Escolhida Pelo Alpha

Capítulo 03

Helena

Fico pensando no que Marco falou... e por mais que eu não ligue para o que ele faz, suas palavras me machucaram bastante só não sei porque mais agora só quero minha avó e meu irmão... aliás eu quero minha vida de volta, sem ter que passar meus dias ao lado de um ser tão desprezível... Limpo minhas lágrimas e resolvo ir até o jardim conhecer o sr. Honrou, ele é humano e deve me entender ou apenas me escutar... Olho no enorme relógio de parede no meu quarto e vejo que são 01:04 da madrugada, abro a porta do meu quarto bem devagar e vejo que Marco e a ruiva não estão no corredor, mais os gemidos continuam vindo de um quarto que suponho ser o dele

(...)

Acordo com os olhos inchados de tanto chorar por pena do sr. Honrou, vou até o banheiro e lavo meu rosto, assim que saio visto um vestido nem muito curto ou longo florido de alcinha, solto os cabelos e calço um sapatinho combinando... Saio do quarto e vou até a cozinha e encontro Shopia arrumando a mesa "Aonde está o "Alpha"?" pergunto fazendo aspas com os dedos

"saiu cedo para caçar com os outros lobos"

"e...  que horas volta?... Não que eu esteja interessada" falo levantando as mãos para cima... "a noite" ela fala e eu comemoro mentalmente... Tomo meu café, e resolvo conhecer a casa aonde vou passar meus últimos dias inúteis... "onde vai sr. Helena?" Sophia pergunta ao me ver saindo

"procurar por uma biblioteca..."

"primeira porta a direita" ela fala e eu apenas aceno que sim com a cabeça

(...)
Nossa! essa casa parece não ter fim, várias portas... só falta aquela porta do final do corredor, toda entalhada é enorme... Já passei pela biblioteca... mas vou até lá ver se esta porta está trancada, e pela minha alegria está entre aberta... entro e dou de cara com uma biblioteca sinistra totalmente assustador com mobília quebrada, cortinas rasgadas e um cheiro insuportável de sal e ferrugem... Quando estava prestes a sai dali correndo, vejo outra porta no canto que me chamou atenção, era bem menor, desgastada e com várias trancas... Procuro a chave e acabo derrubando um pote cheio de outras chaves, e no meio delas tinha um chaveiro antigo que me chamou a atenção... Pego ele é começo a abrir as trancas da porta e quando finalmente se abre eu me deparo com uma grande escada que parecia não ter fim... Quando desço as escadas acabo pisando em falso e saio rolando escada abaixo... Droga! Torci o tornozelo esquerdo... que dor insuportável.... com esforço me levanto e vejo o que parecia ser uma biblioteca sinistra... com livros em sua maioria em capa preta e coberto com bastante pó... Caminho com muita dor e dificuldade até um livro que estava aberto... mas antes que eu pudesse olhar um homem moreno forte e parecia ter 1,90 de altura bem trás de mim e em piscar de olhos ele agarra minha cintura com força fazendo nossos corpos colarem

Começo a chorar a medida que o Lobo me apertava mais contra seu corpo, passando sua mão livre por todo ele... E então sem falar uma palavra ele começa a me levar para cima, e eu percebo que era a caminho do meu quarto (onde está Marco quando se precisa dele?) "o que você está querendo de mim?... seu Alpha não vai gostar..." falo entre lágrimas

"é o que veremos... Bem que ela disse que você não e tão 'ruinzinha' "fala com uma risada rouca e cruel... Ele me joga em minha cama com certa brutalidade e sobe por cima de mim

"me solta, vou contar para o Marco" falo me debatendo

"se você contar eu tenho autorização para matar sua família... é aliás em quem ele iria acreditar" ele fala e rasga meu vestido e amarra minha boca... Em uma velocidade inimaginável ele arranca minhas roupas íntimas deixando - me completamente nua... Tento gritar mais meus gritos foram abafados pela amordaça em minha boca, ele começa a tirar suas roupas ficando igualmente nu, Começo a chorar ao me ver completamente indefesa... Ele abre minhas pernas e se coloca no meio delas, e quando eu pensei que ia acontecer, ele inclina a cabeça para o lado como se tivesse escutado alguma coisa

"Merda, Merda... ela disse que ele ficaria fora...." ele sussurra se levantando em um pulo  "não se esqueça do que te falei" ele ameaça e sai... Tiro a amordaça de minha boca e por algum tempo fico chorando pensando no que poderia ter acontecido... e pensando que tudo seria diferente se Marco não tivesse me trago para esse lugar. Abraço minhas pernas e choro copiosamente

(...)

fico tão distraída com meus pensamentos que nem percebo quando alguém entra pela porta sem ao menos bater... era Marco que estava me olhando com os olhos arregalados ao me ver chorando... me cubro rapidamente "Está bem?" ele pergunta ríspido e frio... Não repondo...

"o jantar já vai ser servido" ele fala olhando em meus pulsos marcados e eu os escondo cobrindo com o lençol, logo em seguida ele sai... Tomo um banho rápido e visto um vestido que cobria todo meu corpo e desço para sala de jantar. Ao chegar encontro a tal ruiva sentada ao lado de Marco na ponta da enorme mesa repleta de comida

"alguma ocasião especial?" pergunto observando os dois... "talvez a morte de alguém" fala com um sorriso torto

Sinto minhas pernas ficarem bambas...Me sento na outra ponta ficando de frente com Marco que me encarava sem parar... "não sabia que além de sonsa tem péssimo gosto pra roupa" a ruiva fala com um sorriso cínico. "CALE A BOCA LEAH.... anão ser que Helena esteja me escondendo algo" fala ainda me olhando. Fico calada, percebe que fiquei mais pálida do que já sou.

"Helena mostre seu pulso" ele manda e eu gelo... nego com a cabeça abaixada sentindo a primeira lágrima descer

"HELENA MOSTRE AGORA, OU VOCÊ PREFERE QUE EU VÁ ATÉ AI" ele grita com uma voz demoníaca... Olho para cima e percebo que seus olhos estavam vermelhos. Me assusto e Marco vem em minha direção analisa meu pulso marcado com vários hematomas, ele cheira meu corpo e olha em meu rosto e eu vejo seus olhos tristes... "me desculpe Helena, deveria ter cuidado mais de você" ele fala com voz de lobo e logo em seguida arrebenta a porta saindo. Logo entendo o porque dele ter falado que esse jantar seria a comemoração da 'morte de alguém'... ele sabia o tempo todo