Assassino Disney

Capítulo 2

Olho para ele, ainda sem acreditar em suas palavras, não pode ser, ele vai me liberar do meu suposto castigo.

— Está falando sério?

— Tenho cara de que brinca? — o avalio com um rápido olhar.

Victor é alto e tem uma barriguinha muito fofa, mas isso não impede de ter essa cara feia o tempo todo, não que ele seja feio, longe disso, para um velho de sessenta anos ele até que está conservado. Seus olhos amendoados são lindos e seu cabelo castanho escuro também, mas ele nunca sorri, quando digo nunca é nunca mesmo.

— Não mesmo. Sobre o que é o caso?

— Venha comigo. — diz saindo da sala.
Sem entender, apenas o sigo até chegar na sala dele. Vejo que ele já se sentou em sua mesa, e que tem um rapaz sentado a sua frente.

— Sente-se. — faço o que ele manda.

— O que ela faz aqui? — pergunta o mau humorado ao meu lado.

O olho de rabo de olho, é só o que posso dizer é que, com certeza, ele é bonito, apesar de não vê seu rosto todo. As partes que consigo ver já me dizem isso, ele deve estar na casa dos trinta. E essa voz, senhor que voz é essa. E esse corpo, da porta pude perceber que ele malha.

— Este ao seu lado agente Daniela é seu mais novo parceiro.

— O que? — dizemos juntos, o bonitão e eu.

— Mais pai… — diz mas Victor o interrompe.

— Fique quieto Luke.

Espera, pai! Olho de um para o outro, posso ver a semelhança, a quem quero enganar, na verdade o tal Luke é a versão mais nova, e melhorada de Victor. Os mesmos olhos amendoados e cabelos castanhos escuros, que poderia ser confundido perfeitamente com a cor negra, se não fosse pela claridade que o ilumina.

— Você e sua equipe até agora não chegaram a nenhuma conclusão, é evidente que precisam de ajuda.

— Não preciso não, ainda mais de uma Barbie como ela. — sem esperar que ele dissesse mais uma palavra vou para cima dele, o apontando minha arma.

— O que você disse? — pergunto calmamente.

— Sua louca abaixa essa arma entes que quebre uma unha. — diz rindo, mas, no fundo, está se borrando todo.

— Dani, abaixa a arma. — diz meu chefe, o ignoro e continuo com a arma apontada para a cabeça de Luke.

— Retire o que disse.

— Eu não, só disse a verdade.

— R.e.t.i.r.e. — disse passadamente.

— Não. — ela mau termina de dizer e eu atiro no vaso atrás dele. — Está ficando louca? Você poderia ter me acertado.

— Só mostrei que a arma está carregada e que não tenho medo de usá-la, se eu quisesse você já estava morto, agora retire o que disse, se não a próxima bala não vai ser no vaso e sim em outro lugar. — digo, descendo meu olhar até o amiguinho dele. Vejo que ele deu uma leve tremida. — É você quem sabe.

— Que merda! Pare com isso Dani, já o assustou e quebrou o vaso que minha mulher me deu, agora chega.

— Você odeia este vaso! Ela te fez um favor, ele erra horrível.

— Calado, não está vendo que estou tentando preservar meus futuros netos.

— Fala sério.

— Estou esperando. — digo finalizando a briga.