Arrependimento

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P.O. V Bárbara

Acordei de bom humor, sentei-me na cama e me espreguicei, olhei ao meu redor e comecei a lembrar da noite passada.

Sorri.

Sai dos meus devaneios quando escutei a zoada do chuveiro sendo ligado, Justin. Levantei cuidadosamente e fui para o quarto que estava antes. Assim que cheguei fui direto ao banheiro, tomei um banho demorado e aproveitei para lavar meu cabelo. Depois que terminei vesti a mesma roupa da festa. Desci as escadas, antes de chegar ao final do degrau me deparo com Chaz.

- Boa tarde linda! – Sorriu.

- Tarde? – Perguntei espantada.

Merda, eu tinha que está no trabalho!

- Sim, aconteceu algo?

- Tinha que está trabalhando. – Bufei.

- Calma, vamos comer e depois eu te levo. – Me puxou até a cozinha.

Na grande cozinha estava Justin comendo sozinho, me sentei ao lado de Chaz e ele nem fez questão de me olhar. Ótimo, estou sendo Ignorada.

A empregada que por sinal aparentava ser bem legal trouxe dois pratos que deduzi ser nosso. Assim que ela colocou a minha frente, comecei a comer rápido estava faminta. Quando terminamos saímos para a sala e em todo o tempo Justin não me olhava. Sentei no menor sofá e fiquei assistindo um canal de basquete à espera de Chaz que foi escovar seus dentes, até que Justin sai da sala.

- BÁRBARA. – Ele grita.

Olho para o lado e para o outro e então me levanto preguiçosamente e vou até a cozinha.

- Me chamou? – Pergunto com curiosidade.

- Sim, Tome isso. Se quiser água pode beber, tanto faz. Só engole! – Falou seco.

– O que é isso? – Arqueei as sobrancelhas.

- Anticoncepcional porra. – Me entregou o comprimido. – Se você não engolir isso goela a baixo, fique sabendo que não vou assumir merda nenhuma. Vai criar só e pelo que eu sei você não tem nada. A escolha é sua! – Disse calmamente.

Pisquei algumas vezes e senti o choro que ficou entalado na garganta, veio uma ardência por dentro. Respirei e soltei o ar que estava preso, peguei o comprimido, um copo de água e tomei.

- Feliz agora? – Falei com ódio na voz.

- Só quando você sair da minha casa. – Passou por mim como um furacão.

Fiquei sem reação, que garoto mais BIPOLAR. Arrependi-me amargamente por te me entregado tão fácil, tudo bem que ele é um gostoso e super lindo. Mais não vale nada e o pior de tudo é que ele machuca as pessoas sem se importa com o que elas pensam ou vão sentir. Como eu fui burra!

- Vamos meu amor. – Chaz disse.

Virei para trás e Segui Chaz até o seu carro, quando íamos entrando, Justin vai até nós e pede para Chaz ir a um galpão urgentemente.

- Eu vou apenas deixar a Bárbara em casa, ok? – Chaz fala.

- Não, vai agora! – Ele fala todo mandão.

- Cara, aqui não passa táxi. – Ele me defende.

- Manda a princesa ir a pé. – Olha em minha direção com um olhar intimidador.

O que é que deu nesse garoto?

Saio do carro com certa rapidez e vou em direção à entrada da mansão tentando ignorar qualquer pessoa, caminho para fora e procuro algum táxi, só que não acho. Continuo caminhando, mais agora eu solto tudo que estava preso, como ele pode ser tão idiota? O que eu fiz? Nada. Minha consciência está limpa, Limpo meus olhos que estão cheios de lágrimas.

P.O.V Justin

Meu dia estava indo bem, porém lembro que comi Bárbara sem camisinha, ótimo! Esperei ela acordar para entregar o remédio, deus que me livre de ter um moleque agora, além de ser muito novo, tenho muitos inimigos.

Estava almoçando quando Chaz entra de mãos dadas com quem? Ela mesmo. Vadia, não pode ver homem que dá em cima. Tentei comer o mais rápido que pude, não queria ter que olhar pra essa cara de sonsa, depois que terminei fui para a sala assistir e logo após eles vem também. Quando Chaz sobe para cima aproveito pra ir à cozinha pegar o Anticoncepcional, chamo a mesma e ela vem com cara de inocente.

- Me chamou? – Pergunta com curiosidade.

- Sim, Tome isso. Se quiser água pode beber, tanto faz. Só engole! – Tentei não dá muito importância.

– O que é isso? – Arqueia as sobrancelhas.

- Anticoncepcional porra. – Entrego o comprimido – Se você não engolir isso goela a baixo, fique sabendo que não vou assumir merda nenhuma. Vai criar só e pelo que eu sei você não tem nada. A escolha é sua! – Falei o que vinha na cabeça.

Provavelmente eu peguei pesado, mais ela mereceu. Qual é? Ela acorda e aparece com meu amigo toda feliz.

- Feliz agora? – Diz com certa raiva.

Ela com certeza deveria ser atriz.

- Só quando você sair da minha casa. – Falo saindo da cozinha.

Se ela pensa que eu vou ter pena dela, está muito enganada.

Vou ao meu escritório e fico mexendo em uns documentos, quando escuto um carro ligando, vou até a janela e vejo o carro de Chaz. Saio correndo até seu carro e peço para que ele vá ao galpão urgentemente, na verdade não é tão urgente só que eu não vou o deixar ficar um minuto se que com essa aproveitadora. Ela finge que está com raiva e vai caminhando até a saída da mansão.

Sorri.

- Olha o que você fez. – Chaz me dá um tapa na cabeça. – Vai atrás dela porra.

- Caminhar faz bem. – Dou de ombros.

- Se você não for eu vou. – Ele diz entrando no carro de novo.

- NÃO! – Altero a voz – Eu vou. – Ele assente.

Vou até meu carro que está na garagem e saio dá mansão, dou algumas voltas pelo quarteirão e volto horas depois.

Assim que chego estaciono meu carro de qualquer jeito e jogo a chave para um segurança qualquer, entro em casa e vou para meu quarto tomar um banho. Quando saio do banheiro, vejo Chaz na minha cama.

- Tá maluco? – pergunto.

- Relaxa irmão, só vim saber se você foi atrás dela. – Fala.

- Fui sim, ela resistiu no começo mais depois aceitou. – Tento parecer sincero.

Ele me encara por um momento e no fim dá um meio sorriso.

- Valeu. – diz saindo do quarto.

Ri alto, se ele soubesse que eu não dei carona nenhuma a ela, com certeza ele iria me matar. Mais isso é pra ela aprender, que ninguém me faz de trouxa. 

Suíte 14Onde histórias criam vida. Descubra agora