O Meu Coringa!

1. Asilo Arkham

POV HARLEEN

Meu táxi adentra em Gotham.

Uma cidade pervertida.

Perigosa.

Dominada pela corrupção.

Com gangues em constante guerra.

Jim Gordon, o recém nomeado comissário, tinha fama de ser incorruptível, e prometeu purificar Gotham, encarcerar mafiosos, ao lado do político Harvey Dent.

Eu tinha esperanças de que Gotham pudesse melhorar.

Todos tinham uma segunda chance.

Todos podiam melhorar.

Se eu não acreditasse, se eu não tivesse esperança, não seria psiquiatra.

Se eu não acreditasse, não estaria indo em direção ao profano Asilo Arkham, ser a nova psiquiatra do lugar.

O psiquiatra anterior tinha sido morto.

Garganta cortada.

...

O taxi entra na propriedade, com os letreiros enferrujados "ASILO ARKHAM" brilhando melancolicamente.

O taxi me deixa na porta e eu saio, arrastando a minha pequena mala.

Um homem vem me receber, armado com uma metralhadora.

- Dra. Quinzel?

- Sim. - falo nervosa.

- Dra. Harleen Quinzel?

- Sou eu.

- Meu nome é Bannister. Me acompanhe, por favor. E não saia de perto de mim.

...

Acompanhei ele por dentro das instalações.

Um cheiro forte de mofo estava impregnado no lugar.

Marcas de sangue na escada.

Gritos.

Gritos horríveis nos corredores.

Subimos a escada, levando até a diretoria. Lá, duas mulheres interrompem a conversa para me olhar.

Ambas tinham rostos nada amigáveis.

A mulher, negra, se aproxima de mim.

- Dra. Quinzel.

- Sim.

- Agente especial Amanda Waller.

- Prazer.

- Esta é a dra. Janet Burton. - aperto a mão da outra mulher.

- Sabe por que está aqui, dra. Quinzel? - Burton me pergunta.

- Sim senhora. Estou aqui para tratar os pacientes.

- Não será "os pacientes", mas " o paciente ".

Seria apenas um?, penso.

- Ouviu falar sobre o psiquiatra anterior? - Burton pergunta.

- Sim, senhora.

- O dr. Richards foi morto pelo seu novo paciente. - gelei.

- Ah.

- Sua segurança é prioridade. Não acontecerá nada que não possamos impedir. De agora em diante, o segurança Bannister a acompanhará o tempo todo.

- Sim, senhora.

- Ele vai levá-la até o seu quarto. É melhor ficar lá. Não ande por aí sozinha.

- Sim, senhora.

- O jantar vai ser servido às 20h.

- OK.

- Sabe quem é o seu paciente? - Amanda Waller pergunta.

- Me disseram que o nome dele é Jerome.

- Não o chame assim.

- O quê?

- Não o chame pelo nome de batismo dele.

- Então, como eu o chamo? - pergunto. A dra. Burton responde.

- Ele agora prefere ser chamado de Coringa.