Capítulo 1

26 3 6
                                    

              Camille Pov On 

    Eu já havia chegado ontem de tarde na casa do meu pai. Eu fui bem recebida pelos empregados que estavam lá e meu ''irmão'' me recebeu muito bem. Ele é lindo. É loirinho de olhos verdes, alto e forte. É totalmente diferente de sua mãe que é mais moreninha que ele. Tem olhos mel e o cabelo castanho escuro. Ela é magrinha, um corpo perfeito para modelo. Admito que ela é completamente linda. 

    Meu pai e minha madrasta, quando eu cheguei em casa, eles estavam trabalhando. Então eu passei a tarde toda ajeitando minhas coisas no quarto. O Gustavo me perguntava toda hora se eu precisava de alguma coisa. Parece que pelo menos com ele eu não vou ter problema. Meu pai e a Marta chegaram mais tarde. Devia ser umas 22:00  horas. Meu pai meu pai me abraçou tanto. Disse que tava com saudades. Eu apenas fiquei sem reação. Mas retribuí o abraço, disse que também estava com saudades. E eu realmente estava. Só estava um pouco desconfortável ao lado de um cara que deixou de fazer parte da minha vida assim... pra trocar as pessoas que realmente o amam por essa perua aí  que só me cumprimentou por que estava perto do meu pai e nada mais. 

      Hoje já tem aula.  Eu não estou nem um pouco animada pra isso. Na verdade eu estou me sentindo uma caipira no meio desse povo todo. Eu não sei comer do jeito que eles comem. Eu não sei o nome da maioria das comidas que eles comem. Eu pucho o 'R' quando eu falo e tenho sotaque do interior. Não é que eu tenha vergonha dos costumes que herdei da família da minha mãe. É que eu me sinto uma intrusa no meio dessas pessoas. 

    Ou to nesse momento no 'meu' quarto. Na verdade eu não considero esse quarto meu. Nem essa casa. Em fim, eu estou me arrumando pra ir pra aula. Não estou nem um pouco animada. Botei uma calça desbotada. Uma regata azul e um casaquinho preto por cima. Penteei meu cabelo e deixei solto. Botei um tênis preto qualquer, passei perfume e um brilhosinho nos lábios. Nunca fui muito fã de maquiagem. Peguei minha mochila e o celular que ganhei ontem do meu pai. Botei o celular na mochila, saí do meu quarto e desci as escadas em direção da sala. Eu não queria tomar café. Não estava um pouco a fim. Eu estava sem fome alguma. Quando desci as escadas, me deparei com Gustavo sentado no sofá da sala e mexendo no celular. 

 Camille: Er... bom dia. --Ele olhou com o rabo do olho pra mim e se levantou. 

Gustavo: Bom dia. Tava te esperando pra te levar pra escola. É no caminho da faculdade. -- Disse ele olhando pra mim e me mandou um sorrisinho.

Camille: Ah tá. Então, vamos. 

Gustavo: Não vai tomar café?

Camille: To sem fome. Além do mais, eu tô atrasada. -- Ele me olhou por um momento e assentiu. 

Gustavo: Vamos? 

Camille: Uhum... 

Nós fomos andando em direção ao carro dele. Ele abriu a porta pra mim e eu corei um pouco e entrei no assento do carona. É assim que eu fico perto dele. Meio desconcertada. Meio boba e envergonhada. Ele entrou no carro e um silêncio se estalou. Eu fiquei olhando la pra fora. Vendo a cidade, um lugar mais bonito que o outro. Uma lugar sofisticado e lindo. Eu vi o Gustavo olhando pra mim pelo espelho do carro. 

Gustavo: Rodrigo te mandou um recado.. -- Olhei pra ele.-- É pra você ter uma boa aula, se comportar e estudar bastante. É pra não arranjar briga e ele disse que se der, ele vem jantar com a gente. 

Camille: Ah... ele e sua mãe são muito ocupados? 

Gustavo: Um pouco. 

Camille:Ah... -- Assenti e continuei olhando pra rua. Coloquei um fone de ouvi e esperei chegar ao destino no qual eu torcia pra que demorasse chegar. 

** Quando chegamos eu dei 'Tchau' pro Gustavo e saí da BMW. A escola era grande e branca. Era muito linda e de longe dava pra ver que era de grande porte. De fora eu via vários alunos. Todos, pelo que vejo, patricinhas e mauricinhos. Acho que não vai ser fácil me enturmar. 

Eu suspirei e entrei devagar na escola. Vi que algumas patricinhas olhavam pra mim. Algumas cochichavam, outras riam. Eu só estava pensando onde será que era minha sala. 

Eu saí andando, até que resolvi perguntar pra alguém. Cheguei em um grupo de meninos lá que tinha, com só algumas meninas. Eu mesmo meio envergonhada, cheguei perto e cutuquei o ombro de um loirinho. Ele olhou pra mim de cima a baixo. 

-- Pois não, gata? 

Camille: Er... desculpa. Você, por favor... --- Ele começou a rir. Juntos com os amigos dele. Eu franzi o senho não entendendo nada.

-- Não, pera aí. Pera aí... diz 'por favor' de novo. -- Eu franzi o senho. 

Camille: Por... favor? --- Eles começaram a rir de novo. 

-- Olha galera, o sotaque dessa garota! -- Agora foi uma garota que disse.  

Então agora eu entendi. Meu sotaque do interior, foi o que fez a graça. Agora eu saquei porque eu tinha que repetir o 'Por favor'. Por que eu puxo o 'R' na hora.  Eu revirei os olhos. 

Camille: Ok, se você não quer me responder. Não sou eu que vou obrigar. Desculpa por eu ter incomodado.  

-- Ownt. Tadinha. Ficou chateada, foi caipira? Volta pra roça. --- O garoto loiro disse e eos outros começaram a rir. menos um menino. 

--Ta bom gente, chega.-- Disse um menino de cabelo castanho. 

-- Que é Ruan? Vai defender a novata agora? Outra vagaba que você vai botar na sua lista, né? O carla, vai deixar? -- Disse olhando pra uma menina loirinha do lado. Nisso o garoto me deu um empurrão e eu simplesmente caí com tudo no chão. A menina loira, qa tal 'Carla' só ficou olhando com braços cruzados.

Nisso. O tal Ruan foi pra frente do loiro. 

Ruan: Olha aqui. Chega Jack! Já passou dos limites. A garota ia fazer uma pergunta.  

Jack: Que é? Ta querendo arranjar briga?

Ruan: E você? Quer ir pro dentista?  

Nessa hora. Esse tal 'Ruan' tava na minha frente e ele esse Jack se encaravam. Algumas pessoas gritavam 'Briga'. 

-- ta bom, gente. chega! Vem Ruan!-- Uma menina igual a esse Ruan puxou ele pra trás. E me puxou junto. -- Vem. 

Eu sentei em um banco lá do pátio onde tinha pouca gente.

--Espera vou pegar água.-- Disse a menina e o garoto parou na minha frente e agachou no chão. 

Ruan: Você... ta bem? -- Eu amdei um sorrisinho nervoso. 

Camille: To, sim. Obrigada por me defender. Meu nome é Camille. --- Eu estendi a mão. Ele sorriu e retribuiu o gesto. 

--Ruan Pablo. Prazer... 

Sorri novamente. 

CONTINUA...


Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 07, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

''Juntos. Até o fim''Onde histórias criam vida. Descubra agora