Capítulo 1

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Hoje faz exatamente um mês que fui transferida de departamento, é nada de me darem um caso, já estou entediada com essa mesmice.

Eu Daniela Mendes, a melhor da turma, a garota prodígio, considerada a melhor e mais nova investigadora. Com apenas vinte e um anos já peguei o temido serial killer da moto, passo os meus dias na frente do computador, como isso é possível eu não sei, mas fazer o que né.

Já conversei com o Victor Novaes, chefe do departamento, ele só disse que não tem nada para mim ainda. Sei, para o filhinho dele, o Luke tem.

Mas chega disso, vou falar mais um pouco de mim, já que no momento não tenho nada de importante para fazer.

Bom, como já disse tenho vinte e um anos, sou a mais nova agente do AFS, a Agência Federal de Segurança. Quando eu era pequena sonhava em ser espiã, com o tempo minha inteligência foi se desenvolvendo muito mais rápido do que meus colegas de classe e isso chamou a atenção dos meus professores, foi então que descobriram que sou super dotada, tenho um QI de 223.

Não pensem que sou só inteligente, pois não sou, sou resistente também e forte, a junção estas duas características me fez uma ótima lutadora.

Isso se deve a minha excelente genética. Minha mãe, a senhora Marta era lutadora profissional e meu pai, o senhor Valdir é um nerd, um perfeito jogador de xadrez, que só perdeu duas vezes na vida, contra mim e minha irmã mais nova, hoje ele trabalha na nossa empresa, com desenvolvimento de novas tecnologias, ele adora isso.

Como comentei, atualmente meu pai trabalha na parte de tecnológica, enquanto mamãe fica na presidência. Foi por causa da empresa que era do meu avô que os dois se conheceram. Meu vô não gostava da minha mãe seu uma lutadora então ele só permitiu que minha mãe praticasse o esporte só se cursasse a faculdade de administração.

Minha mãe aceitou, e quando meu vô ficou doente ela assumiu a empresa. E adivinhe quem ela conheceu lá, sim meu pai. De acordo com eles foi amor a primeira vista, mas eles só ficaram juntos depois que mamãe meio que salvou ele dê uns caras. Eu sei vergonhoso mas fofo. Dês de então os dois não se separaram mais.

Mas voltando a falar sobre mim, então por ser inteligente e forte, com apenas dezesseis anos terminei o ensino médio, não demorou muito para que eu fosse convidada a participar da AFS, claro que aceitei. Era meu sonho.

E aqui estou eu, tenho vários talentos que não estão sendo usados, um verdadeiro desperdício. Acho que já foi castigo de mais terem me trocado de departamento, agora me deixar sem nenhum caso novo, só porque tive uma pequena briga com meus antigos colegas.

“Dani sabemos que não foi bem uma pequena briga, você mandou seis de nove agentes para a enfermaria só porque, segundo você eles estavam te perturbando.”

Estavam mesmo, aqueles tarados ficavam olhando minhas pernas e bunda, e se achavam melhores do que eu, nunca, nem em sonhos.

Viu!”

Voltando de novo, estou aqui de castigo, que raiva, se soubesse que seria assim, não tinha arrumado briga.

Mentira!”

Tanto faz, pelo menos, agora, eles não vão mais olhar para mim. Sei que sou bonita, mas eles pediram. Não tenho culpa de  parecer uma modelo.

Sou loura sim, e apesar do meu cabelo ser tão claro que as vezes parece branco, não é pintado, não sou nenhuma loura oxigenada. Pelo contrário, nasci assim, com os cabelos iguais da minha mãe, mas tenho os olhos do meu pai que são azuis, na verdade minha mãe também tem os olhos azuis, só que eles tem hora que parecem estar verdes. Eu simplesmente amo os olhos dela, mas quem teve a sorte grande de herdá-los foi minha irmã Deise, ela sim deu sorte. Acredita que além dos olhos a sortuda ainda nasceu ruiva, sim ruiva! E olha que nem meu pai tem cabelos dessa cor, o cabelo dele é castanho. Ao que parece a avó da minha mãe tinha os cabelos ruivos. Raiva. Pelo menos sou a mais inteligente.

Não liguem eu falo assim, mas amo minha família. Como deu para perceber minha irmã apesar de ser uma cópia minha, tem umas pequenas diferenças, quer dizer na aparência pois se for ver a personalidade, somos o oposto. Eu quieta e ela falante. Eu uso mais minha razão enquanto ela é pura emoção.

Apesar das diferenças somos muito unidas, não sei como seria minha vida sem ela, amo demais esta garota. Apesar dela me dar muita dor de cabeça, Deise já se meteu em cada enrascada, que vou te contar, as vezes duvido da inteligência dela. As vezes penso que ela será uma eterna criança.

Falando nela. Procuro o celular para atendê-la, sei que é ela só pelo toque, sim ela tem seu próprio toque. Logo que o acho vejo a nossa foto, ela estava de trancinhas naquele dia e eu com uma trança de lado. Deise ama essa foto só porque estamos sorrindo e também porque diz que parecemos aquelas princesas do frozen.

Se você está pensando que estamos fantasiadas na foto acertou, ela me fez vestir a fantasia da tal Elza só porque era aniversario dela. Deise decidiu que queria que seu aniversário de dezessete anos fosse a fantasia e adivinhem quem pagou o pato, euzinha aqui. Mas fiz só porque não queria a ver triste.

E por causa da fantasia, durante um mês fui chamada de lerigou. Mas no fundo gostei pois quebrei a cara de muitos colegas de trabalho.

— Fala Ize.

— Dani, você quer ir numa festa comigo?

— Não!

— Mas nem falei onde vai ser.

— Nem precisa pois já sei como vai terminar.

— E como vai terminar?

— Com certeza mal.

— Ah Dani! Para se ser tão pessimista e antissocial. — reviro os olhos.

— Não sou pessimista, sempre que saímos juntas algo dá ruim. E você está certa, sou mesmo antissocial, não sou obrigada a ver e nem conviver com pessoas idiotas.

— Você convive comigo.

— Seu nível de idiotice é menor, além do mais você é minha irmã, teria que conviver com você mesmo que não quisesse.

— Juro que dessa vez nada vai dar errado, é só uma balada. — escuto baterem na porta. Afasto o celular do ouvido e falo, vejo meu chefe entrar. — Pode entrar. Ize depois te ligo.

— Vai ligar mesmo?

— Vou.

— Então até. — diz desligando.

Guardo o celular e olho para meu patrão Victor, que ainda está em pé esperando na porta. Estranho, geralmente ele manda alguém.

— Oi!

— Oi!

— O que o traz a minha humilde sala? — falo o encarando.

— Temos um caso para você. — ele diz sério.

Assassino DisneyOnde histórias criam vida. Descubra agora