Morte nº1

8 1 0
                                    

Eu sou um astronauta sem casa, afinal minha nave já está sem combustível, posso apenas dar uma ignição e já não estou mais na órbita de meu planeta natal, sei que corro perigo e que a qualquer momento posso morrer, mas não tenho medo, pois o futuro está guardando alguma aventura para mim, mesmo que ela seja perigosa, eu irei enfrentar com toda a minha força.

Depois de muito pensar, acabei lembrando dela que me confortava em seus braços carinhosos e acariciava meu cabelo enquanto eu dizia que viajaria até Saturno para roubar um de seus anéis e dar a ela como prova de meu eterno amor.

Me sinto culpado de não poder cumprir minha promessa, e lembro que estou sozinho na nave e posso então chorar de tristeza, então eu chorei até ficar sem ar e acabei pegando no sono, após algumas horas de sono eu acordo e vou cabisbaixo verificar o nível de oxigênio da nave, eles já estão em um nível crítico tenho apenas mais três horas de vida, eis que surge uma ideia extremamente idiota e eu vou executa-la, como eu ja havia dito eu queria dar te um anel de Saturno e como estava por perto decidi ir até lá com o ar que me restava, afinal não tinha mais nada à perder.

Visto meu traje, pego meus tanques, Coloco meu capacete, ajusto os propulsores, abro a escotilha e me jogo em direção ao planeta, cálculo que chegarei nele em uma hora com os propulsores no máximo, a cada metro que eu ganho eu sinto gravidade aumentando e me puxando para perto dele cada vez mais rápido, eu então faço força contrária com meus propulsores e finalmente chego ao primeiro anel, agora faltam me dua horas de oxigênio, eu pego minha caixa, eu a abro e coloco uma das pedras dentro dela juntamente a uma carta que eu havia escrito para ela, volto para a nave, tenho apenas uma hora de vida, lembro que ainda tenho combustível para uma última ignição, eu viro a nave para a direção da terra e libero todo o combustível para a última explosão de prótons, ela certamente fará com que eu chegue à órbita da terra em poucas horas, mas até lá não estarei vivo, agora faltam vinte minutos para a minha morte e eu estou cansado querendo dormir, eu então pego a caixa com a pedra e a carta, deixo cada um em uma mão, olho para ambas as coisas, dou meu último suspiro e sou coberto pelo manto da morte.

A última jornadaOnde histórias criam vida. Descubra agora