O Diário de Alice

Prólogo: Como ele pensa sobre mim

"Por favor, moça, pare de ser assim tão linda. Minha cabeça para de funcionar toda vez que uma foto sua aparece. Seus olhos me hipnotizam, me tiram da realidade e eu esqueço até mesmo o meu nome. O que você fez comigo menina? Você veio sorrateira, como uma cobra, seduzindo sua presa antes de atacar. Eu estava lá quieto, na minha quando você chegou e destruiu totalmente a minha zona de conforto.

É algum tipo de feitiço? Se você me olhar dessa forma e me pedir um beijo, eu dou. Se você me chamar para voltar para o inferno, de onde você veio, com você eu vou. Ao seu lado eu não tenho controle sobre meu corpo, tudo o que eu faço é em função do seu corpo, das suas curvas.

As vezes eu me iludo, com você ali totalmente entregue a mim, com as mãos presas acima da cabeça e a minha boca passeando do seu pescoço até suas – belíssimas – coxas. É uma sensação boa, eu controlando seu prazer, mas depois, sozinho o meu quarto eu lembro do seu rosto, e seu sorriso maléfico nessa hora me faz perceber que mesmo quando eu acho que estou no comando, é a sua voz, seu corpo e seus olhos... é você, 'filha da puta', que dita cada movimento do meu corpo e cada palavra que sai da minha boca.

Você me tem nas mãos, ah essas mãos, passeando por todo meu corpo, me torturando. Mulher o seu auto-controle é invejável, você pode passar oras a fio em cima de mim me torturando, sem mover um fio desse maravilhoso cabelo loiro, até eu puxá-lo bem forte entre meus dedos, meter bem fundo em você e te prender entre meus braços... nos virar na cama, ah meu bem, você pode me controlar por completo, mas eu sei exatamente do que você gosta, onde devo tocar para te deixar louca. Se eu quiser, e eu sempre quero muito, eu posso te levar para o céu, para o ápice do seu prazer, uma, duas, três, infinitas vezes. Com meus dedos, meu pau, minha boca... eu sei que você pensa na minha boca, que você sente a maciez da minha língua contra a pele fina da sua virilha. Minha voz rouca no seu ouvido, te chamando de puta, cachorra, vadia..."

- Eu ainda não terminei mas tem um bom potencial, o que você achou? – Eu perguntei apreensiva olhando seus olhos, que estavam fixos no papel.

- Porra! – ele me olhou novamente. – Você foi bem modesta hein Alice?! – disse ironicamente levantando uma sobrancelha.

- Você sabe que é exatamente assim que você se sente! – Eu o desafiei.

- Mulher não me provoque... – ele fechou os olhos e passou a mão pelos cabelos castanho-dourados, daquele jeito que faz meu corpo todo arrepiar.

... CONTINUA...