Epílogo

14 1 0
                                    

Para: Nick
Sua insistência e dedicação me colocou de volta nos trilhos.

Cartas para Nick..

Na vida todos nós perdemos quem amamos, afinal, a morte está fixada na vida de todos nós. É incrível, como ela pode ser cruel, mas para alguns pode servir como alívio, para mim, como tristeza.

7 anos antes..

Eu sempre fui uma boa menina, estudava em uma escola em: Boston, desde os meus 2 anos, eu tinha amigas por lá, pensava que eram amizades de verdade, mas não passam de amiguinhas de infância que uma hora você irá mudar de escola e esquecer.. Meus pais? Bom, os meus pais são separados, antes de me colocarem no mundo eles já não se davam bem, e as vezes me pergunto como nasci.
De acordo com a minha mãe, meu pai não liga para a família, e que obtia amantes por aí. Eu concordava com a minha mãe já que meu pai só quer saber de suas mulheres e bebidas. Já papai diz que minha mãe é uma mulher do inferno que fala demais. Então plenamente eu não concordava com ele. Acho que eles só aturam isso por causa de mim e minha irmã Claire que aproximadamente tem 15 enquanto eu ainda tenho 4 anos, na cabeça deles somos novas demais, mas na nossa, queremos nos livrar disso.

Saí da escola com minha mochila de rodinhas das meninas super poderosas, acredite, era um susseso naquela época.

- Tchau Amy! - Giovanna uma menina na minha sala vinha correndo em minha direção balançando seus lindos e invejáveis cabelos loiros e seus olhos verdes brilhava em alegria.

Sorri de volta timidamente, pois todo mundo estava olhando para ela. Passei minhas mãos pelos meus grandes cabelos castanhos amarrados em um rabo de cavalo e pisquei inúmeras vezes meus olhos que também era castanhos, talvez Deus estivesse com preguiça de colocar pelo menos olhos azuis em mim.

- A-Até Giovana! - falei em dificuldade ao sentir a loira agarrada em meu pescoço, parecia que não iria me ver nunca mais.

Eu só tinha 4 anos de idade e minha mente se comportava como uma pessoa mais velha e sei que estou passando um mico.

-

Amy. - escutei de minha mãe Rose me chamar.

Minha mãe estava em sua bicicleta típica com um assento atrás, adivinhe? Para a sua tão amada filha Amy se sentar.

Soltei Giovana, com um breve "Tchau" me despedi dela e segui em frente, na direção de minha mãe.
Subi na bicicleta me sentando no assento atrás. Minha mãe estava com uma expressão estranha..

- O que houve mãe? - perguntei abraçando sua cintura para não cair.
Ela riu um pouco.

- Tem uma surpresa para você em casa. - abriu mais o sorriso.

Uma supresa para mim? Será algum parente distante, que eu não vejo? Pois sempre fui fascinada nas fotografias deles. talvez um primo rico nosso com uma porção de brinquedos como dá última vez?

- Que surpresa? - não deixei de lado meu ar alegre.

- Se eu conta não é mais surpresa. - se fez de difícil embora ela esteja louca para contar.

- Por favor mãe! Me conte! - me remexi de curiosidade quase caindo na bicicleta.

- Está bem. - soltou uma gargalhada - tem um cachorro em casa.

- U-Um cachorro? - eu jurava sentir meu coração bombear cada vez mais.
Não seria o meu primeiro cachorro já que minha família e eu já tivemos um antes. Pick era o seu nome, ele era da raça pinscher, uma pena eu não conseguir me lembrar dele, pois eu tinha apenas 1 ano de idade quando ele chegou lá em casa, ele era filho da cachorra da minha tia, Capitu, pelo que minha mãe diz, quando Pick nasceu; ele simplesmente veio até mim de forma inesperada, foi aí que meu tio me deu de presente. Meu pai acabou sumindo com ele, foi dá uma volta e voltou para casa sem o cachorro, eu sei que ele é meu pai, mas.. Dá uma certa desconfiança..

- Podemos chama-lo de Pick? - sugeri enquanto ela dava a curva com a Bicicleta pelas ruas.

- É.. - ela parou para pensar - Acho melhor escolhermos outro nome, filha.

- Scooby Doo? - arqueei a sobrancelha.

- Veremos quando você chegar em casa. - disse - A Claire já chegou do colégio.

...

Minha mãe abriu a porta de casa para entrarmos, a minha ansiedade era tanta que eu nem bati os pés no tapete e saí entrando. Assim que entrei, minha irmã Claire estava sentada no sofá com um filhote de Husky nos braços de pelagem cinza com branca, ele brincava com os longos cabelos castanhos e ondulados de minha irmã. Todo mundo pensa que eu e minha irmã somos gêmeas por ela parecer comigo.

Simplesmente tratei de correr até eles, para ver mais de perto já que eu era uma fanática por animais desde que nasci.

- Oh.. - passei minha mão pelo seu focinho molhado enquanto ele me encarava com seus olhos azuis.

Ele era encantador. Desci meus dedos desde para a sua boquinha e tratei de receber uma mordida no dedo, que nem foi tão dolorosa assim, ele era um filhote marrento pelo que pude perceber.

- Gostou da surpresa minha filha? - meu papai apareceu no cômodo ajeitando alguns papéis em mãos. - Foi o primo que lhe deu, agradeça a ele depois.

Lembra daquele parente rico que mencionei? Era ele, "primo" é um amigo do meu pai que consideramos da família e ele gosta muito de mim e da minha irmã, e sempre que pode vem nos ver.

- Sim, eu amei muito. - arranquei o cachorro dos braços da minha irmã - Ele é lindo, obrigada pai. - sorri timidamente.

Minha irmã por ser bem mais velha que eu, não me dava uma atenção correta, já que ela não ligava muito. Em casa eu sempre brinquei sozinha, eu e minhas bonecas Barbies, agora que ele chegou tenho certeza que não há mais solidão.

- Podemos colocar o nome dele de Marley? - sugeri colocando o filhote no sofá.

- Claro que não. - minha irmã revirou os olhos - Marley tem uma história muito triste.

- Idai? Ele foi um cachorro feliz. - sorri olhando para o Husky - o Batman também vai ser.

- Batman? - ela caiu na gargalhada - tá brincando né?

- Sem brigas. - minha mãe interveu - Fiquem de olho nele, esse cachorro chegou aqui cheio de pulgas.

Ficamos um momento pensativas já que isso era uma tarefa difícil de se escolher, vinha a minha cabeça nomes estranhos para ele, que me faziam rir de vez quando, por exemplo: Crípton, Bob Marley.

- Ele irá se chamar Nick. - Minha irmã disse por fim o pegando no colo novamente. - não é mesmo?

Eu e minha concordamos pois o nome era mesmo muito bonito.

- Nick.. - sussurei a última frase com um sorriso bobo no rosto.

Cartas para NickOnde histórias criam vida. Descubra agora