Welcome restart

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O pânico estava presente eu me debatia e tentava GRITAR mais aquela mão prendia minha boca, eu estava com medo e assustada me debatia mais e mais e então meu choro estava se instalam por todo o meu rosto, eu estava fisicamente um pouco cansada e foi então que eu dei um cotovelada em sua barriga.

-ME LARGA ME LARG... -Acordo gritando e de novo apenas um pesadelo, olho no calendário e vejo a data, segundos depois meu alarme toca e eu jogo ele longe, levantando da cama toda suada e ainda pensativa.

O barulho daquelas garotas correndo de um lado pro outro era irritante eu fui direto pro banheiro com minha toalha, esse lugar era minha casa, na verdade foi o meu lar por anos mais hoje enfim eu estou livre, meus tios conseguiram me adotar finalmente e eu estou fora.

Fazem dois anos desde a última vez que eu os vê e eles conseguiram exatamente na semana do meu aniversário, um belo presente.

Volto pro quarto e coloco meu vestido novo vermelho florido com minhas botas marrom claro, meu cabelo deixo solto com fios rebeldes, sempre foram assim.

-A diretora quer falar com você me acompanhe -A madre do lar me chama e eu me levanto da cadeira largando o brilho labial e dou uma olhada pra ela "Adeus vadia" apresento uma risada pelos meus pensamentos e logo Paro quando ela volta a me encarar -Disse algo engraçado?

-Disse algo demais? -Respondo e nem espero ela falar passo rápido por ela e ando a caminho da sala da outra vadia mãe, elas são culpadas pela minha infelicidade daqui, fizeram isso ser o purgatório pra mim.

Dou duas batidas a voz da diretora logo me manda entrar, abro a porta no meu primeiro passo Paro, lá está minha tia com meu tio.

-Ai quanto tempo tia -Corro até ela e a abraço forte

-Você cresceu demais Helena -Ela me aperta e quando nos damos conta que tem duas pessoas olhando a demonstração de afeto paramos envergonhadas.

-Onde precisamos assinar? -Meu tio parece um pouco apressado, minha tia olha atenta pras folhas na sua frente.

-São essas folhas, não é necessário fazer isso aqui, podem levar e teram o prazo de dez dias para trazer de volta, eu recomendo que leiam e pensem duas vezes na adoção, adolescentes são complicados, caso tenham problema com a Helena vamos buscar lá -A diretora parece querer desencorajar meus tios o tempo todo, minha tia pega as folhas a assina no papel.

-Vamos leva lá hoje, e quanto ao tempo que quer nos dar para pensa, tivemos dois anos para ter certeza se isso era certo, pode ficar tranquila que pelo menos ja temos plena certeza do que queremos e sem dúvidas é a Helena -A minha tia deu um show com a cara da bruxa velha no asfalto e eu quase aplaudi

-Nos vamos levar os papéis já assinamos a a permissão você também a secretária e os promotores junto com o juiz também então ja podemos ir com a garota -Meu tio se levanta e eu não entendo mais é nada.

-Minha mala ta no quarto -Aviso quase dando pulos.

-Oque está esperando para busca lá? -A minha tia comemorar comigo e eu saiu de lá até o meu quarto correndo.

Entrando no quarto vejo de cara a Catarina, digamos que ela é minha amiga, uma das únicas aqui dentro, Ela me passa a mala calada escondendo e limpando as lágrimas e eu insensível nem sei o que falar.

-Isso é um adeus?-Ela pisca os olhos antes de ir me abraçar -Vou sentir sua falta.

-Eu vou sentir a sua também, não fique triste, mais uns meses e você é de maior, lá fora me procure, já tem meu número -Solto ela e seco o resquício de lágrima um único aliás, eu não era muito de chorar, dou um tchau e saiu sem olhar para trás.

Vejo meus tios no final do corredor e vou até lá, minha tia segura a mão do meu tio e vão juntos na frente, passo por todos os lugares que eu vivi pela última vez, desde o parquinho a biblioteca e então tenho uma certeza, "Nunca mais vou voltar aqui" dou de ombros e então chegamos no último portão, o grande portão branco idêntico a o da prisão só mudando a cor, escuto e vejo um carro ser estacionado, um carro bonito preto meu tio assumi o volante e minha mãe entra no passageiro, eu coloco a mala no banco da frente me sento, desço o vidro e dou um assobio pro guarda, quando ele olha eu mostro o dedo do meio meu tio sem nem ver oque eu tinha feito na mesma hora pisa fundo no acelerador.

Laços com o Inimigo.Onde histórias criam vida. Descubra agora