Everything will be fine

144 8 10
                                    

Ligamos para minha mãe e combinamos de encontrá-la (sem meu pai, óbvio). Chorando, ela concordou.
Arrumei minhas coisas, que não eram muitas assim como as do Nico, e fiz o café da manhã enquanto ele dormia. Minha mãe tinha me ensinado quase tudo o que sei na cozinha, não sou muito de cozinhar e tals (prefiro deixar que as pessoas façam isso por mim, por que né), mas depois de tudo o que o Nico fez por mim eu quis retribuir de alguma maneira. Acho que se mesmo se eu fizesse café da manhã para ele todos os dias por 2 anos eu não conseguiria retribuir tudo o que aquela coisa maravilhosa fez nessa semana.
  — Caralho, Alex cozinhando, o que aconteceu contigo? — Nico perguntou entrando na cozinha apenas de cueca (N/Alex: gente, vocês não estão entendendo, esse menino é muito gato, mas acho que já cansaram de me escutar (ler) dizendo isso)
  — Ah, garoto, me deixe ser feliz — falei terminando de preparar as panquecas e as colocando num prato
  Ele levou o suco para mesa eu levei um prato cheio de panquecas e outro com bacon (eu posso comer bacon a qualquer hora do dia, me julgue)
  — CARALHO! TU FEZ BACON! EU TE AMO! — Nick praticamente pulou em cima de mim e me abraçou ao ver aquele prato
  — Calma — ri enquanto ele enfiava um punhado de bacon na boca
  — Acho que esse é o melhor dia da minha vida — ele disse (de boca cheia, que feio)
Revirei os olhos e terminamos o café da manhã.

Depois de por tudo no carro seguimos viagem. O tempo todo ficamos escutando música e cantando junto (foi engraçado o Nico tentando cantar No more dream do BTS, sim, ele tentou cantar em coreano)
Acabei cochilando por um tempo, a viagem em si foi muito rápida.

Eu não parava de morder o lábio e mexer nas minhas pulseiras, estava nervosa com a reação que minha mãe poderia ter. Eu sumi por quase uma semana, então talvez eu esteja meio fodida.
Nico tentou me acalmar enquanto esperávamos no Starbucks. Chegamos um pouco mais cedo porque esse homem não sabe dirigir devagar.
Quase chorei quando vi minha mãe entrando na cafeteria. Ela não conseguiu conter as lágrimas e correu para me abraçar.
— Nunca mais faça isso, pelo amor de deus — ela pediu entre lágrimas
Concordei e ficamos uns minutos assim, abraças. Depois que nos sentamos ela deu um tapa no braço do Nico
— Nunca mais leve minha filha para longe de mim — ela disse com raiva, mas logo suavizou — por que você sumiu?
E aí contei tudo, ela escutou calada e cada vez o fluxo de lágrimas aumentavam. Vi que o Nico também estava tentando conter as lágrimas ao ouvir tudo aquilo e eu já tinha passado de me importar que meu rosto fosse molhado por elas.
— Obrigada por cuidar dela — minha mãe murmurou para o Nico
  — Eu não fiz nada — Nico diz
  — Claro que fez! A afastou daquele monstro! — então ela se vira para mim — ah, meu amor, por que não me contou antes?
  — Mãe, ele me ameaçou — deixo novas lágrimas rolarem
  — Não se preocupe, não vai mais chegar perto dele

  E assim foi aquele dia, ficou resolvido que eu ficaria na casa do Nico até minha mãe resolver tudo. Ela já tinha entrado com um processo de divórcio, mas tudo aquilo demora muito e ainda tínhamos medo de avisar a polícia. Minha mãe estava procurando uma casa nova, pois meu pai que comprou aquela e se recusava a sair, então eles dormiam em quartos separados até ela achar uma casa para nós.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 08, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

"Just Friends"Onde histórias criam vida. Descubra agora