Olá novamente gente, eu prometi traduzir mais fic desse casal lindo e aqui estou. Prometo que na próxima tradução irá ter mais romance, por enquanto é só o Clark cuidando do Bruce <3 Espero que vcs gostem meus amores. Boa leitura
Contra todas as expectativas, Clark se sente confortável na presença de Bruce. O homem não é nenhum exibidor ou escarnecedor: Bruce - em seus momentos mais íntimos - é um homem muito calmo. Tão tranquilo que ele mesmo acorda dos seus pesadelos sem fazer nenhum som.
O choque súbito do corpo deitado ao seu lado arranca Clark do seu sono. Sonolento ele vê Bruce respirando pesadamente, com o pescoço molhado de suor frio e os olhos bem abertos. Clark pode ouvir seu coração batendo loucamente, como se ele não estivesse cercado da segurança da sua casa, mas fugindo de um perigo.
"Bruce" sussurra Clark, a voz rouca de sono "Está tudo bem?" Ele tenta chegar mais perto para lhe oferecer algum conforto mas Bruce já está de pé. Ele quase corre para a cozinha com uma garrafa de pílulas para dormir. Clark sendo um homem quieto mesmo, nunca pergunta sobre isso.
Janeiro trouxe uma neve pesada a Gotham: o lago da casa de Bruce está congelado, a floresta completamente coberta de penugem branca. Fora tudo é nebuloso e cinza: a luz fraca do nascer do sol acrescenta uma sensação de que a realidade foi levemente alterada na madrugada. Clark se sente como um sonâmbulo quando vai atrás de Bruce na cozinha. Ele estava bebendo água direto da torneira e a terrível garrafa de pílulas estava sobre o balcão.
Clark sempre procurou evitar frases clichês na sua escrita, sendo uma delas "você parece que viu um fantasma". Como quando Bruce desliga a torneira e percebe a sua presença, Clark acha que ele deveria reavaliar seus princípios: Bruce realmente parece que viu um fantasma. Ele está muito pálido -não em seu pálido normal- e olhando em seus olhos parece que ele não está mesmo ali.
Clark cuidadosamente se aproxima, como se ele estivesse prestes a se aproximar de um animal arisco. Seria tão fácil apenas melhorar tudo com um sorriso, um abraço, algum tipo de garantia simples. No entanto, isso não vai funcionar com Bruce. Sem uma solução óbvia, Clark se sente inseguro sobre o que ele deve fazer a seguir. Uma parte dele espera que Bruce diga algo, mas é claro que isso não vai acontecer, então Clark apenas fica ao seu lado. A feia cicatriz no peito de Bruce parece mais proeminente que antes - mais uma vez Clark não pergunta sobre.
O silêncio tornar-se insuportável. Clark precisa fazer alguma coisa. Ele se inclina e coloca a testa no ombro do homem. "Vamos voltar para cama?" Ele implora. Para o seu alívio, Bruce concorda.
Os lençóis ainda estão quentes quando eles voltam, Clark se quer tem a chance de se deitar quando Bruce o puxa para um beijo violento. Não há nada de carinho no ato, é tudo uma confusão de dentes, arranhões na nuca e uma tentativa de recuperar o controle. Clark hesita. Ele pode ficar duro bem rápido, mas ele não se sente bem. Em vez de responder a necessidade frenética de Bruce, ele coloca a mão sobre o seu peito e o empurra suavemente. Mesmo que eles olhem se nos olhos , eles são oceanos distantes um do outro. Bruce suspira infeliz, e se deita virando as costas para Clark.
Por um momento o tempo para. Clark segue sua intuição e se deita atrás de Bruce, o abraçando. No começo ele fica tenso, mas depois relaxa no abraço. Seu batimento cardíaco é normal novamente, e Clark conclui que as pílulas começaram a fazer efeito.
"Você se lembra de krypton?" Bruce pergunta inesperadamente.
"Não" Clark responde. Ele pode sentir como se uma pequena faca entrasse nas suas costelas "Eu era um recém nascido quando os meus pais me ... enviaram aqui. Às vezes eu... sinto que tenho algumas memórias mas não posso acessa-las. Isso é impossível, eu sei." Ele suspira. "Você sabe que as pessoas costumam dizer que as crianças podem ouvir tudo do ventre da mãe e, em seguida, se lembrar de tudo depois do nascimento? Eu sinto que poderia ser o meu caso. Ou eu estou apenas ... você sabe, imaginando coisas pra eu me sentir melhor."
"Eu faço isso também" sussurra Bruce
"O que?"
"Criar memórias falsas" Ele suspira como se estivesse confessando um pecado mortal "Até hoje não tenho certeza sobre metade das coisas que lembro da minha infância. Eu costumava perguntar a Alfred para ele confirmar, mas eu não acho que ele seja honesto sobre isso comigo."
"Eu sinto muito"
"Sim. Eu também"
Os pássaros estão cantando na manhã fria e cinzenta.
"É Kal-el seu verdadeiro nome?" Bruce pergunta muito calmamente, como se ele estivesse prestes a pegar no sono.
"Primeiro nome Kal, sobrenome El" O último da minha espécie, ele pensa. "Assim como o primeiro nome Clark e o sobrenome Kent, ambos são reais"
"Você gostaria que eu te chamasse de Kal?"
Clark é inundado por uma onda de puro afeto. Ele deseja dar a Bruce todo carinho e consolo do mundo, ajudar para que sua vida seja mais fácil.
"Sim", ele concorda "Eu gostaria disso"
"Ok" Bruce está quase perdendo a consciência "Tente dormir um pouco Kal"
Clark beija seu pescoço e o topo da sua cabeça "Durma bem Bruce"
A luz solar penetra mais cedo na neblina. No momento em que parece que já está perdida no tempo.
Novamente peço desculpas pela quantidade de repetição dos nomes deles, mas como eu já expliquei na outra fic, é para vcs não se perderem sobre quem está falando, mesmo que essa fic seja mais na visão do Clark, espero que vcs tenham gostado, bj