos em silêncio até a sala de espera.

-O que a tia Jessy tá fazendo aqui?- Luke perguntou

-Ela já vai explicar

-Mãe!- Disse gritando enquanto ia até onde ela estava

-Quem vamos visitar?

-A vovó Agnes, meu bem

-Porque?

-Porque ela esta muito doente e o médico pediu que ela ficasse um pouco aqui, você quer vê-la?

-Sim

-Clary... Ela vai car bem!, tente não acorda-lá, ela precisa repousar! Qualquer coisa me chame!

Não disse nada, apenas anui com a cabeça e caminhei até a porta.

-Leve o Luke com você okay?- apenas anui com a cabeça, ele foi na frente e abriu a porta pra mim, e eu me surpreendi com a cena...
Era vovó Agnes, ela estava com uma aparencia terrivel, estava dormindo como mamãe disse, sua pele estava bastante pálida, mais que o normal, suas olheiras estavam fundas e bem vermelhas, sua boca estava resecada, seus cabelos desgrenhados, haviam vários tubos e cabos conectados em si, ela estava deitada em uma maca, ao lado havia uma pequena janela, o quarto era pequeno e abafado, havia também uma cadeira ao seu lado, eu caminhei até lá e me sentei.
-Luke?!- Disse com a voz baixa e trêmula

-O que?

-Você acha que ela...?- Não consegui completar a frase, nunca imaginei, ver uma pessoa todo tempo e de repente... Ela não estar mas lá.

-Acho que... Se eu disser a verdade, você não vai aguentar, mas... É melhor você se despedir enquanto pode...

-Entendo...- Baixei a cabeça e segurei a mão dela, uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto, acho que foi o meu toque, ou talvez ela ja estivesse acordado, o fato foi que ela abriu os olhos, e acho que seria a última vez que eu veria aquelas orbes azuis como oceano.

-Vovó...-Disse com certa angústia

-Clary... Eu...

-Não, deixa eu falar primeiro! Caso venha a acontecer, quero que você saiba que eu te amo muito, e que vou pensar em você todos os dias- Disse acariciando sua mão.

-Eu também, mas não pense caso isso aconteça, pois mesmo que aconteça, estarei do seu lado o tempo todo, olhando por você, e cuidando de você, eu te amo Clarissa...

-E Luke- Disse ela o encarando-Cuide bem da Clarissa...

-Com a minha vida...

Nós demos um longo abraço, foi quando senti seus braços se soltarem e cairem sobre a maca, um grito foi ouvido, e de repente todos da familia estavam no quarto, mas quando os enfermeiros chegaram segundos após já era tarde demais, ela havia morrido...
Luke me abraçou e me reconfortou nos dias que se seguiram, ele detesta me ver chorar e sempre tenta me alegrar, por mais que o meu sorriso seja falso, isso o deixa menos desesperado, nem que seja por pouco tempo.
O velório foi cheio de palavras bonitas e de reconforto a família, vovó Bias e mamãe não dormiram por dias, todos estavam tristes, duas semanas se passaram, foi o tempo que a mamãe me deixou ficar em casa, Luke ia me visitar às vezes depois da aula, eu era a mais apegada a vovó, então concerteza seria a que sofreria mais...
Amanhã, segunda-feira, mamãe disse que eu iria a aula, tentei todos os argumentos possíveis, mas não colou muito bem, já que eu ja tinha perdido matéria demais na escola, e já estavamos na reta final do ano. Eu não sou muito boa aluna, sempre tiro a média na maioria das provas, excepto em matemática, essa eu sempre tiro dez, pra mim isso já está bom o suficiente.
Eu não acho que estou bem o suficiente pra ir a escola, mesmo que eu fosse, não sei se conseguiria me concentrar...

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